Arte digital por Nowand4ever
NO
CAPÍTULO ANTERIOR, após uma caprichada FEIJOADA na casa da sogra, e de uns
suspeitos TIRAGOSTOS no Bar do Tchan, estava eu com meus cólons ascendente,
transverso e descendente um tanto quanto, digamos, DENSAMENTE populosos quando
acordei para viajar até Belo Horizonte.
Nesta
época, tinha o doentio costume, principalmente em dias de viagem, de fumar um
cigarrinho básico pela manhã e me dirigir AO BANHEIRO. Mas, desta vez, devido ao atraso em me
levantar, passei EM BRANCO (Ô DÓ!). Desta
forma, sem mesmo me despedir da família, saí correndo em direção à rodoviária, que,
para minha sorte, ficava bem pertinho aqui
de casa. Alguns roncos estranhos e uma suave COLICAzinha na barriga começavam a
me deixar grilado e eu, já sentado dentro do ônibus, via o motorista dar a partida. O
veiculo começou a andar e, enquanto, eu fazia o Nome do Pai, fui olhando minha
casa passar pela janela com seu aconchegante banheiro. E que vontade de abortar
a viagem, pedir pra descer e fazer aquela visitinha amigável à minha JÁ SAUDOSA
instalação sanitária para higiene pessoal! Nunca pensei em ter saudade de um toalete, mas
neste dia, eu tive.
Desço!
Não desço! Desço! Não desço. Era agora ou nunca. Teria que me decidir em segundos
qual rumo a tomar. Ainda próximo ao Bar Central, uma nova colicazinha, desta
vez bem mais AGUDA, chega de repente me fazendo levantar da poltrona e seguir
em direção ao motorista. TÔ SARTANDO
FORA é agora, pensei!
Nisso,
um FLATO prolongado e silencioso, queimando as extremidades opostas, trouxe
certo alivio e coragem de seguir em frente. E foi o que aconteceu.
Voltei,
como se nada tivesse acontecido, e sentei novamente em meu lugar. Procurei me relaxar, ir praticando a tal respiração
abdominal, enquanto me distraÍa fazendo palavras cruzadas de pernas cruzadas. Nessa hora, comecei a contar os preciosos
quilômetros que faltariam para chegar a Bicas. E o ônibus nem havia
ultrapassado o trevo de Roça Grande. Meu Deus! TÕ NÁGUA! Senti que, para chegar a Bicas, seria o mesmo
que ir a pé ao Japão. Mas, não haveria alternativa, pois somente lá é que
aconteciam as famosas baldeações, lembram? Assim gritava o motorista logo que o ônibus
parava: - DEZ MINUTOS! E eram dez
minutos MESMO, ou seja: tempo suficiente pra TENTAR ir ao banheiro, fazer um
lanche relâmpago e esticar as pernas.
Mas,
voltando ao começo da viagem, lembro-me bem que fui sentado numa das poltronas
do corredor, tendo como vizinha ao lado uma senhora com uma criança de colo de
mais ou menos um a dois anos de idade. Do
outro lado do corredor, estava sentado uma pessoa inesquecível e divertida, na
época proprietário da loteria esportiva. Pessoa extremamente amiga, grande caráter, exemplar
pai de família, muitíssimo bem humorado e BOTAFOGUENSE nato. Coincidentemente
também músico.
E lá
íamos nós, tranquilamente, até que, naquela descida próxima a Rochedo, a
barriga estufou de vez e uma vontade danada de PULAR PELA JANELA e sentir, de
perto, o contato direto com aquele capim gordura envolvido em gotas de orvalho, me deixou ALUCINADO. Comecei
a não encontrar posição na poltrona e, no desespero, resolvi brincar com a criança
que estava próxima a mim. Qualquer
artifício para me distrair naquele dramático momento seria bem vindo. Aí, pensei novamente com meu butão, ou melhor,
com meus botões: “Com baldeação ou não será aqui mesmo em Rochedo que irei parar.” MAS, ALGO
ACONTECEU... Vejam, na semana que vem, AS
GUERRAS INTESTINAS (ELES SÃO DOIS!!!)
(Crônica:
Serjão Missiaggia / Adaptação: Jorge Marin)
Será que vai acontecer? Serjão?...
ResponderExcluirFortes emoções (e sensações) nesta aventura!
ResponderExcluirForte também a imagem escolhida.
Estou gostando de tudo, pois quem passou pelo drama da trama não fui eu, senão não gostaria tanto.