sexta-feira, 7 de agosto de 2015

REINSTALANDO O TÚNEL DO TEMPO


Quem disse que a tecnologia não dá prazer pra gente?

Estou aqui tentando publicar a minha postagem no BLOG desde as 7 da manhã e, graças à alta tecnologia Microsof, não consigo liberar a matéria.

No entanto, a referida empresa me proporcionou uma tremenda alegria: é que, tendo instalado o seu mais recente produto – o Windows 10 – com o qual não consegui fazer bulhufas (porque ele insiste em dizer que a minha resolução de tela está errada), fui convidado a desfazer tudo e voltar para o meu Windows 7 veinho.

Gente, vocês não imaginam que alívio foi ver todos aqueles gráficos novinhos se dissolvendo e voltando a minha telinha antiga com meus ícones de sempre e o meu design ultrapassado.

Fiquei pensando. Será que não poderíamos estender essa técnica de desinstalação para outras ocorrências da nossa vida. Já pensaram em desinstalar os seus 50 ou 60 anos e retornar, mantendo a memória (é claro!) para as suas versões 2.0?

E que tal voltar a paisagem sanjoanense para sua versão 7.0, com a Pracinha do Coronel cheia de jovens, o Ginásio do Sôbi a todo vapor e o Cine Brasil exibindo Ben-Hur, com direito a La Violetera no Cine Rádio?

Quem acompanha o Blog, sabe que não sou saudosista, mas, dentro da velocidade e da impessoalidade com que somos tratados nos hospitais, nos comércios e nas repartições públicas, gostaria de reinstalar A Brasileira, A Casa Leite e o Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais, comigo lá dentro, trabalhando com o sô Mauro Nogueira.

Baixaríamos a versão mais antiga da Lanchonete Joia, do Cebolinha, do Tcham, e também reinstalaríamos o trailer do Tim ali em frente à Força e Luz (que voltaria a ser CFLCL) e ao murinho do Adil numa versão sem pregos.

Bom também, para completar o contexto, desinstalar o Trombeteiros e o Democráticos para a sua versão 1.0 e, principalmente, o Calçadão para a sua versão Rua do Sarmento.

A Matriz, a gente poderia deixar na versão atual, mas poderíamos reinstalar o Padre Trajano para impor mais respeito na molecada e o Padre Jacy para, quem sabe, gravar um DVD ao vivo.

Bons tempos, alguns dirão, mas se, de tudo, for impossível (e é) reinstalar as nossas casas, nossos filhos pequenos, nossos discos de vinil e nossas imagens no espelho, fica pelo menos essa imensa ternura pelo que foi, pelo que fomos, e pela vida vivida.

Crônica: Jorge Marin
Foto     : Kenneth Netzel, disponível em https://www.flickr.com/photos/kennetzel/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL