sexta-feira, 9 de julho de 2010

E QUE VENHA MAIS UMA COPA



Capítulo 5 – Alemanha 2006 e África do Sul 2010

Em 2006, desembarcamos, mais uma vez, na Alemanha, para mais uma copa. Nosso técnico novamente foi Parreira, tendo como auxiliar direto seu fiel escudeiro Zagallo.
E lá estaria novamente, em nosso caminho, a “urucubaca” da França. Perdemos de 1x0 e voltaríamos, mais uma vez, precocemente, por causa deles.
Por incrível que pareça, justamente desta copa, por sinal a mais recente, quase nada me recordo. Só sei que fiquei em casa acompanhando os jogos com a família, comendo pipoca.
A Itália faturou o titulo, derrotando a frança na final. Mama mia!

Agora foi a vez da África do Sul sediar um campeonato mundial de futebol.
A primeira em um continente africano. Dunga, nosso capitão da copa de 1994, agora como técnico, teve a difícil missão de tentar trazer pro Brasil o Hexa Campeonato.
O fato é que, mesmo antes daquele desfecho melancólico, não tive nenhuma motivação com esta copa, dá para acreditar? Não teve jeito de pintar aquela química gostosa. É como se já estivesse em 2014.
Olha só que coisa mais inusitada: na hora do jogo com o Chile, eu estava, juntamente com Dorinha e Matheus, tomando café enquanto assistíamos a TV. Quem diria!

Apenas uma nota:
Por ironia do destino, justamente na década de 40, quando um dos maiores fenômenos do futebol mundial, Heleno de Freitas, se encontrava no auge de sua forma, infelizmente, não houve copa do mundo por causa da segunda grande guerra.
Seriam as Copas de 1942 e 1946. Lamentável!

(Crônica – Serjão Missiaggia)

A observação final do Serjão denota um sentimento que é comum à maioria dos brasileiros: é a sensação de pertencimento. Quando ele fala com pesar dos feitos que o Heleno de Freitas deixou de realizar, fica claro que ele está falando do NOSSO Heleno que, se tivesse continuado conosco, estaria completando seus noventa anos, um garoto, se comparado ao Oscar Niemeyer, por exemplo.
O mesmo aconteceu com a Seleção Brasileira: em 70 sabíamos e, mais importante, sentíamos que era a NOSSA seleção. Torcíamos como se fosse NOSSO time do coração. Em 74, o que se viu foi a seleção do Zagallo, em 78, a do Coutinho até culminar com a atual seleção, do Dunga. Exceção talvez para aquele time de 82, que, mais uma vez, era a NOSSA seleção.
Brasileiro não é bobo, sabe sentir e exprimir seus sentimentos como ninguém. O que temos visto, nestas últimas copas, é um comportamento igual ao do carnaval:
- Deixa eu tomar umas três cervejas pra torcer pelo Brasil!
- Aumenta o som desta música baiana aí, pra gente torcer!
Não tenho nada contra cerveja ou música baiana, mas torcer para o Brasil, em 70, não exigia nenhum tipo de estimulante químico ou acústico, pois, na hora do Hino Nacional, o coração já estava disparado. Quando o Brasil ganhava, e ganhou todas, a voz quase não saía de tão roucos que estávamos. E as lágrimas escorriam, enquanto um riso tranquilo ficava em nossas faces. Era o Brasil dos nossos corações.
Não se trata de saudosismo, porque isto é possível ainda hoje, e em 2014, com certeza. Com o talento de cada jogador, com organização, disciplina, competência e humildade.
E que venha mais uma Copa!

(Comentário - Jorge Marin)

Um comentário:

  1. Concordo plenamente com as colocações citadas. Sou da opinião de que, apesar dos muitos erros cometidos pelo Dunga talvez seu maior acerto fosse justamente a tentativa de resgatar este orgulho da torcida Brasileira.
    O simples fato de vermos nossa seleção entrar em campo, com sua famosa camisa canarinho, já bastava. Quando cantava o Hino Nacional era uma emoção sem igual.
    Enfim, apesar da decepção desta Copa, nos restou a felicidade de ficar acompanhando o blog com suas historias e casos.
    Valeu! E que venha 2014!

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