O meu
país é meu quintal
Sem
cercas bandeiras nem santuários
O meu
país é puro sal que tempera
É vento
que assopra
E chuva
que fertiliza.
O meu
país não precisa
Que aos
filhos se diga
Qual deva
ser o comportamento
Nossa
pátria é sentimento
Nosso
tempo o momento
E a dor,
quando há,
É curada
num ombro
Cantada
em verso
Proseada
em prantos.
Mas nosso
riso, por outro lado, é maduro
Zombeteiro,
escrachado
A zoeira
é livre
A música
alegre
A dança
gingada, fascinante.
E, do
carnaval que somos
Do ódio
que mascaramos
E da
lascívia que encenamos
Sobra-nos
máscaras, fantasias
Latas de
cerveja... vazias.
De manhã,
hasteia-se uma bandeira
Cor de
sangue cor de rosa
Cordisburgos
em veredas de flores
Tocam
tambores carregam andores
Entre
hinos sinos trinados e berimbaus.
Ao
meio-dia uma mulher lavadeira canta um jongo
E chove bastante.
Poesia: Jorge Marin
Foto : disponível em http://wwwpordentroemrosa.blogspot.com.br/2015/02/nao-pense-duas-vezes.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário