sexta-feira, 5 de agosto de 2011

NOSSO MUNDÃO E NADA MAIS

Foto do mini-encontro realizado no Ginásio do Sô Bi, em fev/74.

Caro amigo Bete,
Esta croniqueta, em forma de carta, é apenas para falarmos um pouco mais sobre aquele agradável encontro que tivemos. Não sei se o amigo se recorda, mas foi no início deste ano quando, na oportunidade, eu estava descendo as escadas da varanda de minha casa e você, juntamente com sua simpática esposa, vieram até mim.
Antes de tudo, gostaria de dizer que fico sempre muito feliz quando reencontro amigos de infância, principalmente aqueles que já não vemos há um bom tempo.
Confesso que fiquei bastante sensibilizado quando o amigo veio, com muita humildade, nos agradecer (a mim e ao Jorge Marin) pelo blog. Disse também que, sempre quando pode, procura acompanhar cada postagem. Afinal de contas, saudade não tem idade, mesmo com o amigo morando longe da terrinha já há um bom tempo, pois reside em Itanhandu.
Difícil foi fazê-lo entender, naquele curto espaço de tempo, que pessoas como você é que nos fazem permanecer acesos para cada vez mais seguir em frente.
Nós, na verdade, é que temos muito a agradecer, pois ter seguidores assim como você é algo que muito nos orgulha.
Diante disso, surgiu uma ideia e gostaria agora que compartilhasse comigo, ou seja, a de fazemos juntos um pequeno passeio no tempo. Mais precisamente na década de 60.
Vamos tentar aterrissar com a nossa imaginação naquele mágico espaço de nossa infância. Num lugar que era, antes de tudo, recheado de amigos, brincadeiras e fantasias: o famoso circuito em volta do córrego.
Relembremos então:
Saindo de minha casa, em direção a sua, que tal darmos antes uma parada na residência do Sr. Wilson e dona Pompeia? Se não estou enganado, foram eles que compraram a primeira televisão da redondeza e, possivelmente, uma das primeiras da cidade. Não sei se o amigo recorda, mas era para lá que todos nós nos dirigíamos para assistir, entre outros, os inesquecíveis seriados Perdidos no Espaço, Rin-Tin-Tin, Vigilante Rodoviário, Bonanza e, principalmente, o desenho animado do marinheiro Popeye. Não perdíamos os programas humorísticos Pandegolândia, Rua do Ri Ri Ri e éramos fascinados pelo Tele-Catch Montila, onde nossos heróis, em belos saltos, aplicavam as famosas tesouras voadoras. Teve uma noite em que mal dormi, devido a uma derrota do Verdugo pro Rasputim Barba Vermelha. E o juiz foi o pequenino Crispim.
Somente saíamos quando começava Diário de um Repórter ou o Repórter Esso.
Assim, lá pelas seis da tarde, começávamos a bater na porta, e o Sr. Wilson, sempre muito solícito, nos convidava a entrar. A sala, com as luzes apagadas, virava um verdadeiro mini cinema, diante daquela criançada toda sentada no chão.
Uma breve pausa para acertar o vertical ou o horizontal da TV era comum, além, é claro, daquela retorcidinha básica no cano da antena externa para melhorar a direção da torre (montanha onde se encontrava o transmissor). Isso tudo acompanhado por pequenos estalos que eram dados pelo estabilizador de voltagem na tentativa de corrigir, especialmente nos momentos de pico, as constantes variações de energia. Não sei se recorda, mas, nos horários de banho, a tela praticamente se fechava e, se o estabilizador não fosse dos “bão”, seria melhor desligar a TV.
Aquele monte de comerciais é que nos deixava malucos. Duravam mais de dez minutos e, quem quisesse, teria tempo até pra dar uma chegadinha em casa e voltar. Embora até gostássemos de alguns deles, como aquele dos três porquinhos dançarinos das Casas Banha (vou dançar o tcha-tcha-tcha) e o dos Cobertores das Casas Pernambucanas.
E que bons amigos foram as crianças da casa: Nozinha, Maria Áurea, e Badeco, sendo que o Wilsinho era bem mais novo. (continua)

(Crônica: Serjão Missiaggia)

4 comentários:

  1. Ah!Serginho.Perder o sono por causa da derrota do Verdugo?
    Quem me tirava o sono era o TED BOY MARINO,loiro e lindo.rsrsrs
    Abraço carinhoso prá você e pro Bete.
    Sônia.
    P.S: Eu tô na foto publicada.
    Bons tempos!

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  2. Serjão, eu também era frequentadora do quase cinema na casa do Sr. Wilson e Dona Pompéia. Realmente, eles nos acolhiam com carinho e muita paciência. A sala da casa deles ficava lotada de crianças.
    Era muito bom!
    Mika

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  3. Serjão,
    Gostei de lembrar das suas peripécias; não cheguei a participar, mas me lembro demais dos bons vizinhos sr. Wilson e dona Pompéia e do carinho que eles recebiam vocês.
    Edna

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  4. Serjão,
    Tenho esta foto aqui em casa. Participei da equipe organizadora. Procure aí que achará eu e Hélcio. Ainda não estávamos casados.
    Mika

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