sexta-feira, 8 de junho de 2012

O DISCO VOADOR VI - guerra intergalática (vemaguete x ovni)

Foto de Scoty Filip Radosta

NO EPISÓDIO ANTERIOR, não dá para esquecer, encontramos, não mais um bando de rapazes desocupados, mas uma VERDADEIRA expedição científica. Em meio a um aparato de equipamentos capazes de registrar o menor movimento e o mais tênue espectro de luz, todos miravam... a COISA. Imóvel, refletindo o brilho fraco dos faróis da resistente Vemaguete, mas, ao mesmo tempo, catalisando a energia dos ocupantes, absorvendo toda a força vital dos aprendizes de ufologia e, na verdade, como se não estivesse NEM AÍ com toda aquela agitação.
Numa total escuridão, dentro de um sepulcral silêncio, e entre MEDOS & ARREPIOS, tudo o que se ouvia era o clicar contínuo da máquina fotográfica de Jesse Marcel que, a cada segundo, era disparada freneticamente.
A brisa suave da noite trazia aos rostos inquietos um breve alívio, mas, a cada metro que avançavam, era como caminhar em direção à cratera de um vulcão, e o medo, consequentemente, aumentava, sempre mais e mais...
O Professor Marcos... coitado!!! Já estava prestes a ter que se virar sozinho pois, dada a tensão acumulada, um simples espirro bastaria para a tripulação sair voada pelo asfalto, deixando o cientista abandonado dentro do carro, a mercê dos possíveis ETS... Ou seja lá o que fosse. 
FOI NESSA HORA que o Silvio Heleno, articulando, intimamente, a possibilidade de uma retirada de emergência, pediu que TODOS entrassem novamente dentro da Vemaguette.  O Velho Marcos, definitivamente, não gostou nada da ideia. Ficava resmungando, insatisfeito, dizendo que estava muito abafado, e que não caberia tanta gente dentro do carro. Enquanto resmungava, era sumariamente espremido e sufocado num canto do banco traseiro da Vemaguete.
Após a entrada de todos, Sílvio Heleno, como era de se esperar, afundou o pé no acelerador. Mas, desta vez, para surpresa e desespero geral da tripulação, lançou a nave, digo, o veículo, a toda velocidade, EM DIREÇÃO AO TAL OVNI! 
INSANIDADE! – todos pensaram, mas o Sílvio parecia querer, de uma vez por todas, acabar com aquela angustiante e interminável tortura e ansiedade. 
A GRITARIA foi geral e os olhos de todos, cada vez mais fixos e arregalados, viam, LOGO À FRENTE, aquele estranho objeto se aproximar cada vez mais.
A Vemaguete começou a cheirar queimado. De tanto peso e velocidade, chegou até a tremer. Um verdadeiro ônibus espacial reentrando na atmosfera terrestre! 
Mas... A COISA, aos poucos, ia SE revelando...  Faltando uns 20 metros para o final do campo de aviação, Sílvio Heleno ACELEROU ainda mais. 
Agora era tudo ou nada! 
Uns gritavam... Outros tapavam os olhos... Alguns até cantavam...
Teve gente até se abraçando, só para não chorar. 
Faltando ainda uns 10 METROS, fizeram uma curva superperigosa à direita e, passando feito um foguete pelo local, tiveram apenas alguns breves segundos de observação.  Como um AIRBUS taxiando, a velocidade era tanta que, enquanto iam, já estavam voltando. O tempo de observação foi o mínimo possível, mas suficiente para COMEÇAR A REVELAR o tão esperado mistério.
Alguém cujo nome se perdeu no tempo, mas que vinha sentado no banco traseiro, conseguiu se fazer ouvir em meio àquela confusão, fazendo a mais inesperada das observações:
- HIII, NÃO É POSSÍVEL, MEU DEUS, AQUILO, NA VERDADE... 
É O QUÊÊÊÊ? Um pássaro? Um avião? Seria a Enterprise (a espaçonave, não a danceteria!) numa dobra do tempo? Não deixem de ler, NA PRÓXIMA SEMANA,  A REVELAÇÃO FINAL. O segredo mais incrível, que jamais algum autor de ficção, por mais visionário que fosse, teria sequer imaginado. Um caso que, por seu ineditismo, não consta nem nos arquivos mais SECRETOS do Exército americano, ou nos anais criptografados da NASA. Nem a Voz de São João publicou!

(Crônica original: Serjão Missiaggia . Adaptação/releitura: Jorge Marin)

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