sábado, 20 de junho de 2009

ALGUNS FATOS HISTÓ(É)RICOS!!!


DIALETO DO GRUPO (alguns termos técnicos que todo pytombense legítimo deveria conhecer):
Mãe!!!!!!, Sô Metrô, Baby, Bizunta, Isquirte de Fon Instain, Aurica, Ruptum, Arauna Bigode, Arigodó ló, Bizá bizá, Sô Isgrima, Rubim Panela, Údson Tamborim, D Sumida, Brenorragia, Sô Arca, Patetão, Beiçola, Gorda, Magrelo, Belasques, Isabel ou Bela, Gudilim, Tátil ou Pênis Erectus, Nega Preta do Subaco Fedorento, Sô Buçanha, Enxerga Cente Aqui Fura, Sô Promessa, Irmã Leoparda, Rua Peito Antulho, Urso Polar, Pedestal Zebra, A Cem Nada, Tremedor, Estrumbaguete, O Ruim, 14/16, Montanha, Dar um Pega, A Troco do Lanche, Bip, Pareage emprestada, A Nóis Aí, Há Alguém Aí, Vai dar Cabula.

FRASES MARCANTES:
Cri-Cri, se tocar com ‘nóis’, atrapalha.
Somos o único conjunto do mundo que erra o compasso junto.

FATOS MARCANTES

REUNIÃO DA JUNTA:
O que acontece quando você junta, na época da ditadura militar, um conjunto de rock e uma igreja evangélica? Pois é, num determinado dia em que iríamos tocar, não havia disponível na cidade uma mísera bateria para ser emprestada. Aí alguma pessoa brilhante, que a modéstia nos impede de revelar, teve a ideia de ir pedir para o pastor evangélico.
Dois membros do conjunto foram escalados para fazer o pedido oficial – Serjão e Sílvio Heleno. Foram recebidos pelo pastor em pessoa que, educado, convidou para entrar. Eis o relato dos dois heróis:
Ao sentarmos na sala, fizemos, de cara, o nosso pedido. E o pastor, sem demonstrar nenhuma surpresa, mas também sem fazer nenhuma referência àquela bizarra solicitação, iniciou uma pregação que parecia não ter mais fim. Ouvimos do Gênesis ao Apocalipse, passando pelos Provérbios e Evangelhos, numa mistura que parecia não ter fim. Aonde é que o pastor queria chegar? Parece que ele mesmo não sabia!
Enquanto isso, sorríamos e lançávamos olhares dedicados e atenciosos, enquanto, no íntimo, perguntávamos a nós mesmos: e a bateria, sai ou não? Até café nós tomamos.
Alguns discípulos depois, quando o desespero e o arrependimento já começava a nos abater, e estávamos começando que meio escorregar pelo sofá, nosso pregador afirma que, para nos dar a resposta, teria que REUNIR A JUNTA.
- Reunir o que? Perguntamos, mas, naquela altura do campeonato, qualquer sacrifício era válido. E continuávamos esperançosos.
Até que, finalmente, após uma homilia que beirou ao exorcismo, saímos, mais de duas horas depois, em completo estado de graça, mas... sem nada.
Trinta anos se passaram e até hoje esperamos por uma resposta, que seria dada no mesmo dia, ou seja: logo após, que se fizesse a tal reunião da Junta. Aleluia!

COMPRA DE UM CONTRABAIXO EM DESCOBERTO:
Este é um dos fatos mais curiosos da história do conjunto: num determinado dia, sem um tostão no bolso, fomos para a cidade de Descoberto comprar um instrumento. Até aí nada demais; só que o referido contrabaixo não estava à venda. E, pior: perdemos, de propósito, o ônibus e voltamos a pé, chegando meio estropiados na Rua do Descoberto.

SACRIFICIO DE TRANSISTORES A MARTELADAS:
Foi um método “espartano” desenvolvido pelo Silvio Heleno, que, aplicando a psicologia comportamental à eletrônica, colocava o transistor queimado em frente aos que estavam funcionando corretamente, e sacrificava-o a marteladas, segundo nosso colega, “para que servisse de lição aos outros para que não queimassem também”.

BERON-BERON, EU VOU MORRER:!!!!!!!!
Também do genial Sílvio Heleno, esta frase fatídica, era entoada por ele, entre gemidos, enquanto era carregado pelo maior fã do Pytomba, o saudoso Oberon, pelas ruas da cidade, em plena madrugada, após ingerir doses generosas de um suspeito rabo-de-galo, em companhia de Serjão e Renê.

ESTROBOSCÓPICA:
A nossa própria estroboscópica com lâmpada florescente, construída por nós mesmos, foi um tremendo sucesso. Era tão forte que não deixava ninguém parar em pé. Na casa do Dantinho, uma das senhoras presentes – que não estava no baile e nem bebia - quase rolou escada abaixo de tão tonta.

ALMOÇO DE TAÇAS E VELAS NA CASA DO SÍLVIO:
Era uma constante. Ficávamos completamente à vontade, na ausência dos pais do nosso amigo, quando eles viajavam.
Mas, num belo dia, após chegarem de surpresa, fomos surpreendidos de cuecas na sala. Fazíamos a sesta, após uma bela feijoada. (O que dizer nesta hora? Oi, gente, podem ficar a vontade!... ).

AMEAÇAS DO EL VIZINHO:
Eram feitas nas manhãs de domingo, dia e hora impróprios que escolhíamos para ensaiar no Operários. Impróprios pra ele, que, naturalmente, queria dormir. Nós achávamos a coisa mais natural do mundo fazer aquela barulhada naquela hora. E não nos intimidávamos, pois ficávamos nos ombros daquele obelisco chamado Oberon e atrás de uma porta fechada. Para não sermos totalmente grosseiros, ainda cantávamos a clássica canção “Dorme Neném” o que conseguia deixar o nosso ameaçador vizinho ainda mais furioso.

TOMBO QUE O JACU DEU NO BIP:
Este tombo, que aconteceu em frente à Guarujá, levou o Silvio Heleno à loucura, pois era um aparelho de voz, que estava sendo projetado e montado há meses. O que se viu, foram peças espalhadas pra todo lado. Silvio queria matar o Jacu, mas, mesmo já naquele tempo, nosso instinto ecológico falava mais alto. E a anta se salvou.

VISITAS INDIVIDUALIZADAS NO HOSPITAL.
Foi um sistema elaborado pela Irmã Superiora toda vez que íamos ao hospital, visitar a Nely Gonçalves que estava recém operada. Tendo que acatar ordens superiores (da superiora), nossa entrada teria que ser feita um a um. Obedecemos à risca, exceto pelo detalhe de que aquele que entrava não saía. Juntávamos todos dentro do quarto, para fazer aquela bagunça.
Num desses dias, após sermos pegos escorregando na rampa do corredor, ela nos proibiu, definitivamente, de voltar ao hospital.
Por falar na Nely, nossa madrinha, não poderíamos deixar de registrar que alguns componentes do Pytomba passaram a fazer parte de seu conjunto “Pop Som” (Dalminho na voz, Silvio no teclado e Serjão na tumbadora).
Ainda há casos e causos a serem contados. A casa da Tia Irinéia Velasco e a oficina do Silvio Heleno (na época, ao lado sua casa, beirando o córrego), eram o nosso QG. Ponto de referência, onde tudo acontecia e, principalmente, onde nossas idéias malucas e experiências descabidas eram feitas e articuladas.
A BOMBA, A FÁBRICA e O DISCO VOADOR são casos à parte, que farão parte de uma nova série que chamaremos Histórias Inacreditáveis Nas Quais Nós Mesmos Custamos A Acreditar.

Abaixo, um letra, feita pelo Serjão em 1980 em homenagem ao grupo, e que pode, por que não, vir a ser o Hino do Pytomba:
PYTOMANIA: Sempre seremos o que nunca fomos / Sempre pensamos ser, o que nunca podemos / Nosso mundo é irreal / Nosso som não é normal.
No mundo de sonhos em que vivemos / Pirados se somos, nem mesmo sabemos / Mas somos um só, onde quer que estejamos / Até o compasso, sempre juntos erramos.
Nascemos mortos, mas... Morremos vivos / Tudo se foi e nem partimos.
Falso ou verdadeiro, quando tocamos, ficamos por inteiro. (refrão)

Com muita alegria, termina aqui este pequeno histórico do Pytomba, redigido pelo Serjão Missiaggia, com adaptações de Jorge Marin. É lógico que, diante de um passado tão rico de detalhes, seria impossível captar, ou capturar todos os eventos, e seria também muita pretensão querer um relato perfeito. Se acrescentássemos os casos ocorridos apenas com alguns elementos do conjunto, teríamos assunto para mais uns trinta anos. E são estes acontecimentos que vão constituir, esperamos, a riqueza deste blog, pois há muito a ser contado e o espaço está aberto para todos, principalmente os fãs que, com seus comentários, conseguem lembrar detalhes que nós, no palco, certamente não pudemos perceber. Quem quiser, pode enviar relatos, fotos e qualquer coisa relacionada com o Pytomba para o nosso e-mail pytomba.grupo@gmail.com que teremos o maior prazer em publicar.

O grupo encontrou-se pela ultima vez em novembro de 1992 na chácara Pytomba de Silvio Heleno quando foram comemorados os 21 anos do primeiro ensaio. O jornal “Voz de São João”, na coluna do Cralves, assim noticiou o evento: Aconteceu um churraveja para reencontro dos rapazes que formavam o Conjunto Pytomba há 21 anos atrás. Renê, Sílvio, Serjão, Márcio, Dalminho, Beline, Renatinho, Jorge e Godelo que, se hoje não tocam mais aquilo, muito menos tocam aquiloutro, deixaram extravasar a saudade dourada.”

5 comentários:

  1. Putis grillo!
    Chorei de tanto rir. Esse trem num pode parar não!!!

    Zeze

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  2. Ao se aproximarem os últimos capítulos dessa saga quixotesca fica um sentimento meio que de orfandade. Espero que novos depoimentos apareçam por parte de quem viu ou ouviu pequenos “causos” do Pitomba, para que possamos aproveitar um pouco mais dessa história tão bela e frágil (assim como os sonhos e as bolhas de sabão). Num mundo cada vez mais rápido e impessoal, onde as coisas e pessoas se tornam massificadas, ultrapassadas e sem valor antes mesmo de terminarem suas vidas úteis, é bom poder apreciar essa janela para um tempo mais vivo e singular, quando até o que não dava em nada era digno de nota.

    Se nada mais houver, fica a satisfação de saber que de tudo que conheci aqui, ao menos um pedaço de terra (Chácara) fica marcado com o nome Pitomba, onde espero que velhos amigos se encontrem esporadicamente para fazerem novos casos.

    Sylvio.

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  3. Pelo jeito que o silvio está segurando o violão ja se podia observar uma certa rejeição as cordas. (bom tecladista)
    Ta muito manero o blog. Parabens

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  4. Lembro quando estava no ginasio e ouvia muitos casos do pitomba principalmente historias de disco voador e de bombas. Seria mesmo legal jogar tudo isso no blog.
    Vicente

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  5. Vige maria! Dr Breno de tecnico?
    Ou será o Reginaldo Rossi? rsrrs
    No Pytomba tudo é possivel!!!!
    Tô adorando

    Claudinho

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