Desculpem-nos, pessoal, nesta
semana fizemos uma parada para a SAÚDE.
Com o meu filho doente, o
Blog, que é uma parceria constante, teve que recolher-se também.
E eu, por minha vez, tive
que recorrer, muito a contragosto, àquela evoluída medicina. Digo a
contragosto, pois quem foi atendido pelo Dr. Nagib, Dr. Írio, Dr. Geraldo e
outros, fica muito revoltado ao se deparar com esses novos dotô que andam por
aí.
Chegamos com a criança
num hospital de renome de Juiz de Fora que, pela suntuosidade dos saguões,
parece ter gastado uma boa fortuna em investimentos de arquitetura. A recepção
é perfeita: porteiros treinados, atendentes solícitas, enfermeiros atenciosos,
mas...
A primeira médica,
embora tenhamos chegado às cinco e meia da tarde, deu aquela “esticada” básica
para terminar o seu plantão às sete com mais tranquilidade. Com a emergência
vazia, ficamos lá, pacientes (é o que nos resta ser) em sofrimento até a
chegada da próxima dotôra.
Ela chega logo depois
das sete:
- Eu preciso que a
criança vá até o meu consultório.
- Ele, por conta de uma
miosite viral, não está conseguindo andar – explico.
- Então tragam ele até o
consultório – comanda.
Levo meu filho nos
braços. Deitado, ele tenta explicar os seus sintomas à médica como sempre faz
com o seu (excelente) pediatra. Mas a médica o interrompe bruscamente:
- Deixa a sua mãe
explicar!
Tento entregar o
resultado da ultrassonografia e a receita do pediatra. Mas ela recusa:
- Não, não quero ver
nada disso!
Explicamos que o
pediatra pediu que levássemos a criança até o hospital para ficar no soro umas
seis horas para se reidratar e a médica é categórica:
- Se vocês não me
deixarem interná-lo, vou deixar vocês lá na emergência até as seis da manhã.
Ameaçados, mas
preocupados com o filho, concordamos com a internação. Duas horas e meia depois
da nossa chegada na “emergência”, colocam meu filho no soro, mas ele sente dor
no estômago, a médica prometeu ministrar um analgésico.
Vou cuidar da papelada.
Uma hora depois, nada ainda de analgésico, o menino chora, minha esposa cobra
do enfermeiro que explica:
- A dotôra achou melhor
deixar para aplicar o analgésico quando ele já estiver no quarto.
Minha esposa é educada,
mas firme:
- Eu não quero saber o
que a doutora acha, eu quero é parar a dor do meu filho, por isso eu o trouxe
aqui.
Eles aplicam o
analgésico, OITO HORAS depois entramos no quarto, a criança dorme e nos
entregam um prospecto do hospital: “este estabelecimento é referência em saúde”. E o pior é que ainda vamos pagar por tudo
isso...
Crônica: Jorge Marin
Foto: montagem
faceinhole.com com frame do filme Malévola.
O hospital e as medicas não têm nome?
ResponderExcluirSim, têm nome, mas eu não quero citá-los aqui no Blog. Mas, se você quiser saber basta entrar no inbox do meu face que eu esclareço. A propósito, você, caro comentarista, tem nome?
ExcluirLamento pelo desnecessário sofrimento do seu filho e de vocês!
ResponderExcluirPior do que ser mal atendido de graça no SUS(to), é pagar para ser tratado com desrespeito e ineficiência num hospital particular...
Em ocasiões como esta, penso não bastar divulgar o fato; é útil à coletividade citar os nomes (hospital e médica) para alertar a todos (inclusive os envolvidos) para melhoras em ações futuras. Por uma questão de elegância ou temor de possíveis processos judiciais preferimos não “comprar briga” e, de vítimas de tratamento inadequado, passamos a ter o receio de ser vítimas de retaliações, quando quem deveria temer são os que deixaram a desejar na atuação profissional que se propuseram oferecer.
Às vezes entramos em situações complicadas e chatas, da qual só temos ânimo para nos afastar...
Acredito ser necessário, nessas ocasiões, um boletim de ocorrência da PM para acionar depois o hospital na "justiça" e notificar a médica no Conselho Regional de Medicina. Sei que nestas horas o que interessa é o bem estar de quem gostamos e, por conta da nossa impaciência para lutar por dignidade e eficiência, a prioridade de alguns hospitais e médicos continuará nos vencimentos ao invés dos atendimentos...
Nossa descrença para recorrer às “máfias” do judiciário e da medicina nos leva a não gastar tempo (e dinheiro com advogados) registrando fatos como esse. Quem lucra com a omissão são os hospitais e profissionais da saúde sem ética e competência. Mesmo que não dê em nada (infelizmente o mais provável), fica o registro que tal hospital ou profissional deixou tal deficiência em tal ocasião. Com a soma de reclamações, num futuro há embasamento para alguma ação mais incisiva contra estes desrespeitos. Sem notificações anteriores, os incompetentes alegam ser este um fato isolado, que não acontece com frequência, e não são pressionados a melhorar.
Vamos então tocando em frente, contando com a sorte e somando prejuízos...