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É sabido que, desde os tempos imemoriais, pessoas se reúnem em torno de fogueiras, para as mais diversas finalidades: para conversar, contar casos de fantasmas, tocar viola e cantar, ou simplesmente para se aquecer do frio. As fogueiras foram utilizadas como forma de comunicação, como ocorreu no nascimento de São João Batista, fato que é celebrado nas festas juninas. Mas o que pouca gente conhece é a FOGUEIRA RUSSA. Esta modalidade de fogueira foi criada justamente pelos elementos do Pytomba para desafiar o medo, provar a masculinidade, ou sei lá que outro motivo louco. Mas, o que é a fogueira russa? É nesta definição que começa a nossa nova aventura.
Trata-se, na verdade, de uma pequena e verdadeira história, que teve início no terreiro da casa de Silvio Heleno Picorone, na beirada do córrego, entre 1972 e 1974. Na época, Sílvio e seus amigos inseparáveis praticavam um tipo de brincadeira infantil (segundo eles): jogar balas de revólver na fogueira!
A loucura era feita, simplesmente, para escutar o estampido dos projetis e adivinhar para que lado eles iriam. Não é preciso nem dizer, pois basta contar o número de seguidores, que os rapazes sempre tiveram muito sorte, já que nenhuma daquelas balas foi em direção a eles.
Embora a fogueira ficasse dentro do lavador do sr. Anginho, este ato de pura irresponsabilidade não teria a princípio nenhuma utilidade, mas acabou por engendrar, naqueles cérebros vazios, uma certeza e uma nova obsessão: A CONSTRUÇÃO DE UMA PEQUENA BOMBA.
Antes de prosseguir, vamos fazer algumas considerações técnicas para aqueles que não entendem de construção de bombas. Quem já sabe como fazê-las, pode passar diretamente para o parágrafo seguinte. A unidade de energia usada para avaliar o poder de uma bomba de hidrogênio é o megaton de TNT, que equivale à força de um milhão de toneladas de dinamite. E o que são tons? Como todo músico sabe, tons são intervalos entre duas notas que se sucedem diatonicamente. Ora, como as melodias são compostas de vários tons e notas, temos, de acordo com as pesquisas pytombenses efetuadas na época, aquilo que é uma das maiores contribuições do grupo para a Física moderna (ainda não escrutinada pelo comitê do Prêmio Nobel): a Bomba de Megamelodias, muito mais poderosa que a constituída apenas por Megatons, além de muito mais harmônica.
Após algumas reuniões secretas, ficou decidido que o projeto em questão iria se chamar “XB3/4”. Outra decisão, também crucial, foi que a experiência sísmica seria realizada em três diferentes versões, em dias, locais e horas ainda a definir.
A primeira versão seria uma bomba de médio efeito caseiro, na característica solo. A potência escolhida foi a de três Melodias que, na escala pytombense, correspondia a três Megatons.
A segunda bomba, também de médio efeito caseiro e potência de três Melodias, apenas se diferenciaria da primeira por ter características subaquáticas.
Finalmente, a terceira bomba seria um pouco mais violenta e consistiria numa bomba de efeito quarteirão, também com característica solo, porém com 36 Melodias.
NÃO PERCAM, NA PRÓXIMA SEMANA, a contagem regressiva, a emoção, e uma tremenda dor de barriga. Bloguem-se aqui e sintonizem XB3/4. Até lá...
(Crônica original: Serjão Missiaggia / Adaptação e releitura: Jorge Marin)
SE NENHUMA DAQUELAS BALAS FOI EM DIREÇÃO A ELES É PORQUE O
ResponderExcluirDALMINHO, POSSIVELMENTE, JÁ NÃO ESTAVA LÁ! KKKK
Mas temos a tecnologia agora para construção de diversas melodias.
ResponderExcluirPode-se afirmar com certeza que esta é uma turma do barulho. Dão uma nova definição para o termo musical "Vamos arrebentar!"
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