Foi
visitando, no último final de semana, a bem e organizada festa II ENCONTRO
SOLIDÁRIO DE FUSCA ali na Praça da Rodoviária e vendo aquela quantidade
expressiva de belos exemplares estrategicamente estacionados na calçada, que me
veio à lembrança um evento automobilístico que acontecia aqui em São João.
Acredite
quem quiser, mas já tivemos na terrinha um organizado GRAND PRIX. Isso mesmo,
um GRAND PRIX automobilístico, onde quarteirões eram interditados para que
nossas vias se transformassem, temporariamente, num autêntico e divertido
circuito.
Por
sinal, um evento muito bem estruturado e seguro que chegou a acontecer no final
da década de sessenta, e que hoje pouquíssimas pessoas se recordam. Eram as
famosas GINCANAS AUTOMOBILÍSTICAS PELAS RUAS DA CIDADE. Verdadeiro grand prix tupiniquim
dando inveja a muito GP de Mônaco.
Uma
GINCANA superlegal, que acontecia numa determinada data do ano e que envolvia
principalmente a juventude. Bem verdade que foram três ou quatro edições, mas o
suficiente pra deixar muitas recordações.
O início
e a chegada da prova eram na então avenida Zeca Henriques, local este que ficava
superlotado não somente de espectadores e curiosos, como também de carros e
participantes.
Havia
muitos pedágios espalhados pelo circuito em diversos pontos da cidade e, em
cada um deles, uma tarefa havia de ser cumprido pelo co-piloto. Algo assim como
conseguir enfiar uma linha na agulha ou comer uma maçã no menor tempo possível
etc. As duplas eram sempre formadas por um casal, e nessas horas um deles teria
que sair do carro pra cumprir as tarefas. Era uma festa muito animada e a
corrida durava quase o dia todo. Antes de chegarem pra bandeirada final na Zeca
Henriques, ainda teriam que passar como último percurso e gran finale pela galeria da Casa Leite. O melhor tempo ganhava a
prova.
Muitos
participantes faziam de seus carros verdadeiros Fórmula-1, sendo que a KOMBI DO
MACHADINHO, com a irreverência e alegria
peculiar de seu piloto, era presença marcante. Além de dar aquele tom
diferenciado à festa, eram sempre fortes candidatos ao pódio. Na oportunidade,
fica aí nossa homenagem ao grande Machadinho!
A Rua
Zeca Henriques, que na época ainda se chamava Avenida Zeca Henriques, enquanto
recebia um grande público para o grid
de largada, via suas casas se transformarem em verdadeiros paddocks. O mais
interessante era o fato de nunca ter havido qualquer tipo de acidente, além é
claro, de ninguém ter caído no córrego Stidum, que na época era descoberto,
pois ainda não existia a pracinha do Chafariz.
Crônica:
Serjão Missiaggia
Foto : Facebook
Que feliz recordação!! Cléa
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