Assistindo,
pela Rádio Difusora, à entrevista dos responsáveis pela implantação da
municipalização do trânsito em São João, algumas questões
me vêm à
mente: será que nossa cidade dará conta de ser integrada ao Sistema Nacional de
Trânsito, face às nossas peculiaridades, à nossa cultura e até mesmo pela falta
de demanda da comunidade ou pela carência de condições técnicas e financeiras?
Ao mesmo
tempo, perguntamo-nos igualmente por que uma determinação do Código de Trânsito
Brasileiro (CTB) de 1998, ou seja, de 20 ANOS, até hoje não foi cumprida?
Como se
trata de um modelo padronizado, que é adotado indistintamente tanto por São
João quanto por São Paulo, é de se esperar alguns traumas e a necessidade de
algumas adaptações para acomodar nossas características.
Para
isso, entendo seja fundamental a participação de TODOS: não vejo a
municipalização do trânsito como uma COISA que vai ser construída pelo capitão
Felipe e equipe, e entregue como uma pizza. É preciso que os condutores, os
pedestres, os transportadores possam dar o seu pitaco, caso contrário, os
trabalhos se transformarão num chororô, num mar de conflitos e num desgaste
político sem fim.
De
qualquer maneira, vejo a integração ao SNT como uma excelente oportunidade para
adotar uma série de atribuições, como, por exemplo, a FISCALIZAÇÃO. Esta é
fundamental, a princípio, para contribuir para o RESPEITO às regras de trânsito
pelos usuários, com a consequente penalização aos infratores e, o que é mais
importante para a cidade, ARRECADAÇÃO de multas.
Neste
aspecto, não posso deixar de comentar uma passagem da entrevista que me
preocupou: indagado sobre a POLUIÇÃO SONORA, o responsável, talvez focado mais
no gigantesco trabalho a seguir, afirmou ser atribuição da PM pois tratava-se
de decibelagem etc. É importante dizer que este assunto é, sim, também da
competência dos agentes de trânsito e que independe de qualquer tipo de medição
conforme a resolução Contran 624/2016, bastando que o som seja audível do lado
de fora do veículo. A multa é R$195,23 e 5 pontos na carteira.
Tão ou
mais importante do que fiscalizar e punir, a integração ao SNT prevê a educação
no trânsito, que tem a possibilidade de causar mudanças positivas no comportamento
dos condutores, além de prepará-los para lidar com situações e correções de atitude
frente ao tráfego.
Finalmente,
uma constatação assustadora: segundo informações da Administração Fazendária
Estadual, São João possui 11.734 veículos emplacados, o que dá quase um carro
para cada duas pessoas. Se não organizarmos essa massa de veículos, não
educarmos as pessoas e não corrigirmos, a cidade para. Então, que venha a
municipalização!
Crônica:
Jorge Marin
Foto : disponível em http://blogdosabones.blogspot.com.br/2016/10/primeiro-semaforo-de-sao-joao-nepomuceno.html
Acreditamos agora com a chegada da MUNICIPALIZAÇÃO DO TÂNSITO, aliado as NOVAS REGRAS DO CONTRAN e CÓDICO DE POSTURAS DO MUNICIPIO, que os excessos SONOROS provocados por alguns VEICULOS em nossas ruas, poderá se tornar enfim, coisa do passado.
ResponderExcluirUma cidade pra obter o RESPEITO de seus cidadãos, deverá primeiramente, respeitá-lo impondo e dinamizando o cumprimento das LEIS na preservação de uma melhor qualidade de vida para todos.
Obrigado por comentar. Essa também é nossa esperança.
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