terça-feira, 27 de abril de 2010

VIVENDO OS BONS TEMPOS AGORA



É gratificante e comovente poder usufruir dessas lembranças que vocês estão compartilhando. Tecnologia a serviço da sensibilidade (e competência) do pessoal do Pytomba. Tenho 39 anos e não vivi a época das serenatas aqui em Juiz de Fora, mas sei da importância de viver experiências simples, como se sentir incluído em meio a bons pais, padrinhos, amigos e vizinhos. São fatos que vivemos e às vezes só mais tarde percebemos como foram marcantes e delicados.

Poder compartilhar tempo cultivando convivências e música para si e para os outros; pessoas que nos incentivam e prestigiam com pequenos atos cotidianos, vizinhos que não reclamam de música na varanda ou calçada; ruas onde podemos andar com tranquilidade; um café, chocolate quente ou blusa que nos oferecem e às vezes esquentam o corpo e a alma, enquanto conversamos com pessoas que nos são importantes ou apreciamos; momentos que tem um outro significado quando o vivemos sozinhos; improvisar soluções simples que atendam às nossas necessidades e que possibilitem uma vida com satisfação e personalidade.

Não devemos transformar isso apenas em saudosismo pois, em parte, podemos fazer com que estas sensações aconteçam hoje com nossas famílias e amigos, talvez de forma um pouco diferente, mas com a mesma essência ou muito próximo dela. Os “bons tempos” não estão apenas no passado, estão onde nós os fazemos! Lembrarmos de coisas boas do passado nos dá a chance de colocá-las em prática novamente no presente.

Sermos pais, padrinhos (pais reservas ou estepe de pais “oficiais” ou emocionais) de alguém, ou amigos mais atenciosos é só uma questão de prioridade. Tempo e dinheiro são recursos importantes e é bom pensarmos em como gastá-los agora e no que irão render no futuro. Fica difícil interferirmos no coletivo, como tornar as ruas tranquilas ou os vizinhos compreensivos, mas não impossível. Prefiro acreditar que, mesmo sem perceber, ter disponibilidade com o outro, se interessar pelo vizinho do apartamento ou casa ao lado de vez em quando, gastar um tempo na rua com alguém que parece precisar de ajuda, faz a diferença em transformar o mundo em que vivemos em um mundo menos árido. É lançar sementes que julgamos boas por onde passamos, algumas irão germinar, outras não encontrarão solo fértil e irão morrer, mas se tivermos a satisfação em fazê-lo, já valeu a pena.

Sylvio.
30 de novembro de 2009 13:40

2 comentários:

  1. Sylvio é um garoto, 10 anos mais jovem que os pytombenses, que, como nós, amava os Beatles e o Pink Floyd, e o Deep Purple, e o Joe Sartriani. Da mesma forma que nós, também vinha vivendo esta vida de Avatar: vivendo em Pandora, mas tendo que despertar para a realidade das corporações. Só que, a partir deste ano, decidiu não voltar mais: tomou posse da própria vida, daí a preocupação com a qualidade da mesma. Bom receber seus comentários de Na'vi, Sylvio!

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  2. Sylvio,
    Legal estar sempre recebendo seus sábios comentários.
    Percebo em cada um deles muita sensibilidade e sensatez.
    Ficaremos aguardando outros mais
    Abraços

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