Arte por Steve Maher
Na semana passada falávamos de... BOMBAS!
Para que os leigos possam entender, na prática, a relação bélico-musical, basta informar que cada melodia correspondia a 1 tom, e 1 tom a uma trouxinha de foguete. Na bombástica reunião, após uma longa deliberação, ficou também decidido que, por questões de segurança, estaria descartada a possibilidade de se fazer alguma detonação tipo pavio. Foi, portanto, aclamado por unanimidade, o sistema elétrico de detonação “APF 220”, também conhecido como: Ativação por Filamentos em 220 Volts.
Finalmente, foram fixados o local do teste, a data e o horário da detonação: para a primeira versão, o local do teste seria a entrada da oficina do Sílvio Heleno, em frente à antiga Estação Rodoviária, o dia marcado seria o próximo domingo, e o horário, 18 horas e 30 minutos.
A decisão havia sido tomada, uma decisão que mudaria, para sempre, a vida pacífica da cidade de São João Nepomuceno. Um grupo de jovens idealistas decidira, pela primeira vez na História da Humanidade, detonar uma bomba de Melodias.
Naquele fatídico domingo de 1972, o Programa Flávio Cavalcanti não seria o campeão absoluto de audiência. Às 18 horas e 30 minutos, uma outra atração estava programada para pegar a população de surpresa.
E foi assim que tudo ocorreu.
Pontualmente, às seis e meia da tarde, sabem quem estava no local determinado? Pois é, ninguém. Todos haviam sumido. Após mais alguns minutos, o Sílvio Heleno, que morava lá, saiu pela porta da cozinha. Logo depois, os vizinhos mais próximos, Renatinho e Serjão, também chegaram. Seriam as cobaias, para ver e sentir do que a danada da bomba era capaz. Sem saber, estavam escrevendo páginas da História.
Serjão estava particularmente preocupado, pois um dos seus irmãos acompanhava, um tanto ressabiado, e de forma discreta, esta nova loucura. Na realidade, ele não acreditava muito na capacidade dos rapazes, mas ficava o tempo todo dizendo que, de bombas, ele entendia e que, juntamente com o primo Biel, havia feito muitas na adolescência.
No dia e na hora marcados, enquanto eram checados os últimos detalhes da montagem do aparato e a contagem regressiva já era iminente, quase acontece uma tragédia. Silvio Heleno, para espanto de todos, esticou um fio até a escada da oficina e colocou aquela bendita “coisa” bem na porta de entrada.
Nesta hora, tenso e assustado, Serjão pergunta:
- Sílvio! Eu não entendo muito bem de bombas, mas... Você não acha que esta coisa, colocada ali, principalmente de portas abertas, não vai dar retorno? Ou seja... Não está muito perto da gente?!
Silvio Heleno, como todos que o conhecem sabem, é simples e direto:
- Tá tudo tranquilo, Serjão! É só fazer a contagem regressiva, tapar os ouvidos, apertar o botão e entregar para Deus!
Nesta hora, sentindo que ele, na empolgação, estava meio cego para o perigo, Serjão buscou cercar-se de alguma segurança ainda possível. Pediu ao Sílvio que fechasse um pouco a porta, colocasse a bomba um pouco mais para fora e deixasse pelo menos uma janela aberta. Para a sorte de todos, assim foi feito.
Começaram, então, a escutar a contagem regressiva, que já estava previamente gravada, sentido 20 para zero. E AGORA? O QUE ACONTECERÁ? Vejam, na próxima sexta-feira (13) neste mesmo bombablog! Não fiquem nervosos, senão... bum! Aguardem...
(Roteiro original: Serjão Missiaggia / Adaptação e releitura: Jorge Marin)
Ou! Essa história da bomba daria um bom filme de ficção, tipo " Pitomba,uma odisséia no quintal do Anginho Picorone" !
ResponderExcluirAmigo Nilson, pensamos até em Dois Mil e BUM, Uma Pytombeia no Ex-pátio!
ExcluirPensei também no "RETORNO DE PYBOMBA"
ResponderExcluirE Vamo que vamo!
Não seria melhor vocês pararem de PENSAR e BOMBAR LOGO ? kkkkkkkkk
ResponderExcluirNão seria melhor vocês PARAREM de PENSAR e BOMBAR LOGO. O tempo já passou e continua passando.
ResponderExcluirMAZOLA
Justamente na SEXTA-FEIRA 13, a DANADA explodiu!
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