Como dizem as crianças: essa é a Rua do Sapo, de lá pra cá, e daqui pra lá. Irmã gêmea da Rua Nova, a nossa querida Rua Nazareth é uma das mais antigas de São João. Pelos relatos do Dr. José de Azevedo, existiu até mesmo uma Rua Nova do Sapo. No entanto, por mais pesquisas que tenha feito, não consegui saber o motivo dela ser chamada de Rua do Sapo. Uns dizem que ali era um brejo, daí o nome. Mas um e-mail recebido de um leitor conta uma história mais, digamos, novelesca.
Segundo ele, um determinado senhor sanjoanense apaixonou-se por uma certa dama residente na Rua Nazareth. Até aí nada demais, a não ser o fato de que ele era casado e ela, solteira. Isso num tempo em que era feio homem casado gostar de outra mulher e, mais feio ainda, a moça aceitar os galanteios. Assim, para não dar o que falar pois, naquele tempo, o povo de São João era muito fofoqueiro, combinaram de se encontrar na calada da noite na casa da moça numa noite de lua nova, pois não havia, na época, iluminação elétrica.
Lá chegando, o distinto cavalheiro não se atreveu a chamar e, muito menos, bater palmas. Então teve a ecológica ideia de... imitar o coaxar de um sapo! Como a moça não sabia o que era aquilo, demorou um pouco a abrir a porta e, não é preciso nem dizer, que a rua inteira ficou sabendo do caso. Daí...
Fotos: Serjão Missiaggia
Texto: Jorge Marin
Jorge a historia do nome da rua "sapo" parece que a do imitador de sapo é mais pitoresca! Fico com ela!
ResponderExcluirMuito boa historia e, parabéns.
José Carlos, ao contar essas historietas de São João, tenho sempre em mente uma máxima do Garcia Márquez que diz que "A vida não é o que se viveu, mas sim o que se lembra, e como se lembra de contar isso". É um conceito meio budista e perigosamente psicanalítico, mas que desemboca no "importante é que emoções eu vivi". Obrigado.
ExcluirAmigo Jorge,
ResponderExcluirJá ouvi de amiga enfermeira que trabalhou em S.Jão que lá é lugar de fofoqueiros (e não não "naquele tempo, o povo de São João era muito fofoqueiro").
Tudo bem, pode ser "engano" de minha amiga; mas, em frente à minha casa mora uma senhora de São João, que em 33 anos de residente em Juiz de Fora, nunca tinha visto alguém tão fofoqueiro e que toma conta da vida dos outros.
E tenho certeza que o povo de São João Nepomuceno, sendo seu amigo já 35 anos, não é fofoqueiro mesmo. E essa senhora, provavelmente foi expulsa da cidade.
Ir lá, conhecer S.João Nepomuceno, já que além de você, sou amigo de Flávio Ferraz e Flávio Vitói, era minha vontade (parece uma cidade bonita e interessante).
Mas, após essa fofoqueira da cidade e que mora aqui em frente, não pretendo mais "ir lá".
Afetuoso abraço desse seu amigo que muito gosta de você.
Brandão
Amigo Brandão,
ExcluirO Gaiarsa (psicanalista) dizia que "a fofoca é o canto do passarinho preso no peito" ou seja, é o meu desejo irrealizado que o outro realiza. Aí, por puro desPEITO, eu invejo o passarinho DELE: "por que ele pode voar e eu não? Por que ele pode Cantar e eu não?"
E nós, interioranos, sabemos bem como algumas pessoas de nossas cidades têm tempo para ficar de olho no passarinho dos outros.
Pena que foi uma de nossas legítimas gavioas a pousar aí perto da sua casa. E pena que você não tenha criado a coragem de ir a São João e conhecer a Casa dos Marrecos do Flávio Ferraz no ano passado.
Abração. Qualquer dia desses vamos juntos a São João mergulhar na Cachoeiro da Fumaça, onde tudo é paz. Abração.
Minha queria Rua do Sapo... realmente a história q sempre ouvi aqui é que era um brejo, qdo criança realmente tinha muito sapo pela rua hj não tem mais, coisa rara de se ver por aqui... E tenho uma curiosidade, essa foto foi tira num sábado de manhã por volta das 10h? kkkkkkkkkkkkkk viajei nas fotos! Grande abraço
ResponderExcluirPrezado Maninho, o nosso fotógrafo Serjão confirma que as fotos foram mesmo feitas num sábado de manhã. Combinamos que, para passar despercebido, na próxima ele vai vestido de sapo. Aguarde!
ExcluirAmigos Jorge e Serjão, muito bonita a história da Rua do Sapo.Agora quero ver o dia que vcs. vão narrar e fotografar a Rua Comendador Gregório, tão minúscula e tão grande ao mesmo tempo.
ResponderExcluirCom certeza daremos uma passada pela Rua Comendador Gregório, contando coisas do tempo do Beco dos Ranna e outras mais. Aguarde!
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