quarta-feira, 16 de abril de 2014

FREIRAS EM PÂNICO 2: A SAGA DA BATERIA


Um tanto admirado com a naturalidade dessa foto, não tive como deixar de recordar alguns fatos que aconteceram no século passado com a turma do Pitomba, e com aquela que viria ser nossa futura madrinha.

Um desses fatos foi quando, certa vez, fomos “visitar” a Nely no hospital, para, entre umas e outras coisas, pedir a ela a BATERIA emprestada.
Essa visita inusitada deu-se em circunstância de uma das vezes em que o Pitomba se preparava pra fazer um baile no terraço da casa do primo Dantinho e, pra variar, estava sem o referido instrumento. Coincidentemente, naquele mesmo final de semana, todas as BATERIAS que poderiam ser nossas possíveis vitimas estavam sendo usadas por seus respectivos donos.

Na época, nossa amizade com a Nely estava ainda no comecinho, e sua BATERIA era a única que poderia estar disponível na cidade. Mas, como agravante, nossa futura madrinha havia se submetido recentemente a uma cirurgia e estava internada. Então, após uma breve reunião, resolvemos que, como única opção, teríamos que fazer um ataque, digo, uma “visita” a ela no hospital. E assim aconteceu...

Quando lá chegamos foi um Deus nos acuda. Éramos umas cinco ou a seis pessoas querendo entrar de uma só vez. Um pequeno tumulto se formou na portaria, mas, no final, todos acabariam entrando.

Já dentro do quarto, era gente sentada até debaixo da cama. O lanche da tarde desapareceu com tal rapidez, que não sobrou um único biscoito para a paciente e muito menos uma santa gota de suco! Isso pra não falar que, por muito pouco, não teríamos conseguido passar um violão pela janela. Verdade seja dita, melhoramos substancialmente o quadro clinico da paciente em função de tantas e boas risadas.

A visita/festa foi geral; só que, já quase terminando o horário de visitas, ninguém ainda havia se manifestado e encontrado coragem de fazer o pedido. Pede você... Pede você... E ninguém pedia nada.

Já conformados com aquela que seria uma investida mal sucedida, cabisbaixos e numa tristeza sem fim, começamos a nos retirar. Quando já íamos saindo, eis que ela nos chama novamente pra dentro do quarto e, com muita sensibilidade, mesmo sabendo de nossas segundas intenções, foi logo dizendo: “NUM GUENTO SEISNÃO!” A BATERIA tá lá no Operário! É só pedir a chave e apanhá-la!

E foi aquela vibração no até então silencioso e ordeiro ambiente hospitalar. Quanta alegria! Seria a primeira vez que iríamos tocar em uma bateria profissional. Despedimo-nos mais que depressa, saindo em disparada escorregando pelas antigas passarelas do hospital.

Depois daquele dia, nossas visitas se tornariam uma constante, vindo até a causar novos transtornos na portaria. Mas, tudo isso fazia parte do show e esses fatos estão também devidamente catalogados no inicio do Blog.

Crônica: Serjão Missiaggia (agosto/2010)
Foto: Facebook SJ Online

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