Quem
disse que a tecnologia não dá prazer pra gente?
Estou
aqui tentando publicar a minha postagem no BLOG desde as 7 da manhã e, graças à
alta tecnologia Microsof, não consigo liberar a matéria.
No entanto,
a referida empresa me proporcionou uma tremenda alegria: é que, tendo instalado
o seu mais recente produto – o Windows 10 – com o qual não consegui fazer
bulhufas (porque ele insiste em dizer que a minha resolução de tela está
errada), fui convidado a desfazer tudo e voltar para o meu Windows 7 veinho.
Gente,
vocês não imaginam que alívio foi ver todos aqueles gráficos novinhos se
dissolvendo e voltando a minha telinha antiga com meus ícones de sempre e o meu
design ultrapassado.
Fiquei pensando.
Será que não poderíamos estender essa técnica de desinstalação para outras
ocorrências da nossa vida. Já pensaram em desinstalar os seus 50 ou 60 anos e
retornar, mantendo a memória (é claro!) para as suas versões 2.0?
E que tal
voltar a paisagem sanjoanense para sua versão 7.0, com a Pracinha do Coronel
cheia de jovens, o Ginásio do Sôbi a todo vapor e o Cine Brasil exibindo Ben-Hur,
com direito a La Violetera no Cine Rádio?
Quem
acompanha o Blog, sabe que não sou saudosista, mas, dentro da velocidade e da
impessoalidade com que somos tratados nos hospitais, nos comércios e nas
repartições públicas, gostaria de reinstalar A Brasileira, A Casa Leite e o
Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais, comigo lá dentro, trabalhando com o
sô Mauro Nogueira.
Baixaríamos
a versão mais antiga da Lanchonete Joia, do Cebolinha, do Tcham, e também
reinstalaríamos o trailer do Tim ali em frente à Força e Luz (que voltaria a
ser CFLCL) e ao murinho do Adil numa versão sem pregos.
Bom
também, para completar o contexto, desinstalar o Trombeteiros e o Democráticos
para a sua versão 1.0 e, principalmente, o Calçadão para a sua versão Rua do
Sarmento.
A Matriz,
a gente poderia deixar na versão atual, mas poderíamos reinstalar o Padre
Trajano para impor mais respeito na molecada e o Padre Jacy para, quem sabe,
gravar um DVD ao vivo.
Bons
tempos, alguns dirão, mas se, de tudo, for impossível (e é) reinstalar as
nossas casas, nossos filhos pequenos, nossos discos de vinil e nossas imagens
no espelho, fica pelo menos essa imensa ternura pelo que foi, pelo que fomos, e pela
vida vivida.
Crônica:
Jorge Marin
Foto : Kenneth Netzel, disponível em https://www.flickr.com/photos/kennetzel/
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