quinta-feira, 20 de maio de 2010

ENFIM, A EXPOSIÇÃO... 1972



Capítulo 2

Crônica - Serjão Missiaggia

Ainda na Voz de São João (Especial - Mini) obtive o seguinte comentário:
“São João, você está linda! É empolgante ver o entusiasmo de sua gente! Hoje é seu dia. 16 de maio. E aqui estamos, vibrando com você, comemorando os seus 92 aniversários. A banda musical “Santa Cecília” e os alunos do colégio Augusto Glória iniciaram a intensa programação, despertando a cidade com sua bela alvorada. Após o hasteamento da Bandeira Nacional, houve missa celebrada pelo querido vigário PE Vicente Reis, em frente à Prefeitura Municipal. O desfile estava uma “parada”. Grupos Escolares, Ginásio Dr. Augusto Glória e Colégio São João Nepomuceno, como sempre, brilharam pelo garbo e a disciplina. E hoje, parece que maior foi o carinho com que se apresentaram. Um detalhe que emocionou a todos durante o desfile: a apresentação, pela primeira vez, dos alunos do Mobral.
Escolas de Samba Esplendor do Morro e Avenida, esta com participação de todos os clubes, desfilaram ontem à noite pela cidade em direção à Exposição. Grande Sucesso!”

Mas, foi ao longo desses trinta e sete anos que muitos e muitos fatos marcantes (e põe fatos nisso) vieram acontecer. Com certeza, não haveria papel suficiente onde pudesse descrever tanta coisa.
Dizem que a primeira vez, ou melhor, as primeiras vezes ninguém esquece: por isso, vou somente tentando relembrar um pouco daquilo que tive a felicidade e o privilégio de viver principalmente em 1972, nossa primeira exposição.
Como já vinha dizendo, tudo teria sido muito envolvente. A participação das pessoas foi algo fantástico.
O calor da população irradiava de tal maneira, que a cidade parecia estar se preparando para sediar os jogos olímpicos.
Não havia um lugar: esquinas, colégios, clubes, fábricas, em que o assunto não fosse o mesmo: a chegada do grande momento.
Nas semanas que antecediam as primeiras exposições, o local já havia se tornado um imenso canteiro de obras e um verdadeiro ponto de encontros. Pessoas curiosas e felizes acompanhavam cada martelada. Era como se tudo estivesse sendo montado no terreiro da casa de cada um de nós.
Saímos muitas vezes do colégio e corríamos para lá. Durante o dia, ou mesmo durante a noite, velhos, jovens, crianças, alunos, professores, moradores vizinhos, faziam do local uma praça de confraternização.
Nada poderia sair errado. Parecia que, inconscientemente, estávamos ali assegurando que tudo aconteceria da melhor forma.
Enquanto isso, aquelas inesquecíveis barracas de sapé começavam decorar o ambiente. Apesar de insegurança, ainda acho serem super-chiques e aconchegantes. Ali, uma imensa galeria estava sendo construída e diversos estandes seriam usados pelos expositores.
Lindas jovens, com seus trajes típicos, foram escolhidas para trabalhar na recepção aos visitantes. Foi um tremendo sucesso. Entre elas recordo-me da Rita Nogueira, Rita da Cássia Gouveia, Sonia Pinton, Ângela Maria, Ana Maria e Ilza Gruppi.
Também desta edição da Voz de São João, transcrevo trechos do seguinte artigo:
“Os stands ‘boxes’ da Exposição, em estilo tosco, estão instalados no antigo campo do Mangueira com cerca de quinze pavilhões, entre eles um especialmente adaptado para o serviço de bar e baile.
A indústria e comércio ocuparão 48 stands, sendo que muitos interessados, por falta de maior numero de vagas, deixaram de se inscrever. Pássaros de várias procedências estarão com seus cantos e gorjeios dando um ambiente alegre ao recinto da Exposição”.
Muitas firmas se fizeram presentes na primeira Exposição, sendo que ainda me recordo bem de algumas: Fábrica de Vassouras Soares, Tipografia e Papelaria Moderna de Rocha & Cia, Cerâmica São Joanense, Confecções Cláudia, Calçados Sylder, Fábrica de Ferraduras Manzo, Marcenaria Brasil, Confecções Marlu, Fábrica de Calçados Dragão, Casa Leite, Supergasbrás (Paulo Gomes da Fonseca), Entalhes em Madeira (Paulo Manzo), Máquinas Guarnieri, CCPL e outros. Esta última nos brindava sempre com seus deliciosos leitinhos. Uma fila imensa se formava ao longo do parque para que se conseguisse saborear um desses.
Os estandes eram muito bem organizados, e decorados com bom gosto e entusiasmo. É de fazer inveja a alma deste povo! Todos se uniram para a beleza e o sucesso da primeira Exposição.
Também alguns estandes nos marcariam mais, como foi o caso de Rocha & Cia. Neste, eram mostradas as cores da vida, no belíssimo televisor Philco instalado no local, enquanto um delicioso café (Santa Cecília) era distribuído a todos aqueles que marcavam presença. Além disso, a Voz de São João se fez presente com sua impressora, onde tivemos o mini-Voz de São João, jornalzinho este que, aos comandos de Luciana Pulier, era distribuído gratuitamente.
A barraquinha do Lions Clube também fez muito sucesso.
Como o clima estava bom, e as almas não eram, como não são, pequenas, a Exposição continuou.

5 comentários:

  1. Gente!Já nem mais me lembrava daquelas alvoradas!
    E como era super gostoso acordar de madrugada ao som da banda! A cidade despertava feliz da vida, pois era o prenuncio que a festa estaria começando.
    Muito legal recordar essa época!

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  2. Era só começar aproximar o mês de maio pra irmos numa costureira que morava na subida do Santo Antonio pra fazer nossas blusas de lã. O negocio era se preparar para as paqueras. Esta época de exposição era aguardada com muita alegria por todos.

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  3. Até hoje guardo com muito carinho os exemplares do mini jornal Voz de São João editada no stand da tipografia Rocha &Cia.
    Oh! Tempos bem vividos!!!!!!!

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  4. Se não estou enganada tinha um stand de perucas que era o maior barato>>>Cada uma mais linda que a outra..Oh!exposição pra deixar saudades...

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  5. Alguém se lembra daquele cafezinho gostoso que era feito pelo Sr Dante Verardo no stand da tipografia? Sem igual!
    Foram realmente momentos inesquecíveis que ficarão pra sempre em nossa memória.

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