Foto de Alex Campos
Num acalanto,
noite, vem buscar meu canto,
Pois procuro
afora um canto, pra poder cantar,
Levar o canto,
que fere e consola,
Na solidão
que vai embora, vendo a ilusão chegar.
Com meus
versos, sobre rimas me arremesso,
Solto a voz a
cada gesto, onde há resto de um luar,
Nesta andança
de um errante violeiro,
Sou um
simples seresteiro, a procura de um lugar.
Passo
faceiro, levando andar de andeiro,
Das estrelas
sou parceiro, do vagar faço canção,
Com o silêncio
que invade meus desejos,
Busco paz de
lugarejos, onde há inspiração.
A cada
esquina, num instante que fascina,
O acaso me
ensina, qual rumo a tomar,
Levo cantigas
e lembranças de um tempo,
Esperanças de
momentos que possam voltar.
Já madrugada,
esperando na calçada,
Sentindo a
alvorada... Quase amanheceu,
Vendo a lua,
dando a vez ao novo dia,
Vou deixando
a fantasia, que existiu num sonho meu.
E o manto
negro, que envolveu a noite fria,
Foi levando
melodias, poesias de amor,
E num lamento,
que o tempo ignora,
Vou guardando
minha viola, deixo aurora sem cantor.
Letra e
música: Serjão Missiaggia (1994).
Essa música
recebeu uma “roupagem” e arranjos do Caquinho e do Emmerson Nogueira que a
defendeu nos festivais de Goianá, Cataguases e
Canta Minas, todos muito concorridos, com inscrições vindas de todo Brasil. Esta
letra foi defendida também em São João, no Festimsan, pela Joseme, Pororó, Flavinho
Araújo e Ronaldo Magg.
Bela letra e imagem desta postagem.
ResponderExcluirParabéns aos autores.