sexta-feira, 26 de novembro de 2010

OS IRMÃOS MORAM AO LADO

Portrait de Enikõ Szabó, fotomanipulada por Jorge Marin

Antes de começar a contar este causo, irei, primeiramente, posicionar melhor nossos amigos leitores.
Gostaria de explicar que a entrada de minha oficina fica bem ao lado da porta de outro cômodo. Nesta outra porta, existe um galpão para aluguel, sendo que o corredor de passagem é comum aos dois proprietários.
Importante ressaltar também que existia, na época, um acesso privativo de minha casa até a oficina.
Sempre foi uma convivência pacífica, até que (como eu poderia dizer?) fatos começaram a acontecer.

Vamos, então, ao Causo: OS IRMÃOS MORAM AO LADO.

Capítulo 1: A Noiva e o Lixo (que não era o Noivo)

Bendita a hora em que deixei para colocar meu lixo na rua!

Após abrir a porta, de repente, a porta de minha oficina, com um grande saco de lixo na mão, deparei-me com algo extremamente inesperado. E põe inesperado nisso! Acredite quem quiser, mas, simplesmente, dei de cara com uma noiva. Isto mesmo! Uma noiva. Toda de branquinho, com um longo e belo vestido, vinha ela em minha direção.
Em lágrimas, de braços dados com o pai, e escoltada por duas damas de honra: era só emoção...
Caminhando em passos lentos, adentrando pelo corredor de minha oficina, parecia mesmo que vinha ao meu encontro. E foi o que aconteceu.
Até que ficamos só nós, frente a frente.
O cenário era aquele tradicional de casamento: música ao vivo, perfume no ar, fotografias, flores, e muita gente bonita e chique.
Tudo na mais perfeita beleza e harmonia, se não fosse pelo simples fato, de eu estar ali, no meio do caminho.
Pois, acreditem, lá estava eu, de short (furado), sem camisa, com um saco de lixo na mão, e sem nada entender do que estava acontecendo.
Cheguei, por alguns momentos, até mesmo a pensar em pegadinha, mas a cena estava muito perfeita para tal. E também, quem poderia ser capaz? Que eu conheça, ninguém!
Foi, realmente, uma situação não muito agradável, mas perfeitamente entendida por ambas as partes.
Numa hora dessas, que é que eu poderia fazer? Nada! Simplesmente, me desculpei, desejei boa sorte, e fui atravessando o cortejo. Bem de ladinho.
Entre chegas pra lá, pede licenças e empurrões, fui passando no cantinho do corredor. Enquanto ralava as costas na parede, fui, mais do que depressa, colocar meu mico... digo, meu lixo, na calçada. Isto, sem contar que, por um triz, quase deixei um pedaço de meu calção ficar para trás. Uma ponta de prego, mal posicionada na parede, quase piorou, ainda mais, aquela patética cena.
Mas... Há males, que vem prá bem.
Esta quase tragédia serviu para que despertasse em mim, a realidade, de não estar mais sozinho, e que teria de dividir, dali em diante, com meus queridos irmãos evangélicos, aquele espaço. (Pelo menos, o corredor, até então, só meu).
Foi a partir deste acontecimento, que outros fatos, nem tantos rotineiros e de certa forma hilariantes, começaram a acontecer.
NA PRÓXIMA SEMANA: Consertos e Curas (ou Quem não Sara, Solda).

(Crônica: Serjão Missiaggia / Adaptação: Jorge Marin)

Um comentário:

  1. Estas coisas são predestinadas a acontecer com vc né meu amigo e eu estou aqui imaginando a sua cara e o depois quando vc foi contar em casa o mico kkkkkkkkkk Beijos

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BRIGADU, GENTE!

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