Enquanto,
em pleno mês de junho, uma forte chuva começa a cair sobre a cidade, escuto na
calçada um carro-propaganda chamando a população para a tradicional FESTA na
capelinha de Santo Antônio. Barraquinhas, comidas típicas e muitas outras atrações
acontecerão logo após a chegada da procissão.
Interessante
que, por muitos anos, segundo narravam meus saudosos pais, logo após a
inauguração da capelinha em 1924, essas procissões partiam do Caxangá, bem em
frente à residência dos meus avôs. Havia por eles uma grande devoção ao santo
padroeiro, sendo que o pequeno acervo que se encontra no interior da capelinha,
a Via Sacra e uma das Imagens de Santo Antônio vieram com meu avô Chico Missiaggia
da Itália, e foram doados logo após a inauguração da capela.
Esse
pequeno acervo está todo ele escrito em Italiano, afixado em pequenas molduras
de madeira (as molduras originais foram substituídas devido aos cupis). Infelizmente,
devido à existência de outras imagens de Santo Antônio no interior da capelinha,
não saberia precisar qual delas teria vindo com o meu avô da Itália.
Mas,
voltando a essa tradicional festa junina, que sejam eternas nossas quermesses
com as pedras da sorte, as brincadeiras do porquinho da índia, dos bilhetinhos
a espera de boas prendas, além é claro, dos famosos “leidionça” e quentão. Por
sinal, muito raramente observamos alguém voltar da festa sem aquele apetitoso
frango assado.
Pra
terminar, pensei em fazer um comentário sobre a demolição daquele pequenino e último
coreto da cidade que existia ao lado da capelinha, mas ficará pra outra
oportunidade.
Crônica:
Serjão Missiaggia
Foto : acervo do autor
Nenhum comentário:
Postar um comentário