sexta-feira, 22 de abril de 2016

SOM AUTOMOTIVO: VIOLÊNCIA EM ALTO VOLUME


Na semana passada, quando falamos sobre uma nova São João Nepomuceno, fica parecendo que, de uma hora para outra, as coisas começaram a ficar ruins, as pessoas a se armar e os conflitos, magicamente, explodirem.

No entanto, a violência não surge assim, do nada. A violência surge pequena, disfarçada, em ações do dia a dia que, face à nossa OMISSÃO, crescem e saem de controle.

Quero falar aqui hoje de um tipo de violência que, quando voltei a frequentar a cidade, depois de uns trinta anos ausente, foi o que mais me chamou a atenção: é a POLUIÇÃO SONORA, representada em sua maioria pela retirada do miolo do abafador de barulho nas motos e pela instalação de som automotivo em veículos.

Mesmo se comparada às cidades maiores, a situação em São João está CAÓTICA: alguns motoqueiros estão adaptando caixas de som ao bagageiro das motos. Os donos de som automotivo, por sua vez, ligam seus autofalantes em série, DOBRANDO a potência do som.

Alguém aí vai dizer: peraí, mas eu curto som automotivo e NÃO ando na cidade com o som alto. Então, meu amigo, esta postagem não é para você. O que estamos tratando aqui são das pessoas que, deliberadamente, saem, até mesmo à noite, pela cidade com o som ligado no último volume, fazendo tremer as vidraças das casas e disparando os alarmes dos carros.

Para início de conversa, é bom que todos saibam que a perturbação do sossego é CONTRAVENÇÃO PENAL há muito tempo! A Lei das Contravenções Penais é de 3 de outubro de 1941 e, em seu artigo 42, já determina como irregularidade: “Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios [...] abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos”.

Além disso, nossa cidade possui um Código de Posturas, que, em seu Artigo 51, elenca, entre os ruídos não admitidos, aqueles provenientes de carros de som que estejam circulando, parados ou estacionados na via pública, entre 22 horas e 7 horas.

Agora, o mais importante: como fazer com que essas (e muitas outras) leis antipoluição sonora funcionem?  Basta que cada cidadão, quando e se incomodado, acione o 190 e faça tantas denúncias quantas forem as ocorrências. Aliás, é bom que se diga que a falta de denúncias e BO’s é um dos motivos para reduzir o efetivo da PM na cidade. Além disso, numa cidade pequena como a nossa, se o 190 não funcionar a contento, não vai ser difícil encontrar o Capitão Teixeira na rua e falar diretamente com ele.

Na luta por boas noites de sono, vale tudo: redes de vizinhos integradas por whatsapp, filmagens de infratores com celular, denúncias. Quem cala a sua boca ante uma violência, dorme, literalmente, com um barulho desses!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : disponível em www.diarioonline.com.br

3 comentários:

  1. NADA CONTRA MAS ACHO QUE CADA UM DEVERIA FICAR EM SEU QUADRADO. TENHO CRIANÇA PEQUENA EM CASA E NÃO DORMIMOS NO FIM DE SEMANA.

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  2. Poluição sonora tambem é uma forma de violencia urbana com o proximo

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  3. A quem recorrer se não há limites e punições. Resta-nos apenas ficar acordados pela madrugado observando a cada fim de semana o amento da potencia dos aparelhos e dos alto-falantes. Temos crianças, idosos, enfermos, trabalhadores e gostaríamos apenas de uma boa noite de descanso.

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