sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

NOSSA ARCA DE NOÉ 4 (FINAL)



NOS EPISÓDIOS ANTERIORES de Nossa Arca de Noé, vivenciamos aventuras animais, ataques felinos e lutas pela sobrevivência.  E isso tudo ali, quietinho, na Avenida Zeca Henriques.
Agora, como se não me bastasse, um imenso camaleão resolveu também fazer moradia no nosso terreiro. O bicho é tão grande que o apelidamos de CAMALLIGATOR.  Esse pequeno parente do jacaré fica todas as manhãs tomando sol no terreiro, esperando apenas abrirmos a porta para poder sair em disparada... PRA DENTRO DE CASA!  E, na cozinha, passa praticamente quase todo o dia.  Adora escorregar no liso da cerâmica e é hilário vê-lo tentar se locomover.  Patinhando sem parar, não consegue fazer tração nas quatro patas pra sair do lugar. Mas, se é isso que ele gosta, é isso que terá! Fazê o quê!
Após esse episódio, ficou decidido em urgente reunião que:
ARTIGO 1° - Aquelas mariposas bundudas ficarão, sempre, sobre os cuidados da esposa. Na última vez que tive coragem de espantar uma dessas, quase rolei pela escada da cozinha. Mal enxergando, eu andava com dificuldades, pois estava sobre a proteção de um daqueles cestos de roupa suja na cabeça.
Por sinal, este mesmo cesto de roupa, me ajudou recentemente, a salvar dois filhotes recém nascido de tesourinha. Indefesos, haviam acabado de cair de um ninho que estava no pé de Caqui.  MÃE TYRANNUS SAVANA, mais conhecida pelos galhos da vida como Mãe Tesoura (ô criaturinha brava essa!), não deixava ninguém se aproximar de seus indefesos filhotes, mesmos molhados e caídos no chão.  
Chovia muito e alguns gatos, possivelmente até descendentes daquela linhagem que invadiu de madrugada meus aposentos, começava espiar ao longe. Antecipando-me então ao banquete que logo viria, procuramos rapidinho com auxílio do tal CAPACESTO, improvisar uma nova moradia pra família. Depois dessa operação de salvar menores que não queriam ser salvos, acho que posso me candidatar ao cargo de pastor em qualquer seita.
Mas voltando ao assunto “insecta”, baratas e grilos ficarão sob minha jurisdição, com a prestimosa ajuda de meu filho.
À minha filhota, ficará a responsabilidade de monitorar as borboletas, mosquitos e pernilongos.
Ficou decidido também que, além das galinhas, pássaros e afins, somente LAGARTIXA terá o privilegio da imunidade (Ensinamentos do velho – e sábio - Tunin).
Para terminar, gostaria de aproveitar esta oportunidade para pedir ajuda a algum profissional entendido em comportamento animal. Se possível, um especialista em aves. Alguém da área da psicogalopatologia que pudesse explicar o sinistro sintoma que vem acometendo meu galo. Pavarote é meu garnisé e, ultimamente, vem entrando em paranoia quando percebe que sua parceira ameaça se acomodar no ninho pra botar um ovo. Alguém já viu isso? Começa num cacarejar incansável e ensurdecedor que vai aumentando à medida que o bendito objeto vai despontando. E quando o ovo aparece?  Ele entra em desespero e somente se acalma quando o dito intruso é resgatado ou alguém abre a porta do galinheiro pra que ele possa sair correndo. Sinceramente não sei o que pensar e muito menos o que fazer!
A famosa história do Gambasão* todos já conhecem. Poupem-me dessa...!
CRÔNICA E FOTO: Serjão Missiaggia
*A história do Gambazão foi publicada aqui no BLOG em fevereiro de 2010, nas Crônicas Galináceas.

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