sexta-feira, 7 de junho de 2013

O POINT DOS POINTS - Parte 1


Passeando neste século XXI com a patroa, às vezes nos vemos obrigados a descer da calçada para a rua tal a quantidade de jovens nos bares, as mesas espalhadas pelos passeios, o fuzuê.  São os points, é o agito!  Ao invés de praguejar, olhamos um para o outro e sorrimos...  É que nos lembramos do POINT DOS POINTS, a Pracinha do Botafogo.

Realmente, para a maioria dos pitombenses, este foi o Point dos Points.  Confesso que chega a mexer com o emocional da gente, e com certeza, de muitos amigos que, naquela época, tiveram a felicidade de passar ali, momentos tão felizes e agradáveis.

E como essa pracinha tem histórias! Violas... Encontros... Desencontros e muito mais... 

Poucos eram aqueles que, antes de entrarem ou saírem do ginásio, não davam uma passadinha por lá. Era um ponto quase obrigatório sendo que, para alguns, até mais que isso.

O CONJUNTO CBV no Botachop era tudo de bom, e a música PRETA PRETINHA dos Novos Baianos marcou pra caramba. Ficar simplesmente sentados em suas mesinhas, na poltrona, no cantinho do portão ao lado ou naquela jardineira cheia de espinhos pinicando o traseiro da gente, era ainda melhor!

Época de poucas motos na cidade, razão pela qual uma tremenda atenção sempre despertava na galera quando chegava o Julinho Cecesa com aquele motocão 250 cilindradas. Pra época uma verdadeira Ferrari!

E quem se incomodaria em ter a mão queimada por uma mutuca, principalmente se esta viesse de uma paquera?  Outra brincadeira, aquela que consistia em furar com cigarro um papel que ficava juntamente com uma moeda sobre o copo.  Dessa eu nunca mais esqueci, principalmente devido as hilariantes tarefas que o perdedor teria que cumprir.  Até macaco, certa vez, alguém teve que imitar. E com extrema maestria!

Épocas de bolsos ainda mais vazios onde, constantemente, corríamos atrás do João, do Sr. Augustinho, do saudoso Zé, e de nosso amigo Picolé na intenção de filar um cigarro. Por sinal, o HAVAÍ DO PICOLÉ, literalmente, matava a pau.  Interessante que ele sempre chegava com apenas três deles no bolso. Qual seria o motivo?   

O mais esperto que primeiro gritasse pelas “vinte, dez ou cinco” era religiosamente respeitado pelos demais, e, do mesmo jeito, ocorria quando alguém pleiteava o último trago. O difícil, por incrível que pareça, era conseguir chegar primeiro.  Semana que vem a gente volta na Praça...


Crônica e foto: Serjão Missiaggia

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