sexta-feira, 4 de abril de 2014

"NAQUELE" TEMPO É QUE ERA BOM?


Aproximando-se a comemoração do quinto aniversário do Blog, uma pergunta é inevitável: “naquele” tempo é que era bom?

Constantemente, lemos comentários em nossas postagens e também no Facebook, expressando a saudade por um tempo que passou, um tempo supostamente “bom”, o que geralmente quer dizer: mais ingênuo, mais natural e, sei lá, até mais santo.

No entanto, é preciso que estejamos despertos para um fato: a nossa vida é AGORA, e todo sentimento em relação ao que se foi, às boas lembranças, e também às más, é pura PERDA DE TEMPO. 

Vivemos, sim, bons momentos e lembrá-los de vez em quando, até com um incremento aventuresco como fazemos aqui no Blog, é muito prazeroso. Mas, carregar tal memória, ainda que boa, o tempo todo, é como sair na rua com um gravador de rolo numa mão e uma câmera betamax na outra.  Além de anacrônico, é profundamente cansativo e desconfortável.

Naquele “nosso” tempo, que muitos dizem “ê tempo bom”, ainda se morria de gripe e tuberculose.  Em 1964, temos relembrado o cinquentenário por estes dias, não podíamos nos reunir, nem ler o que quiséssemos e, se num filme aparecesse uma cena de nudez, esta era coberta por umas bolinhas pretas que corriam atrás dos genitais, alguém se lembra?

Sim, éramos felizes, mas, da mesma forma como ocorre hoje, a felicidade estava nas pequenas coisas: num beijo roubado, numa farra com amigos, num baile do Operário. Hoje pode ser na formatura de um neto, num baile da (eca!) terceira idade e, por que não, num beijo roubado também.  Afinal, temos boca, corpo e paixão!

A grande lição que aprendi com o computador foi um comando chamado ESVAZIAR A LIXEIRA.  É bom para a memória randômica, dele e nossa.  Melhora o desempenho, dele e nosso. E, igualmente para ambos, é extremamente saudável.

Crônica: Jorge Marin
Foto: Mosh Dem, disponível em http://www.deviantart.com/art/Empty-89214600

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