quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

DO MAL ATENDIMENTO E DO MAU ATENDENTE - 3



NA SEMANA PASSADA, às voltas com o mal atendimento da fabricante de minha frost free queimada, fiquei com um dilema: o que fazer com os alimentos que estavam no freezer, já que a peça faltante levaria dez dias (ÚTEIS, me explicaram esta semana na assistência técnica)?
Felizmente, nesses momentos de aperto, podemos contar sempre com a família.  Bastaram uns três telefonemas que, de repente, um grupo de parentes solícitos estavam batendo à minha porta, abnegados e dispostos a consumir toda aquela comida perecível.  E o fizeram com todo o entusiasmo e extrema rapidez...
Tentei retornar para concluir a postagem, mas os meus filhos me “convocam” para almoçar numa conhecida loja de fast food.  O menor quer os bonecos de um filme que vêm como brinde de um dos combos.  Para ajudá-lo, resolvo, eu também, comer um daqueles kits.  Pago normalmente no caixa e, ao solicitar os bonecos, a atendente, sonolenta, esclarece:
- Senhor, não tem mais o boneco do Jack, peça ao seu filho para escolher outro.
Tento argumentar que o tal Jack é o personagem principal do filme, mas ela reafirma que “não tem”.  Aí, resolvo me colocar na posição de consumidor (pois sou o consumidor!):
- Bom, se não tem o Jack (embora esteja anunciado na sua vitrine), quero que você cancele o meu lanche!
Naturalmente ela recusa, alegando que já registrou.  E é lógico que, com uma atendente ruim, tenho que ser mais incisivo:
- O motivo pelo qual eu resolvi comer essa porcaria é, unicamente, o tal boneco.  Se não tem, e já que uma coisa é vinculada à outra, também não quero mais o lanche!
A coisa esquenta e o gerente intervém.  Quando a atendente explica, ele faz uma afirmação fantástica:
- Mas está cheio de jacks lá no estoque.  E a atendente replica:
- É, mas aqui no balcão não tem nenhum.  Eu pergunto (imaginando que o tal estoque fica a uns dez quilômetros pelo menos):
- E onde é o estoque?
- É ali atrás. 
É logo atrás da divisória que separa a cozinha do balcão, cerca de TRÊS OU QUATRO METROS!!!
Aí, enquanto comia aquela gororoba, já que apareceram uns trocentos jacks, fiquei me perguntando: meu Deus, o que leva uma pessoa a sair de casa, ir trabalhar num lugar que não gosta, atender pessoas que odeia e, o pior de tudo, ainda achar que está certa?
(continua)

Crônica: Jorge Marin

Um comentário:

  1. Jorge, sabemos que o buraco é mais embaixo... ...
    Ou mais em cima ?
    "Deitado eternamente em berço esplêndido"...

    ResponderExcluir

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL