sexta-feira, 19 de novembro de 2010
MINHA PRIMEIRA VEZ - FINAL
Na semana passada, como bem recordam, era chegada a hora do encontro. Confesso que lembrei disso a semana inteira. Posso me arriscar a tomar um beliscão após esta postagem, mas foi uma coisa que ficou gravada na minha memória. Foi assim:
Lá fui eu, banhozinho tomado, cabelo penteado, perfume atrás da orelha e, pasmem, até o tênis lavado. E era tudo por uma boa causa. Ia caminhando a passos largos em direção ao centro da cidade, local onde ela trabalhava.
A maioria das pessoas já havia saído, e as coisas foram acontecendo, numa rotina deliciosamente natural, embora eu estivesse com o coração a ponto de sair pela boca. Até para não correr o risco de apanhar, vou pular alguns detalhes de ajustes e vacilos que sei que a maioria comete, mas nada que atrapalhasse o melhor da festa.
Enfim... Era chegado o tão esperado momento.
Finalmente, lá estávamos... frente a frente...
Ao me aproximar dela, meio ressabiado, confesso que pensei em desistir. Quando a encarei diretamente, ela permaneceu impassível, como se aquilo fosse absolutamente natural para ela (hoje eu sei que era) e, ao mesmo tempo como se ansiasse também pela ação.
Meu coração começou a pulsar mais rápido e as mãos ficarem frias. Quanta emoção!!!!
Após trocarmos aquele fulminante olhar, procurei ser bastante objetivo e assim, não perder o mínimo tempo. Afinal, eu queria muito e ela nunca escondeu sua disponibilidade.
Pra começo de conversa, me senti bem seguro, pois, para minha sorte, percebi instantaneamente, ser ela, além de tudo, extremamente submissa.
Sendo assim, já sentindo a situação sob controle, procurei sempre, não sei como, tomar a todo o momento, a iniciativa das ações.
E não é que ela foi com minha cara!!!!
Eu sentia que, a cada toque, ela me aceitava mais e mais e, para minha alegria, ainda me impulsionava, a todo instante, a seguir cada vez mais em frente. Não acreditava naquilo que eu via: à medida que eu avançava, atrevidamente, ela pedia mais e mais. Gente, eu não sabia que eu poderia ser tão bom assim naquela coisa.
Por nenhum momento, me fez sentir que poderia estar cometendo algum tipo de erro. Desta forma sem perder tempo, continuei manter meus movimentos ousados e delicados sobre ela.
Comecei a ficar bem à vontade, pois, a cada toque, ela me correspondia com sinais, gemidos e ruídos de aprovação.
Enquanto íamos, cada vez mais, interagindo, eu começava até vislumbrar aquele final tão esperado.
A cada toque, mais prazer eu sentia até que, para minha surpresa, simplesmente, ela própria tomou a iniciativa de pedir-me que nela inserisse aquilo que eu tanto desejava.
Mesmo um tanto tímido, pelo tamanho daquilo que eu teria a oferecer, não me contive e mandei bala. E que momento!!!!!!!
Procurei introduzir lentamente, mas ela, para meu espanto (e deleite), informou de pronto que eu deveria introduzir completamente, e, sem cerimônia, puxou tudo de uma só vez.
E que prazer!!!!!
Pena que a rapidez do momento desfaria, em questão de segundos, aquele ato tão sonhado.
E a danada continuou me surpreendendo, questionando, descaradamente, se eu queria fazer outra. (Negativo e inoperante) fiz-me entender!!!
Desta forma, após mostrar que minha tarefa havia sido cumprida com sucesso, ainda ficamos a trocar um breve olhar apaixonado, até que finalmente saí, com as pernas um pouco bambas.
Minha vontade era de agradecer, mas... tenho certeza que ela jamais me escutaria.
Fiquei tão entusiasmado que, antes mesmo de sair, já estava a pensar no outro dia. (Um outro encontro... quem sabe!!!!!)
Muito possivelmente, amanhã, ainda não terei bala na agulha para repetir tudo aquilo de novo. Mas, com certeza: poderei pegar o saldo ou mesmo sacar um pouco daquela grana, que há pouco, bem há pouco, coloquei no envelope, e nela introduzi. Jamais esquecerei as iniciais do nome dela: A.T.M.
Para ser sincero, ainda não sei aonde poderá nos levar esta revolução tecnológica desenfreada, com suas máquinas maravilhosas, mas... Que o trem é bom, isto é!
A primeira vez, em uma Máquina Eletrônica, de uma agência bancária, a gente nunca esquece!
(Crônica – Serjão Missiaggia / Adaptação – Jorge Marin)
NOTA DO AUTOR: “Coincidentemente, dias atrás, ao dirigir-me ao banco para fazer um saque, surgiu, na tela, a seguinte mensagem: “Sem cédulas. Por favor, utilizar outro terminal. Operação indisponível no momento.” Achei superinteressante, pois, encontrar uma Máquina Eletrônica “durinha da silva” foi também, a primeira vez!
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Esse negócio de primeira vez é muito interessante.Esta crõnica,por exemplo,me fez,pela primeira vez,em 56 anos de vida,ficar ansioso desse jeito que fiquei(confesso), pelo desfecho da história.Parabéns Serjão,pela criatividade.Acho que todos os leitores ficaram excitados ao extremo quando você utilizou o termo ¨introduzir¨,que,no final das contas,nada tinha a ver com o que imaginaram as mentes ¨poluídas¨.
ResponderExcluirkk
ResponderExcluirmt bom...
AO LAM AÍ!!!HAHAHAHAHAHAHAH
ResponderExcluirSÓ ESPERO QUE ESTA COISA DE MAQUINOFILIA NÃO PEGUE! KKK
ResponderExcluirMUITO DIVERTIDO...
POR ZELENO
Perfeito. Sua criatividade ultrapassou limites e me deu ideia para coisa parecida. Alias Serjão tenho algo assim. De uma paixão que não me deixava e eu estava aflito com ela por perto. Veja no blog: jocarlosbarroso.blogspot.com.br
ResponderExcluirÉ um prazer, agora quase que sexual, estar por aqui! RSSSSS!!
Aqui vai ela:
ResponderExcluirMENTE VADIA
José Carlos Barroso
De repente tomas meu corpo
Eu desfaleço em seus braços
Demoradamente me envolves
Acabo de cair em teus laços
Deixas-me logo a tudo indiferente
Lânguido e mais do que inapetente
Paro, penso, sinto tudo num instante.
Que amor mais louco e constante!
Baixinho ela sussurra... é apenas o começo
Imóvel então eu adormeço
Mas entristeço-me assim que desperto
Ela me sufoca não a quero mais por perto
Quero estar longe de seus sonhos
Meu corpo dói e minha cabeça explode
Arde em febre enquanto estou distante
Que nem parece que estou junto dela
Tenho o coração cheio de coisas para dizer...
Eu estou vivo, mas é como estivesse morto.
Gente de mente vadia e vazia.
Pois não é dela que falo e nem do amor
É da dengue, por quem amargo tanta dor!
Amigo Serjão,este blog tem revelado muitos talentos,tais como,você próprio,Jorge Marim, e agora José Carlos Barroso,com este interessante poema sobre a ¨vadiagem mental¨.Parabéns a todos!
ResponderExcluirAO AMIGO ENCIUMADO
ResponderExcluirJocarlosbarroso
30.11.2010
Meu amigo ficou preocupado
Pensando se eu era circuncidado
Já que sempre fui despreparado
E por vezes meio aloprado
Também se mostrou enciumado
Se a minha primeira vez
Foi com quem ele havia estado
Pois eu lhe afirmo se era antes
Hoje faço questão da circuncisão
Que de forma literal é supressão
E não fique assim tão atribulado
Pode ficar bem despreocupado
Pois você foi sempre mais apessoado
E sempre foi seu grande amado
Mas com a sua “Dorinha” ao seu lado
Pois é isso mesmo "VADIAGEM MENTAL" perfeita a construção do titulo caro amigo Nilson, e acima mais uma réplica depois de uma visita do Serjão ao meu blog jocarlosbarroso.blogspot.com