sexta-feira, 28 de novembro de 2014

FORMAS (INEVITÁVEIS) DE MUDAR O MUNDO


Às vezes, temos muito presente em nós essa sensação de que temos uma missão a cumprir, e, assim que o tempo vai passando, começamos a nos questionar se, afinal de contas, vamos passar nossa vida “em branco”.

O que não nos damos conta é que estamos, o tempo TODO, modificando o mundo ao nosso redor e, em contrapartida, o mundo também nos modifica o tempo todo.

Alguns dirão: Ah, mas eu pensei que somente as pessoas importantes modificavam o mundo, tipo o Luther King, o Gandhi ou a Madre Teresa de Calcutá. E, por conseguinte, também o Hitler, o Herodes e o Pinochet, por exemplo, no outro lado.

Então, é bom saber uma coisa: a pessoa mais importante do mundo é você mesmo! E isso não por orgulho ou egoísmo, mas sim pelo fato de que toda a valorização, para o lado positivo ou negativo, do mundo, se dá segundo a nossa percepção. Eu coloquei do “lado negro” ali em cima um general chileno, mas poderia ter colocado qualquer um dos nossos generais da época do golpe militar. No entanto, o que foi um mal, na MINHA percepção, ou seja, aquilo que gerou em MIM um afeto negativo, foi aplaudido, reverenciado e exortado numa manifestação popular em São Paulo há umas três semanas.

Política à parte, o que se percebe é que, queiramos ou não, estamos o tempo inteiro mudando e sendo mudados pelo mundo. Mesmo aquele que diz: vou para uma praia deserta, passarei a minha vida apenas admirando o mar, ainda assim irá, talvez, produzir atrás de si uma duna. Poderão, no futuro, organizar expedições turísticas à Duna do Alienado.

O fato é que a vida está aí e, enquanto estamos elucubrando a melhor forma de vivê-la (segundo não sei quê padrão de perfeição), ela (a vida) vai nos comendo pelas beiradinhas igual sopa, enquanto esfriamos. Alguém pergunta: então, não há esperança? Digo que não, porque viver a vida na esperança de dias melhores significa também viver a vida com temor de dias piores.

Assim, desesperados, porém aliviados da missão de ter que fazer algo, só vivemos. E, na leveza do vento que venta sempre da mesma forma, aprendemos a perceber o que nos desacostumamos de observar: árvores, pássaros, corpos atraentes, luz natural. E, mais do que modificar, acabamos por criar um mundo novo: o nosso mundo!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : Jan_Clickr, disponível em https://www.flickr.com/photos/studiojan/

2 comentários:

  1. Não me canso de admirar a beleza dos textos e das imagens nas postagens deste blog!
    Reflexões irrepreensíveis e uma imagem digna de fazer parte de um disco do Pink Floyd.

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    1. Obrigado, Sylvio. Clique no link que vc vai ficar encantado: são 258 fotos fantásticas, algumas com temas de natureza e paisagens semelhantes ao trabalho que você desenvolve em seu Blog.

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