Arte digital publicada no blog laprovitera.blogspot.com.br
Você é
aquele tipo de ser humano que diz: “eu não me iludo”? Parece que estamos cercados de pessoas que se
consideram muito “pé no chão”, realista, conectado, essas coisas. No entanto, pergunto para você, meu amigo,
minha amiga centrado(a): o que é a realidade?
Afinal de contas, o que é o real?
- Ah,
real é o que eu posso ver, tocar, cheirar...
enfim, o que posso perceber com meus cinco sentidos. Real é o que é objetivo.
- Como
aquele dragão que dá um pulo no filme do Harry Potter?
- Estou
falando de realidade, não de filme.
Filme não é real!
-
Aquele filme, que não real, faturou, até o final do ano um bilhão e trezentos
milhões de dólares.
- Não é
o que eu quis dizer: quero dizer que o real é aquilo que nos afeta.
- Como
aquela prova de Cálculo, na semana que vem, que está fazendo com que você não
durma?
- Sim,
isto é real.
- OK,
então real é uma coisa que ainda não aconteceu?
- Você
está me confundindo...
- Só
estou querendo saber se você sabe o que é real.
A
verdade, gente, é que definir o real é uma coisa meio mandrake, e o “Mandrake”
era um personagem de gibi, justamente, um ilusionista. Senão, vejamos: no início desta semana, uma
notícia (real) do assassinato de sua irmã, colocou uma participante (real) de
um REALITY show (real?) numa dúvida (real): ela sairia do programa para
acompanhar o luto (real) da família e enterrar o corpo (real) da irmã
assassinada ou ficaria para disputar um prêmio (real) de dois milhões de...
REAIS? Na realidade, ela preferiu ficar.
Dias
depois, um ex-presidente (real) teve que se aliar a um político corrupto (real)
para assegurar seu apoio político a um candidato (real) à prefeitura de uma
grande cidade brasileira. O curioso
desse episódio é que um bando de gente foi para o Facebook cobrar coerência do
ex-presidente como se postura política e ideologia, atualmente, fossem coisas
reais.
Então,
pessoal, como dizia Platão aos caras que viviam na caverna curtindo as sombras
passarem na parede: as pessoas se apegam às suas ilusões, e fazem de tudo, mas
TUDO mesmo, para convencer TODO MUNDO de que elas são reais.
Do meu
lado, e para não sair assim, mineiramente, digo que REAL, para mim, é poder
respirar bem, poder se alimentar de forma saudável (ou seja, comer aquilo que
te faz salivar), usar o tempo da forma que quiser, inclusive para curtir
algumas ilusões, que, vamos combinar, são maravilhosas!
O resto
são apenas coisas que os OUTROS querem que você acredite. Até mesmo esta crônica.
(Crônica:
Jorge Marin)
Realmente um raciocínio muito realista!
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