Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a
terra e pesou-lhe em seu coração.
E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR.
E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR.
Alguns
milhões de anos depois, dois beija-flores nos visitaram na hora do lanche.
Perdidos
e assustados, passaram em voos rasantes enquanto tomávamos café.
De um
lado ao outro, querendo achar a todo custo o caminho que os levariam de volta
ao ninho, passavam sobre nossas cabeças, já quase chegando ao limite da
exaustão. Mas enfim, com nossa ajuda, conseguiram sair pela janela em
liberdade.
É
interessante lembrar, mas tempos atrás, nessa mesma hora, éramos sempre
surpreendidos pela chegada inesperada de um jovem pardal.
Apelidado
carinhosamente de Pula-Pula, sempre surgia contrariando as normas que, a nosso
ver, regeriam o mundo dessa espécie. Sempre saltitante, entrava mansamente pela
porta da cozinha e chegava até nós parecendo um minúsculo canguru. Voar mesmo
que era bom... Parecia que não era muito dessas coisas!
Como se
não bastasse, ainda vinha até nossas mãos, para beliscar algumas migalhas. Por
sinal, alguém já viu um PARDAL, arisco como é, fazer este tipo de coisa? Pula-Pula
fazia!
Um belo
dia, enquanto mais uma vez tomávamos café, com alguns pedaços de migalhas em
nossas mãos, percebemos, infelizmente, que não mais viria.
Pelo menos, fizemos a nossa parte. Afinal, como dizia Giovanni di Pietro di
Bernardone: "todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do
homem... Deus quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda
criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida."
Interagir com os animais não parece mais ser a
praia da maioria das pessoas. Quando
éramos crianças, era raro existir uma casa na rua sem, pelo menos, um cachorro,
um gato e umas galinhas no quintal, às vezes até mesmo uns leitões. Falei isso em casa e meu filho perguntou:
- Pai, o que que é quintal?
O pior é que foi difícil explicar. Na semana que vem, continuo falando de
bichos, uns bem estranhos como o gato gatuno.
Ah, o tal Giovanni é o São Francisco de
Assis. Gente boa.
Crônica: Serjão Missiaggia
Foto: Robert Mynard, disponível em http://www.flickr.com/photos/34769370@N00/favorites/page4/?view=lg
Foto: Robert Mynard, disponível em http://www.flickr.com/photos/34769370@N00/favorites/page4/?view=lg
Há vários anos um casal de beija-flores construiu seu ninho na sala de minha casa (imagine só!).Os filhotes nasceram,foram embora,mas o ninho - que eu não tive coragem de retirar - está no mesmo lugar até hoje.Quem sabe eles resolvem voltar?Quem quiser ver o ninho e saber mais detalhes sobre o assunto é só vir à minha casa e eu terei prazer em mostrar.
ResponderExcluirMuito legal, Serjão. Essa do Magno aí acima também é maravilhosa. Eu sabia que o tal Giovanni era São Francisco. Ele era meio maluquinho, mas era um cara legal.
ResponderExcluirInês.
Serjão, gosto muito destas histórias de animais. Nossa família tem muito o que contar sobre isto. Nossa irmã passou e passa sempre, por experiências fabulosas com andorinhas. Tomara que ela escreva sobre.
ResponderExcluirAqui em casa, já vivemos e temos vivido situações muito lindas também.
A primeira foi quando, deslumbrada, percebi que um beija- flor veio se refrescar no jato que saía da mangueira quando eu aguava o jardim. A novidade foi maravilhosa. Ele sobrevoava debaixo das gotinhas finas e ali se refrescava. Batia as asas e corria para o muro onde se balançava todo, levantava as asas e com o bico se limpava. Voltava novamente para debaixo das gotinhas finas da mangueira e assim fez por várias vezes. Chegou até pertinho da minha mão. Intrigada com o ocorrido, pesquisei e descobri que eles adoram chuvinha fina. A partir de então, dou banho em beija- flores quase todo dia. Sempre à tardinha, quando o sol começa a desaparecer. Se chego no jardim, naquela hora, é comum ele aparecer e ficar chamando minha atenção, pedindo o banho. É maravilhoso. Outras vezes, se não o vejo, ligo a mangueira e fico ali jogando água nas flores esperando que ele venha. E ele vem.
Tenho vivido outras experiências lindas e com outros pássaros, conto depois, tá? Esta é a que aconteceu primeiro.
Mika
Bonita a estória do Serjão e os comentários acima. Sensibilidade e disponibilidade para a bondade e convivência pacífica que têm tudo a ver com o clima natalino.
ResponderExcluirO novo fundo do blog, que o Jorge fez, além de bonito, ficou engraçado com os 4 duendes de natal no topo.
O natal de 2012 promete fortes emoções e calor para o aquecer o corpo e o espírito.