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Episódio 3 – Dedos Mortais, a Aniquilição (ou a Inoculação?)
Na semana passada, se bem recordam, a coisa tava feia: o intrépido Juraci estava entalado na porta da clínica, e a “fila da morte” foi interrompida. Nada entrava, mas nada mesmo! Meio que plagiando, ao contrário, aquela música do Chico Buarque com o Dominguinhos, poderíamos dizer que isto aqui ta ruim demais: olha, quem ta fora, não quer entrar, e quem ta dentro, quer sair... correndo.
E, por falar em música, teve uma sensacional. Não é que, lá pelas tantas, sai lá de dentro um sujeito, bem gozador, morador do Taru, mancando? E, o que é pior, com uma das mãos no traseiro! Pensam que acabou? Nada disso: o cara passou se arrastando junto à fila de apavorados e, de quebra, ia cantando aquela musiquinha de final de ano da Globo. “Quero ver você não chorar, não olhar pra trás, e se arrepender do que faz.” É mole?
Nesta hora, teve gente andando de marcha à ré, que nem mula empacada. Também não seria por menos! Se pensarmos bem, nosso amigo brincalhão pegou mesmo pesado com a galera, pois naquela altura do campeonato, o desespero e o arrependimento já começavam a tomar conta dos mais sensíveis. Pra vocês terem uma idéia, um grupinho, despistadamente, chegou até a começar a descer de costas alguns degraus. A intenção era mesmo, se mandar dali. Outros ficaram estáticos. Sequer piscavam os olhos diante do tal sujeito que insistia em ficar num constante vai e vem gemendo, mancando sem parar, e cantando aquela bendita musiquinha.
Nesta hora, e antes que a debandada fosse geral, sai uma enfermeira, ou assistente social, ou psicóloga (não sei bem) e tenta acalmar os histéricos fazendo o contrário, ou seja, tentando convencê-los de que, pior que a dedada é o câncer. Explica que o da próstata é a terceira causa de morte, depois do câncer de pulmão e do cólon. Fala também que é um tumor raro antes dos 50 anos, mas que, após esta idade, sua incidência duplica a cada década de vida.
Aí, a coisa piorou. Todos começaram a fazer as contas: eu tenho 65, me resta quanto tempo, doutora? Ela explica que o risco de um homem, durante toda a vida, ter este tipo de câncer é de 30%, o risco de ter que operar é 10%, e a chance de morrer disto é só de 3%. A boa notícia, continuou ela, é que cerca de 90% dos tumores são clinicamente desprezíveis.
A má todos nós já sabemos, retrucou o Juraci, é que, para diferenciar entre o tumor brabo, do tumor “desprezível” (usando as palavras da moça), é só deixando o doutor, como é que se diz, massagear nossa próstata. Ai, ai.
Chegaram a chamar a polícia para dar um jeito no assanhado taruense, mas, já era tarde demais: sem saber que aquela encenação não passava de uma brincadeira, já tinha gente virando a esquina da Força e Luz.
Juraci, por sua vez, com aquele imenso jornal de cabeça para baixo, nem percebeu a brincadeira, e muito menos viu o tal sujeito passar. Acredito ter levado a sério aquele velho ditado que diz: “O que os olhos não vêem, o curação não sente”. Não se assustem: a grafia está correta.
A moça voltou para dentro da repartição, e os “condenados” voltaram à sua maldição: morrer de câncer ou de vergonha.
Na próxima semana, não percam o final desta história, com muita emoção e aperto, muitos apertos, com direito à fuga e ao sacrifício, pasmem, de um curió. Não percam!
(Crônica: Serjão Missiaggia / Adaptção: Jorge Marin)
Disseram que teve um brincalhão que passou na calçada e gritou:
ResponderExcluir- Cuidando pessoal! C... de bêbado não tem dono!
Foi o suficiente pra que alguns fossem saindo de fininho. Seria pra curar a ressaca em casa e voltar depois?
Esse é o exato momento em que o motorista deu carona prá "umazinha" na estrada poeirenta e a certa altura disse "p´rela": ou dá ou desce. Aí ela chegou em casa, MAIS CEDO DO QUE ESPERAVAM, toda ESBAFORIDA e contou prá todo mundo o acontecimento, quando UMA BESTA perguntou: o quié cocê feiz ? RSRSRSRSRSRSRS ô mula do DADÁ, sô!!!
ResponderExcluirAbraço!!
MAZOLA
Ou!! Essa foto de fundo mostrando a "MÁQUINA" que era o "MACU", hein? puta merda sô!!!
ResponderExcluirNão vou me identificar. Fui! Fui!