sexta-feira, 4 de maio de 2012

RELEITURAS: O DISCO VOADOR

Foto de Marcus Martins em www.galeriamm.com (com interferência)


Ao iniciar a narração de mais uma aventura, vamos abrir um pequeno parêntese, para fazer uma reverência especial a todos e a cada um dos componentes do grupo Pitomba. Isto porque o grande diferencial do grupo sempre foi a sincera amizade que nos unia. Esta característica já foi citada aqui no blog e sempre foi a nossa marca registrada. Fosse onde fosse: no colégio, nos esportes, em viagens, por trás de alguma experiência maluca ou, simplesmente, para testar alguma nova invenção. Era dia, era noite, no palco ou fora dele, lá estávamos nós, com aquela alegria e muito humor que, por sinal, era outra característica fundamental.

OS FATOS QUE AQUI SERÃO NARRADOS OCORRERAM EM 1974... e, para as pessoas que não viveram esta data possam ter uma ideia do que acontecia na época, basta consultar na Internet qualquer site de ufologia para saber que, no referido ano, registraram-se MILHARES de aparições, combates entre OVNIs e caças Mig na Rússia, captura de um OVNI pelo exército mexicano, posteriormente raptado pelo exército americano e outras tantas narrativas, fartamente noticiadas pela revista O Cruzeiro. Foi neste ano que teve início a parceria entre Raul Seixas e Paulo Coelho, iniciada, segundo Raul, enquanto UM DISCO VOADOR SOBREVOAVA A BARRA DA TIJUCA.
Enquanto isto, em São João Nepomuceno, era uma noite FRIA daquele ano fatídico e um grupo de amigos saía para um passeio, sem saber que fatos interessantes, MISTERIOSOS e, por que não dizer, cômicos, aconteceriam.
Eram 21 horas de um dia de semana comum, e Dalminho, Zé Nely, Sílvio Heleno e Serjão combinaram sair, a passeio, com a velha Vemaguette, veículo emblemático, protagonista de muitos casos já contados aqui.  Após percorrerem, por várias vezes, os mesmos lugares da cidade e, já cansados da rotina, resolveram voltar para casa. Foi quando alguém teve a ideia inusitada de ir até o TREVO para tentar curtir um pouco mais daquela noite até então totalmente sem graça.  E assim foram...
Logo que chegaram, Sílvio Heleno foi estacionando aquela supermáquina debaixo de uma árvore. Num canto privilegiado do lugar, enquanto ligavam o toca-fitas, iam abrindo as portas da Vemaguette, para liberar para a atmosfera o terrível odor de óleo queimado, que o motor do veículo constantemente exalava.
Era uma noite linda, apesar de um pouco escura, pois não havia lua naquele momento. Vagalumes passeavam ao lado do carro estacionado e todos admiravam o céu intensamente estrelado e calmo.
De repente, quando ninguém estava esperando, o Dalminho, que estava sentado no banco traseiro, dá um tremendo pulo para frente e começa a entrar em desespero. Olhando justamente para o lado do campo de aviação, num misto de confusão e pânico, apontava o dedo para aquele local e falava aos berros, quase gritando:
- HAHAHALÁ!!! HAHAHALÁ...
- QUE QUE É AQUILO LÁ EM CIMA???
- É... É... É... UM DISCO VOA...
Antes que terminasse a frase, Sílvio Heleno, mais apavorado com a emoção do Dalminho do que com o que poderia estar acontecendo, foi tentando dar a partida na bendita Vemaguette. Mas, para variar, aquela coisa velha não ligava de jeito nenhum, e TRAVOU...

(continua)

Crônica original: Serjão Missiaggia – Adaptação/releitura: Jorge Marin

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. É ilário poder visualizar a cena , uma vez que esse tempo é todo nosso......Abços Pitombenses

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    2. E o legal, Rosane, é saber que podemos sonhar tudo de novo, e ser, outra vez, abduzidos pela paixão de viver a vida!

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