Passeando
neste século XXI com a patroa, às vezes nos vemos obrigados a descer da calçada
para a rua tal a quantidade de jovens nos bares, as mesas espalhadas pelos
passeios, o fuzuê. São os points, é o
agito! Ao invés de praguejar, olhamos um
para o outro e sorrimos... É que nos
lembramos do POINT DOS POINTS, a Pracinha do Botafogo.
Realmente,
para a maioria dos pitombenses, este foi o Point dos Points. Confesso que chega a mexer com o emocional da
gente, e com certeza, de muitos amigos que, naquela época, tiveram a felicidade
de passar ali, momentos tão felizes e agradáveis.
E como essa
pracinha tem histórias! Violas... Encontros... Desencontros e muito mais...
Poucos eram
aqueles que, antes de entrarem ou saírem do ginásio, não davam uma passadinha
por lá. Era um ponto quase obrigatório sendo que, para alguns, até mais que
isso.
O CONJUNTO CBV
no Botachop era tudo de bom, e a música PRETA PRETINHA dos Novos Baianos marcou
pra caramba. Ficar simplesmente sentados em suas mesinhas, na poltrona, no
cantinho do portão ao lado ou naquela jardineira cheia de espinhos pinicando o
traseiro da gente, era ainda melhor!
Época de
poucas motos na cidade, razão pela qual uma tremenda atenção sempre despertava na
galera quando chegava o Julinho Cecesa com aquele motocão 250 cilindradas. Pra
época uma verdadeira Ferrari!
E quem se
incomodaria em ter a mão queimada por uma mutuca, principalmente se esta viesse
de uma paquera? Outra brincadeira, aquela
que consistia em furar com cigarro um papel que ficava juntamente com uma moeda
sobre o copo. Dessa eu nunca mais
esqueci, principalmente devido as hilariantes tarefas que o perdedor teria que
cumprir. Até macaco, certa vez, alguém
teve que imitar. E com extrema maestria!
Épocas de
bolsos ainda mais vazios onde, constantemente, corríamos atrás do João, do Sr.
Augustinho, do saudoso Zé, e de nosso amigo Picolé na intenção de filar um
cigarro. Por sinal, o HAVAÍ DO PICOLÉ, literalmente, matava a pau. Interessante que ele sempre chegava com apenas
três deles no bolso. Qual seria o motivo?
O mais
esperto que primeiro gritasse pelas “vinte, dez ou cinco” era religiosamente
respeitado pelos demais, e, do mesmo jeito, ocorria quando alguém pleiteava o último
trago. O difícil, por incrível que pareça, era conseguir chegar primeiro. Semana que vem a gente volta na Praça...
Crônica e
foto: Serjão Missiaggia
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