Na
semana passada, passeando pelas ruas, hoje não tão tranquilas, do nosso
interior, tínhamos um dilema: como responder ao cumprimento de um motorista
escondido pelo insulfilm ou de um motoqueiro de capacete? Coisas que só acontecem no nosso interior...
Mas,
por falar nisso, alguém, por acaso, já presenciou, em uma grande cidade, o
motorista de um circular perguntar a um passageiro no ponto, onde ele gostaria
de descer? Eu já! Justamente, foi aqui “mês”! Somente no interior temos taxibus.
Vou
falar agora sobre uma coisa muito importante e que diz respeito a todos que
querem perder, ou estão perdendo peso!
São as famosas corridinhas atrás da BALANÇA AMIGA de uma farmácia. Pra quem não conhece, vou logo explicando: corridinha
atrás da balança amiga NÃO é esporte olímpico (ainda) e consiste na incessante
perseguição, efetuada por todos aqueles que estão fazendo regime, em busca daquela
que seria a melhor balança para se pesar e que melhor reflita seus desejos de
perder (ou ganhar) peso. Segundo alguns especialistas,
a matemática funciona da seguinte maneira: ordem crescente sentido sudeste pra
nordeste, ou seja, as balanças vão aumentando alguns gramas no sentido da pracinha
do chafariz, passando pelas ruas centrais até terminar pelas imediações do
Centro Cultural. Não que eu seja
curioso, mas ao aferir cada uma delas, cheguei mesmo à conclusão de que esta suposta
neura tem um certo sentido. Mas como seria provar isso numa grande metrópole?
Aderi, recentemente,
àquelas dezenas de pessoas que gostam de jogar fubá e canjiquinha aos canários
da terra. Já cheguei a contar mais de
vinte deles numa única esquina. Já
imaginou fazer isso na Avenida Paulista? Se não nos recolherem pra internação,
provavelmente seremos abordados, revistados e interrogados. Haverá forte suspeita de estarmos analisando o
local para futuras incursões.
Sinto
saudade do tempo em que o padeiro, com aquele imenso cesto, deixava, ainda de
madrugada em nossa porta, aquele pãozinho quentinho. Infelizmente, esta coisa tão interiorana teve
mesmo que acabar, pois os pãezinhos começaram a desaparecer. E até o balaio do padeiro!
Mas se
já não podemos mais também escutar o apito da Maria Fumaça e da Fábrica de
Tecidos, ainda temos o privilégio de sermos embalados pelo repicar dos sinos das
igrejas nas manhãs de domingo.
Enfim,
assim como vocês deverão ter um monte de situações interessantes pra contar, reconheço
aquilo que sempre representará para todos nós as grandes cidades. Quem sabe um pouquinho lá, um pouquinho aqui?
Então,
principalmente, para todos aqueles que não têm medo de “sobreassalto” o negócio
é manter um pé na Pedra e outro no Asfalto.
(Crônica e foto:
Serjão Missiaggia, maio 2012)
As vezes sinto uma saudade danada disso tudo mas já estou urbana demais, infelizmente.
ResponderExcluirCléa Barroso