Hoje é
dia do Rock!!! Alguém aí pode perguntar: e daí?
O caso é
que recebi, há alguns dias, um zap do meu brother
pitombense Silveleno com um vídeo do Paul McCartney tocando em um pub de Liverpool onde os Beatles já
tocaram antes da fama. As pessoas do século XXI ficaram, e eu também,
completamente eletrizadas vendo aquela banda tocar sucessos como Help, Love Me Do e Ob-la-di Ob-la-da.
Pesquisando
no YouTube, descobri que a apresentação é parte de um programa de tv londrino
chamado Late Show with James Corden
que está disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=QjvzCTqkBDQ.
Numa das
passagens do show, quando Paul fala sobre a música Let It Be, confesso que é difícil se manter com os olhos secos,
assim como é igualmente emocionante quando ele canta Penny Lane exatamente no beco que inspirou a música.
Lembrei-me
que, na época em que éramos roqueiros, eu sempre torci o nariz para o Paul,
talvez por achar que John Lennon era “o cara” e que o marido da filha do dono
da Kodak não merecia nossa admiração.
Mas...
Cara, ouvindo aquelas canções fui me lembrando da primeira vez que, menino
ainda, ouvi, e me assustei com Help.
A gente cantava o Hino Nacional na fila do Grupo Dona Judith Mendonça e,
depois, chegava bem a boca no ouvido do coleguinha e lascava: HELP!!!
Ainda criança,
eu ia na casa do vizinho, sô Arlindo, que havia comprado televisão, e
assistíamos ao desenho animado dos Beatles. Cantávamos I wanna hold your hand e Can’t
buy me love. Nesta, me lembro que o som saía assim parecido como “Gambá
milove”, mas a emoção era a mesma.
Na virada
dos anos setentas, íamos para a pracinha e ficávamos encantados com o meu primo
Paulinho (Cricri) tocando Something.
A gente já “arranhava” um inglês e cantava “You know I believe in God”, achando
que era uma música religiosa. Afinal, os Beatles estavam numa fase mística.
Agora, bem recentemente é que fui descobrir que a frase correta é “You know I
believe and how” e se refere a alguma coisa na maneira como uma menina, que dá
o maior mole, se move.
Voltando ao
Dia do Rock, e sem querer desmerecer as gerações mais novas, o que eu quero
dizer é que somos, eu e meus colegas sessentões, uma geração que veio para o
mundo COM TRILHA SONORA. E vejam que eu nem falei ainda em Yes, Pink Floyd, Genesis e Supertramp!
Se a vida
vale a pena ou não, eu não sei, mas que eu “balanço as cadeiras” quando escuto Love me do, eu balanço mesmo. E canto.
Crônica:
Jorge Marin
Foto : disponível em http://papeletudo.com.br/2017/07/13/hoje-e-dia-de-rock-bebe/
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