sexta-feira, 22 de outubro de 2010

DR. BICHEIRÓLOGO



Capítulo Final - Na cabeça!

A Bicheirologia tem se revelado um campo promissor e absolutamente fantástico. Confesso que eu mesmo não acreditava muito nesta história de palpites, mas, para terem uma ideia, fatos estranhos começaram a acontecer depois que começamos a publicar estes posts aqui no blog. No domingo, recebemos um e-mail de um leitor agradecido, pois aproveitou aquele final do capítulo de sexta-feira passada e jogou no veado (conforme diagnosticado pelo Dr. Froide) e também no peru (por motivos que talvez Freud explicasse) e, para sua surpresa (e nossa), o passe veio, na cabeça, na Loteria Federal do sábado, dia 16, ou seja, no dia seguinte à publicação da crônica. Mas o leitor, não satisfeito, pegou o valor ganho e apostou, de novo, na quarta-feira, dia 20, usando a outra dica do Dr. Froide (de que daria urso) e aproveitando ainda a ideia do brutamontes (jogou no elefante). E, adivinhem: deu, exatamente, elefante e urso na cabeça. Talvez iniciemos até um blog específico para a Bicheirologia, quem sabe?
Mas, voltando à famosa banca, o valentão, indignado pelo diagnóstico de veado, bracejava furioso, ameaçando adentrar pela barraca e já com a ponta do dedo no nariz do Dr. Froide.
O bicheirólogo, num belo jogo de cintura, foi logo se desculpando e retificou:
- Ô gente boa, não me leve a mal, mas... de uns dias para cá, tem dado tanto veado, que me perdi!!! Veado é um bicho que dá muito, sabe?
O que muito pouca gente ficou sabendo, é que, mesmo depois de quase apanhar, e após o tal sujeito ir embora, Froide fez uma fezinha e ainda faturou cento e cinquenta reais. E não é que deu Jacaré com Veado na cabeça?

Numa tarde, enquanto conversava com o Doutor, eis que, de repente, me surge na praça, o velho amigo botafoguense e vizinho Mota Soares. De imediato, foi logo dizendo que havia telefonado para a viúva do Tonico, e que sua intenção era dizer a ela que havia sonhado com seu falecido marido. (Tudo isso na justificativa de que iria acender uma vela em sua memória) Com esta descarada desculpa, perguntou se acaso ela não se lembrava de qual era o número da placa daquela que foi sua inseparável camionete. E se, porventura, não se lembrasse, serviria também a data do aniversário do falecido, ou mesmo do falecimento. Se, de tudo, nada fosse possível, o número do túmulo serviria também... E como! (E era exatamente aí que ele queria chegar!) Bem! O resto creio que, todos imaginam!!!!

Certa vez, ao consultar-me com o Dr. Froide, disse-lhe que, ao abrir a porta da oficina, havia me deparado com um gato. Uma consulta simples e óbvia, pensei!
Mas... Qual foi minha inesperada surpresa?
Froide começou a questionar-me, querendo saber: se o gato havia ficado parado, se havia corrido, se pulou em cima de mim, ou mesmo se havia demonstrado estar assustado ou não. Isto pra não falar de um tremendo interrogatório que, repentinamente, começou a fazer, no intuito de analisar quais seriam as melhores opções e possibilidades que eu teria naquele momento, ou seja: Passe, Centena, Passe Duplo, Milhar, Centena e Milhar Invertida, Milhar ao Quinto, Milhar ao Quinto Invertido, Duque de não seio o que, Terno de não sei da onde e por aí foi e não parava mais.

- Deixa prá lá, Froide! É mais fácil esperar amanhã e ver que bicho vai dar!
E fui saindo sorrateiramente.

Termino aqui esta confusa croniqueta. Provavelmente, após o término da mesma, muitos outros casos terão sido ouvidos. Quando puder repassarei pra vocês.
Este é apenas um pedacinho de meu Brasil brasileiro que, em meio a tantos contrastes e desigualdades, ainda possui: “o mais feliz povo deste planeta”.

(Crônica: Serjão Missiaggia / Adaptação: Jorge Marin)

7 comentários:

  1. Este Froide era Froida!!!!!!

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  2. As maneiras de interpretar das pessoas que deixa a gente perdidin. Se o caboco sonha com uma coisa na verdade ele tem que jogar em outra coisa porque aquela coisa que ele pensou significa outra. Daí não é uma coisa nem outra e sim o que ele imaginou que poderia ser. Ou não!!
    É isso aí

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  3. Por acaso, algum(s) de vocês pode(m) "froidear " e mandarem-me um resumo para o acontecimento a seguir:
    " Ao passar por um casarão, antigo, pude acompanhar um gato andando bem no alto do telhado.
    De repente......Plllaaaassshhh!!! Caiu do telhado.( digo a vocês que eu já tenho o meu "veredictum" mas gostaria que um FROIDEANO pudesse mandar um outro para que eu pudesse confrontar e logo a seguir eu mando o meu.
    OBS: CASO O PALPITE VENHA A RENDER-ME ALGUMA PRENDA, DIGO QUE NÃO SÓ JAMAIS ME ESQUECEREI COMO PROCURAREI O FROIDEANO PARA LHE DAR , POR DIREITO, SEU QUINHÃO POR SUA PARTICIPAÇÃO.
    AGUARDO SEU PALPITE.

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  4. Quanto ao segundo comentário acho que agora quem ficou “Pirdidin” fui eu!

    Quanto ao tal Gato do telhado gostaria de ainda saber se o bichano era fêmea ou macho?
    Preto branco ou malhado e se ao cair no chão saiu em disparada ou ficou meio abobado.
    Estava em dupla? Se positivo, como reagiu o companheiro?
    Se possível gostaria saber também se o sinistro teria ocorrido pela amanha ou à noite.
    abraços

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  5. Vou dar um palpite pro ultimo comentarista: Como Gato não voa seria interessante se a gente pensasse em borboleta, águia ou outra coisa qualquer que tem no jogo e que voa.
    Lembrei também daquele ditado (Cada macaco no seu galho). E se o galho quebrar?
    Aconselho macaco com um desses que voa.

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  6. Tenho um livro de palpites que diz que Casarão Velho chama Camelo e Gato caindo ou avançando pode chamar Burro. Na duvida da uma cercada de um ao quinto.

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  7. Amigo Jorge,

    Adorei essas crônicas de bicho. Afinal, anotar apostas foi meu primeiro emprego, informal. Graças à avó. Sua casa foi ponto de bicho por muitos anos; mais de 50 (Ah!... Para quem gosta de “fézinha”, a dezena 50 é galo; e galo é o número 13).

    Um abraço,

    César Brandão
    www.youtube.com/cesarbrandao56

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