Na segunda-feira
passada, morreu Charles Manson. Pouca gente, nos dias atuais, a não ser os coroas,
conhecem esse que foi um dos maiores assassinos em série dos Estados Unidos.
Mas o meu
assunto aqui não é a morte de um assassino em si, mas uma coisa que me
ensinaram quando eu era menino. Em casa e na escola.
O que
ensinaram foi um monte de frases sobre justiça, crime e castigo, que poderiam
ser resumidas no ditado “a justiça tarda mas não falha”. O fato é que, até
hoje, mais de cinquenta anos depois, me pego em situações em que acho que a
pessoa, só porque cometeu algum crime, vai sofrer no final da vida. Acho
também, vejam só o nível de ingenuidade do idoso, que pessoas boas terão mortes
tranquilas.
Por isso,
uma morte como a do psicopata Manson acaba me deixando mais veiaco (como diria
o meu pai). Assim como acho que todos nós já passamos da hora de acordar e
ficar mais espertos.
Vejam
bem: o Manson, após orquestrar uma série de assassinatos em 1969, foi preso e ficou
na penitenciária. Durante esse período, estudou, compôs músicas, lançou discos
e livros e, pelo que consta, a maior ameaça que sofreu foi a de quase ter se
casado, no ano passado, com uma jovem de 27 anos que insistia em visitá-lo
regularmente na prisão. Eles só não se casaram porque ele não quis.
Esse “castigo”,
de ter que dividir o leito com alguma “gatinha”, também parece perseguir nossos
políticos que, depois de cometer falcatruas, mentir, enganar e passar uma noite ou outra na prisão, voltam
para a sua jovem companheira para amá-la. Amá-la verbo, não A MALA que, hoje,
ao que parece, não prova corrupção. Assim como uma andorinha, só, não faz
verão. Ou um único helicóptero não é prova de tráfico.
No século
XXI, provavelmente, aquela máxima do evangelho de Mateus de que “quem se exalta
será humilhado e quem se humilha será exaltado” se transformaria, no Facebook,
em: quem se exalta será espancado e quem se humilha será escrachado.
E aí? Bora
deixar de ser bestas, né? Temos a nossa frente um país, e um futuro, maravilhosos,
onde todos nós, junto com nossos filhos e netos, queremos, e merecemos, ser
felizes.
Por isso,
se neste Natal virem um homem gordo, de roupa vermelha, com um saco nas costas,
rondando as suas casas, podem ligar para o 190!
Crônica:
Jorge Marin
Foto : MansonDirect.com, disponível no Facebook
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