quarta-feira, 9 de setembro de 2015

ÚLTIMA FORMAÇÃO E HINO DO PITOMBA


Essa foto retrata, quase que fielmente, a útima formação do Pitomba. Infelizmente, na oportunidade, não tivemos a presença do ZÉ NELY e PAULINHO, além dos nossos amigos e importantes colaboradores CAPANGA e IKO VELASCO.
  
Foi naquela ocasião que o grupo começou a compor suas próprias canções e alguns instrumentais. Músicas como GEN NINI, ROSA DE JERICÓ, FLORES MORTAS, VERDE E TEMPO, fizeram muito sucesso, sendo que CANTO LIVRE, de construção coletiva, teria sido a composição que mais nos marcou.
   
A apresentação mais importante dessa nova fase foi a que fizemos nos Trombeteiros em 1978, quando, pela primeira vez e ao vivo, apresentamos a nova formação, juntamente com músicas e instrumentais de nossa própria autoria.

Enquanto belos textos iam sendo intercalados entre as canções, um incrível visual ia sendo simultaneamente projetado no fundo do palco. O show foi todo ele gravado em fita de rolo, que para a época, foi algo bastante inédito.

Alguns fatos marcantes aconteceram naquela apresentação. Um deles, numa ação também ousada para a época, foi quando, pela primeira vez, juntamos toda aparelhagem da cidade, e fizemos uma ligação em série, o que nos proporcionou uma incrível potência.

Ao contrário dos dias atuais, onde até caixa de fósforos tira fotografias, lamento apenas que nenhuma imagem tenha sido capturada naquela oportunidade. 

                                                  PITOMANIA

 Sempre seremos o que nunca fomos,
Sempre pensamos ser o que nunca podemos,
Nosso mundo é irreal,
Nosso som não é normal.

No mundo de sonhos em que vivemos,
Pirados se somos, nem mesmo sabemos,
Mas somos um só, onde é que estamos,
Até o compasso, sempre juntos erramos.

Nascemos mortos, mas... Morremos vivos,
Tudo se foi e nem partimos.

Falso ou verdadeiro, quando tocamos, ficamos por inteiro. (REFRÃO)

Crônica e hino: Serjão Missiaggia
Foto                : acervo do autor

5 comentários:

  1. É muita gente, sô... praticamente uma 'quadrilha' musical se organizando para roubar a atenção e admiração do público!
    Imagina se este povo soubesse que, muitos anos depois, toda essa falta de camisa estaria difundida pelo mundo afora...
    Viva a naturalidade da liberdade (que causa saudade)!

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  2. A letra do hino do Pitomba é tão boa que merece um comentário à parte!
    Palavras conscientes, sinceras e belas, por isso atemporais.
    A letra pode ser adotada por bandas atuais de diversos estilos musicais. Lendo e relendo, pirando na batatinha, consigo imaginar melodias de hard rock, progressivo e punk que se encaixam perfeitamente. Quando uma letra é boa, ela tem essa rara elasticidade.
    Parabéns aos cérebros pitombenses pelo ótima obra!

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  3. Filosófico hino. Concordo com suas malucas idéias.
    Darcio

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