Fazendo uma singela homenagem ao Mangueira F.C.
pelo seu CENTENÁRIO, iremos reeditar esta postagem de 2016.
NOS TEMPOS DO
RUBRO BAR
Na década de setenta, o RUBRO BAR, juntamente com o
Botachopp, era o point principal da juventude sanjoanense.
Aquele varandão, com suas mesinhas ladeando a piscina, simultaneamente com o
charme de sua GALERIA recém-inaugurada, tendo como carro-chefe o barzinho ZOOM
FRUTAS (e seus inesquecíveis drinks e batidas), transformavam-se num ponto de
encontro sem igual. Além de formar um complexo perfeito, eram muitíssimo bem
localizados, sendo que para nós, rapazes, da sinuca do Cida até o Rubro Bar era
um pulo só.
Naquela ocasião, sob os encantos visuais da então
novíssima LUZ NEGRA, o conjunto de nossa madrinha Nely Gonçalves de nome “OS
COBRINHAS’ era, nos finais de semana, a sensação dos bailes e das brincadeiras
dançantes que ali se desenrolavam. Quando isso não acontecia, as noites eram
embaladas pelo som ambiente de suas caixas acústicas, onde canções como Mamy Blue, Sugar Sugar, Everybody’s Talkin’,
Midnight Cowboy, I Started A Joke, Raindrops Keep Falling On My Head eram
apenas algumas que acalentavam nossos ouvidos, enquanto iam eternizando uma
época. Sinceramente, chego a acreditar que talvez tenha sido ali, naquele
espaço musical, que se formou o embrião do Pitomba.
Casa sempre cheia, ambiente agradabilíssimo, gente
bonita, onde o bom papo e as brincadeiras rolavam até altas horas.
E como era difícil conseguir chegar num daqueles
sábados à noite lá em cima! Uma aventura da qual muitos até desistiam, e
outros, pela dificuldade, nem mesmo se arriscavam. Era gente que não acabava
mais, e muitos ficavam até mesmo travados no meio daquela escadinha de acesso
que, na época, deveria ter pouco mais de meio metro de largura. Mas tudo fazia
parte da festa, e subir então espremido entre paqueras transpirando VITESSE,
era ainda melhor.
Um fato um tanto hilário que muito marcou uma de
minhas primeiras idas ao RUBRO BAR foi quando, após conseguir com muito
sacrifício vencer aqueles degraus, ficar impressionado ao ver a Nely cantando
várias músicas internacionais. Digo impressionado porque, dias atrás, ela havia
confidenciado que não sabia dizer uma santa palavra em inglês. Mas como? De que
maneira teria aprendido tão rápido? E era um repertório inteiro. Uma resposta
que ficaríamos sabendo somente no outro dia.
Imaginem vocês que, momentos antes de iniciar o
baile, ela sentou-se em uma daquelas mesinhas e, simplesmente, começou a
catalogar todos os nomes de músicas internacionais que conhecia. Conseguiu
compor várias letras juntando todas elas e invertendo apenas a ordem das
palavras. Verdade seja dita, até que enganava bem!
Época de pouca grana nos bolsos, que nos fazia,
ante aquela rodinha de sete a oito amigos, dividir não somente o espaço de uma
mesma mesa como também as despesas daquela que seria talvez a única dose de Gim
Tônica ou Campari da noite. Tudo regado de muita alegria, descontração e, por
que não, também de muito romantismo.
Pra terminar, aproveitamos a oportunidade para
parabenizar ao jovem e dinâmico presidente Fernando de Lelis (Kibil) pelo belo
e incansável trabalho frente ao clube.
Crônica: Serjão Missiaggia
Foto : Acervo
do Mangueira
Parabéns pelos 100 anos do Mangueira!
ResponderExcluirCrônica excelente, voltei uns 40 anos da minha vida,
era exatamente assim que curtíamos o Rubro Bar e, muitas vê
vezes, sem nossos pais saberem (ou melhor, nós achávamos
Que eles não sabiam... rsrsr).
A lembrança do Perfume Vitess foi ótima.
Parabéns pela crônica
Foi essa a intenção, Fernanda. Mexer com fatos, mas, principalmente, com emoções. O perfume e as músicas não se apagam. Obrigado por comentar.
ExcluirUm abraço obrigado em nome do Mangueira FC
ResponderExcluirFalar do Mangueira F.C. é sempre obrigatório aqui no Blog, pois nos enche de saudade, alegria e orgulho. O Pitomba nasceu ali naquela galeria. Abração!!!
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