sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CAUSOS INACREDITÁVEIS



CRÕNICAS GALINÁCEAS

VALE A PENA VER O OVO

(Roteiro original - Serjão Missiaggia / Adaptação - Jorge Marin / Prefácio - Mika)


Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Esta pergunta filosófica, que tirou, e tem tirado o sono de muita gente, não só vai ser respondida nesta série de crônicas, mas novas questões, mais complexas e profundas, surgirão. A resposta, para quem não sabe, é: nem ovo, nem galinha. Quem veio primeiro foi... o galinheiro. E justamente nesta que pode ser considerada uma verdadeira instituição nacional (quem, com mais de quarenta anos, nunca teve um galinheiro no próprio quintal ou no quintal do vizinho?) é que serão vivenciados os dramas, as aventuras e as desventuras destes bípedes, com penas e sem penas. Aqui começam as crônicas:

PREFÁCIO

ERA UMA VEZ UM GALINHEIRO muito importante. Tão importante que, de nenhum, antes ou depois, se soube tão numerosas histórias. Vivia ele num pequeno quintal que, por sinal, tinha lá também suas histórias, assim como seu dono, um menino esperto, levado, alegre, perguntador, curioso, guloso de coca-cola e muito amigo dos galos e galinhas de pena. A irmã do menino que era dono do galinheiro e dos galos e galinhas de pena, era muito bonita, bonita mesmo! Dessas belezas puras e felizes de se ver. Ela até desfilava para revistas, e todos gostavam de vê-la em sua graça e elegância. Mas o pai da menina, que também era o pai do menino, era muito desconfiado e guardava a menina com muito cuidado, pois sabia que aquela beleza toda e a aquela pureza precisavam de fato de um cuidado muito especial. A mãe da menina que era irmã do menino que era dono do galinheiro e do galo que cantava de madrugada e acordava a prima que chegava de viagem, lá da cidade onde ela morava, e que dormia num quarto perto do galinheiro (mas esta é outra história. São tantas que a gente até se confunde!) mas, como ia dizendo, a mãe já era mais tranquila e ria muito. Ria ou apitava. Não podemos dizer ao certo se era riso ou apito, já que trens por aqueles lados já não passavam há muito tempo, e todos já tinham até se esquecido de como era aquele apito da Maria Fumaça que fumegava fazendo tremer as casas perto de onde passava. Dizem que havia gente que pegava carona nela. Subiam na farra e seguiam até a estação que hoje também é estação, mas não mais da Maria Fumaça que já não existe para tristeza e saudades de muitos. Outro dia, contamos para vocês a história da Maria Fumaça, que também são muitas, como muitas são as sabidas, lembradas e sonhadas lembranças de um tempo bom. Não que este também não seja bom, mas aqueles... Mas voltemos ao galinheiro do menino. Não sei ao certo quando ele foi construído, faço aí uma grave e importante reivindicação aos responsáveis em questão: nada nestes termos foi ainda registrado? Quando se deu sua construção? Quem o construiu, quem ajudou? Se nada ainda se registrou a este respeito, que se faça com urgência, pois algo de tamanha grandeza e de relevância para aqueles que por ali tantos anos foram felizes, se faz necessário. Faz parte da história e esta lacuna não pode existir. Será que alguém ainda se lembra da primeira família de penas que por ali se instalou? Quem cuidou?

NÃO PERCAM, NA PRÓXIMA SEMANA: O MENINO, DONO DO GALINHEIRO, as penosas e seus cacarejos, um galo na andropausa e outras surpresas empenadas.

3 comentários:

  1. Como bem disse o Jorge, acho que dificilmente haverá uma pessoa que não teve uma infancia onde não houvesse um galinheiro por perto
    Aguardamos curiosos pelos causos

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  2. Só tia Mika pra poder descrever com tanto carinho, simplicidade e realidade a história da família que envolveu com suas penosas...
    Beijos e continue sempre escrevendo porque você é dessas pessoas que só engrandece

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  3. Vocês não são fáceis, não! Que surpresa mais louca!... Este prefácio faz parte de uma carta que escrevi para Serjão e sua família há nem sei quanto tempo. Nunca poderia imaginar que ainda a guardava. Foi, de fato, uma agradável surpresa . Espero que minha pergunta crucial a respeito do registro do galinheiro seja respondida.
    Por sinal aproveito para dizer que gostei de ver "as de penas" acomodadas no galinheiro novo. Bem moderno e arrumado. Elas já se acostumaram?
    Espero que todas estejam bem. Afinal elas merecem. Êta galinácias! Como têm histórias!...
    Elas fazem parte da famíla há muito tempo.
    Alguma na menopausa? Conte-nos
    Beijão . Surpresona























    muito lsegal o galinheiro novo. Bem moderno,.

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