Não tem como, ao se aproximar o Natal, deixar de se lembrar do Papai
Noel da Tipografia e do sr. Wolnei Protásio que, vestido de bom velhinho, saía
pelas ruas da cidade jogando bala pra garotada. Isso para não falar, é
claro, daquele imenso e fantástico presépio que era montado com muito carinho
na casa do sr. Tininho juntamente com suas irmãs, bem ali na subida da Guarda
Mor Furtado.
Sinceramente, não entrava em minha cabeça como poderia o Papai Noel sair
pela rua jogando balas, se, ao mesmo tempo, continuava sentado dentro da
vitrine. Da mesma forma, ficava a
imaginar como poderia ele, gordo daquele jeito e com um imenso sacão nas costas,
entregar os presentes, se na chaminé de minha casa não cabia um gato sequer.
Também tínhamos um modesto presépio, que, guardado com muito carinho num
pequeno bauzinho, era montado religiosamente todos os anos. Lembro-me
perfeitamente quando, acompanhado de minhas irmãs, saíamos para procurar
serragem, pedregulhos e um galho bonito que pudesse nos servir de árvore de
Natal. Tudo o mais natural possível e
feito com nossas próprias mãos que, de maneira simples, tentavam remontar a
simplicidade do nascimento do Menino Deus.
Após colocarmos a guirlanda na porta e montarmos o presépio bem ao lado
da árvore de Natal, ficávamos aguardando ansiosos pela chegada de nossos
familiares que, com certeza, estariam trazendo na bagagem, um monte de
castanhas, nozes e avelãs.
E assim, VIAJANDO NA MAGIA DO MOMENTO, ALIMENTANDO NOSSO LADO CRIANÇA,
aprendíamos através de nossos pais, que antes de tudo, O NATAL ERA O NASCIMENTO
DE JESUS.
Crônica e foto (vitrine da loja onde funcionava a Tipografia): Serjão
Missiaggia
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