Sem
nenhuma intenção de confrontar opiniões, e isento de qualquer tipo de conotação
política, irei apenas transmitir meu olhar sobre o que foi o carnaval de 2016 na
terrinha.
Realmente,
seríamos levianos se não reconhecêssemos que a cidade ficou bem vazia e que,
mesmo um bloco com a magnitude de um BARRIL, ainda que bastante cheio, teve
aproximadamente metade de seus foliões se comparado, principalmente, àquelas 10.000 pessoas que
normalmente desfilavam pelas ruas.
Em
contrapartida, e de maneira bem mais relaxada, tivemos a oportunidade de poder observar
na quarta-feira de cinzas, talvez pela primeira vez na história, a cidade
amanhecer sem aquele odor nada agradável de urina exalado ante o calor dos
primeiros raios de sol incidindo sobre os passeios, muros, e afins, fazendo de
nossas ruas, praças e portões de nossas casas, um verdadeiro mictório a céu
aberto.
Com
pouquíssimas exceções, desfrutamos de músicas genuinamente carnavalescas, onde as
marchinhas e sambas-enredos foram uma constante. Nada contra as demais
tendências, mas acho que cada coisa tem sua hora e lugar.
Tivemos
pouquíssimas ocorrências policiais, principalmente diante de um quadro que
vínhamos visualizando nos últimos meses e, mesmo se comparado aos carnavais
anteriores, foi um ano bastante tranquilo.
No Barril,
chamou-nos à atenção o retorno de algumas fantasias e blocos caricatos e, mesmo
que de maneira ainda bastante tímida, contemplamos a volta de muitas famílias
passeando com suas crianças pelas calçadas.
Pelo
pouco que pude presenciar, tanto as ESCOLAS DE SAMBA como os BLOCOS, foram um
show à parte, trazendo para a avenida a beleza e o verdadeiro espírito carnavalesco.
Na Matriz,
mais uma vez, tivemos músicas da mais alta qualidade, onde, ao som de ótimos
artistas, dentre eles Roger Itaborahy, pôde-se respirar um pouco do mais puro e
autêntico carnaval.
Pra
terminar, fica no ar a pergunta que não quer calar, ou seja, até que ponto o
próprio povo, por livre iniciativa, não teria sido responsável por este fenômeno,
vindo, de maneira discreta, se posicionar e se moldar a uma nova realidade de
resgate do autêntico carnaval da garbosa?
Assim
como eu, cada um faça o seu julgamento, e veja o que será melhor para si e para
seus familiares. E que as boas sementes plantadas hoje venham, no futuro,
trazer de volta à terrinha os seus CONTERRÂNEOS e VERDADEIROS FOLIÕES.
Quem sabe um dia teremos a volta dos carnavais de clubes e poder ver novamente a beleza e o colorido da pracinha do coronel com seu vai e vem de foliões. Os bailes infantis com a criançada curtindo e exibindo suas fantasias num ambiente de paz e alegria.
ResponderExcluirQueira me desculpar mas quanto a este QUESITO --> carnaval de clubes , acredito que NUNCA MAIS VOLTE pois já " DISSERAM PARA MIM " por dois anos consecutivos , e o pior que eu acreditei , QUE SERIAM TOCADAS " APENAS " AS MÚSICAS ANTIGAS, MARCHINHAS ETC NO CLUBE que prefiro não dizer o nome. Pois bem . Comprei mesa, fui com minha esposa e durante os primeiros " TALVEZ " 15 ou 20 minutos realmente foram as ditas, as tais músicas antigas. Depois pelos próximos 30 ou 40 minutos só o ESPRAGUEJADO RITMO BAIANO que fica naquela de senta na boquinha da garrafa, jogue as mãos para o alto e música, letra que é bom mesmo..... nada. NUNCA MAIS ME ENGANAM . Queira desculpar meu modo de falar pois a quantidade de raiva que passei por ter sido enganado jurei não passar mais.
ExcluirMAZOLLA
Ambiente de paz e alegria foi constatado. O que queremos na verdade é um carnaval repleto de foliões do bem daqui e de outras localidades.Que a divulgação seja feita de forma diferente no próximo ano, lembrando que violência não é característica peculiar de nossa cidade e que ela existe em todos os lugares procurando evidenciar tudo de bom que nossa terra oferece !!! Penso que 2017 será a continuidade do resgate do Carnaval de São João, que ainda é a Cidade Garbosa! Aqui encontramos maravilhas que não vemos lá fora!!!
ResponderExcluirNão sei o que aconteceu no carnaval de 2016, mas me pareceu que este ano, em JF e nos desfiles do Rio que vi na TV, houve um certo comedimento na sensualização e desbunde típicos do carnaval. Fantasias com mais conteúdo (em mais de um sentido).
ResponderExcluirTalvez seja pelo fato que 2015 já foi um ano tão desbundado e difícil que as pessoas sentiram necessidade de emoções mais tranquilas e saudáveis.
Particularmente gostei do que vi: menos brigas e mais famílias, menos baixarias e mais diversão, menos quantidade e mais qualidade nos foliões.
Tomara que os carnavais continuem nesta tendência por mais algum tempo antes da inevitável reviravolta do ciclo das negações.
♪ ♫ Alegria, alegria ♪ ♫
Resgatemos a malandragem da boa folia!