sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

CAUSOS INACREDITÁVEIS



CRÔNICAS GALINÁCEAS - DE DONALD A MARGARIDA
EPISÓDIO 1 - O OVO AZUL

(Roteiro original- Serjão Missiaggia / Adaptação - Jorge Marin)

Este é um episódio do qual jamais poderia me esquecer!!!
Foi graças a um agradável encontro que tive, dias atrás, com alguns familiares, é que pude me lembrar deste acontecimento.
Enquanto ali na pracinha, num descontraído bate-papo, recordávamos de alguns fatos divertidos do nosso dia-a-dia, alguém teve a feliz idéia de lembrar deste caso.
Possivelmente, o simples fato de ter, diante de um filho, experimentado meu primeiro sentimento de culpa, fosse o motivo para minha ainda, idônea lembrança não ter se manifestado.

Vamos então aos fatos:
Sabe aquele galinheiro... que tinha uma galinha caduca, que ficava no varal secando, mas que hoje, já na menopausa, não bota um ovo sequer? E que somente sobe ao poleiro, graças a uma escadinha que coloquei para ajudá-la?
Que tem também um galo, mais caduco ainda, que cantava a noite toda, e que hoje, quando salta do poleiro, erra o chão e fica pendurado, de cabeça para baixo, com aquela enorme espora, agarrada na tela de arame?
Pois muito bem... Foi neste incrível lugar, que começou mais uma de minhas histórias.
E lá vamos nós...
Há, mais ou menos, quatro anos, Matheus ganhou, da tia Edna, dois lindos patinhos. E que gracinha! Inocentes criaturinhas, amarelinhas como ouro.
Infelizmente, devido a um triste acidente, um desses patinhos, dias depois, veio a falecer, deixando órfão e desprotegido, seu pequeno irmãozinho.
Foi aí, exatamente aí, que começou a história, do inesquecível “Donald”... Nosso eterno e solitário patinho de estimação.
Coitadinho! Criado em um galinheiro, distante de sua espécie, tendo como família: um galo e duas galinhas! Pobre Donald!
Sobrevivendo num mundo que não era seu, foi, aos poucos, nos cativando e se tornando mais um membro da família.
A penugem amarela, dando aos poucos lugar a lindas penas, foi fazendo surgir, no terreiro, um lindo pato branco.
Sempre com liberdade, saía e entrava do galinheiro quando bem quisesse. Subia, a todo instante, a escada da cozinha, sempre a procura de pedaços de pão.
Foi assim que muitas surpresas estariam por vir. Não imaginávamos, jamais, que ele poderia aprender tanta coisa.
Adorava tomar banho de bacia, beliscar nossos calcanhares, ou mesmo ficar no colo de quem fosse.
Receber chamego no pescoço era o de que mais gostava. Chegava até a fechar aqueles olhinhos azuis, enquanto era acariciado.
Tomava conta do terreiro como verdadeiro cão de guarda e, no caso de qualquer ameaça que viesse colocar em perigo o galinheiro, ele logo se manifestava.
Hilariante mesmo foi quando, numa das manhãs em que eu ia jogar alguns milhos para o desjejum da galera, deparei-me com um objeto estranho, bem no cantinho do galinheiro.
Sem óculos e um tanto confuso, comecei a analisar aquele negócio.
Seria um ovo?... Não poderia! De forma alguma!
Como?! Daquele tamanho?Jamais...
Aquilo, possivelmente, seria bem desproporcional à circunferência das minhas galinhas!
Mas, enfim, após constatar que aquilo realmente se tratava de um baita ovão, comecei então a verificar se não havia alguma galinha desfalecida. Assim, após observar que estava tudo bem com nossas penosas, já um tanto intrigado, comecei a pesquisar de quem poderia ser afinal aquele pressuposto ovão azul?!
Pesquisando na Internet, percebi que há vários relatos de galinhas que botam ovos azuis, principalmente as carijós, mas jamais daquele tamanho!!!
O que poderia ter gerado aquela aberração? Seria de algum E.T.? Pensei em sair correndo e gritando, mas, nesta hora, temos que pisar em ovos (não literalmente) para não alarmar a vizinhança.
Não percam, na próxima semana, a resposta deste misterioso enigma, que nos deixou chocados!

3 comentários:

  1. So fico imaginado até onde este galinheiro nos levará?
    Muito divertido os causos

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  2. Este galinheiro vai levá-lo, anônimo acima, a variados lugares. Fique preparado, pois o danadinho tem vida própria. Suas estórias são, de fato, incríveis. Seus habitantes e donos são um mundo a parte. Eu, que já o conheço de perto e sei de muita coisa, fiquei abobada ( já ouviram esta palavra?) abobada de tudo, pois esta do ovo eu não conheço. E me pergunto nervosa: - por que não a conheço? Serjão!... Por que esta eu não sei? Por que não me contou antes? Em que ano se deu? Onde eu estava? O que eu fazia que não fiquei sabendo? Ai que horror...Vejo-me, agora, diante do caso, ( e sei que é verdadeiro) intrigadísssima , curiosíssima... Quero saber logo que ovo é este? Imagino mil coisas, mas não vou dizer, é claro. Iam me chamar de ... Mas que dá pra pensar tantas coisas dá. E eu estou pensando...pensando... Ai meu Deus! Que loucura é esta? No quintal da minha casa... e eu não sabia... Desculpe-me o ( no quintal da minha casa) mas ali me criei , vivi com meus irmãos e pais , portanto, queira ou não , no coração ela ainda é minha casa e sempre será. E... fui falar nisso, a saudade bateu... bateu forte... Pena que ela não tem pena como seus de penas para voar pra bem longe e não machucar tanto. Porém, ainda bem que as tenho. Boas lembranças!
    Mas, voltando ao OVO, aguardo ANSIOSÍSSIMA o desfecho. OVO GRANDE, AZUL...
    E eu continuo aqui na tentativa de decifrar o enigma.

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  3. Um ovo azul? Será que o Roberto Carlos teria alguma coisa ver com isso?
    Como Gambá não bota só pode ser então...prefiro não arriscar!!!
    Aguardo também ansioso
    Zeleno

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