Essa foto retrata, quase que fielmente, a útima
formação do Pitomba. Infelizmente, na oportunidade, não tivemos a presença do
ZÉ NELY e PAULINHO, além dos nossos amigos e importantes colaboradores CAPANGA e
IKO VELASCO.
Foi naquela ocasião que o grupo começou a compor suas
próprias canções e alguns instrumentais. Músicas como GEN NINI, ROSA DE JERICÓ,
FLORES MORTAS, VERDE E TEMPO, fizeram muito sucesso, sendo que CANTO LIVRE, de
construção coletiva, teria sido a composição que mais nos marcou.
A apresentação mais importante dessa nova fase foi a
que fizemos nos Trombeteiros em 1978, quando, pela primeira vez e ao vivo,
apresentamos a nova formação, juntamente com músicas e instrumentais de nossa
própria autoria.
Enquanto belos textos iam sendo intercalados entre as
canções, um incrível visual ia sendo simultaneamente projetado no fundo do
palco. O show foi todo ele gravado em fita de rolo, que para a época, foi algo
bastante inédito.
Alguns fatos marcantes aconteceram naquela
apresentação. Um deles, numa ação também ousada para a época, foi quando, pela
primeira vez, juntamos toda aparelhagem da cidade, e fizemos uma ligação em série,
o que nos proporcionou uma incrível potência.
Ao contrário dos dias atuais, onde até caixa de fósforos
tira fotografias, lamento apenas que nenhuma imagem tenha sido capturada
naquela oportunidade.
PITOMANIA
Sempre
seremos o que nunca fomos,
Sempre
pensamos ser o que nunca podemos,
Nosso
mundo é irreal,
Nosso
som não é normal.
No
mundo de sonhos em que vivemos,
Pirados
se somos, nem mesmo sabemos,
Mas
somos um só, onde é que estamos,
Até
o compasso, sempre juntos erramos.
Nascemos
mortos, mas... Morremos vivos,
Tudo
se foi e nem partimos.
Falso
ou verdadeiro, quando tocamos, ficamos por inteiro. (REFRÃO)
Crônica e hino: Serjão Missiaggia
Foto
: acervo do autor
Muito bom! Boa lembrança.
ResponderExcluirái sodade matadera!
ResponderExcluirÉ muita gente, sô... praticamente uma 'quadrilha' musical se organizando para roubar a atenção e admiração do público!
ResponderExcluirImagina se este povo soubesse que, muitos anos depois, toda essa falta de camisa estaria difundida pelo mundo afora...
Viva a naturalidade da liberdade (que causa saudade)!
A letra do hino do Pitomba é tão boa que merece um comentário à parte!
ResponderExcluirPalavras conscientes, sinceras e belas, por isso atemporais.
A letra pode ser adotada por bandas atuais de diversos estilos musicais. Lendo e relendo, pirando na batatinha, consigo imaginar melodias de hard rock, progressivo e punk que se encaixam perfeitamente. Quando uma letra é boa, ela tem essa rara elasticidade.
Parabéns aos cérebros pitombenses pelo ótima obra!
Filosófico hino. Concordo com suas malucas idéias.
ResponderExcluirDarcio