sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
CAUSOS INACREDITÁVEIS
UM POSTE EM MEU CAMINHO
(Roteiro original - Serjão Missiaggia / Adaptação - Jorge Marin)
Semana passada, ali pelas 3 horas da tarde, estava eu passando pela Rua Nova quando, na esquina com a Rua Joaquim Murtinho, mais exatamente em frente à casa da saudosa D. Arlinda, e a pouco mais de cinquenta metros da residência de nossa querida amiga Soninha, a lembrança de um fato fez, naquele momento, com que eu viajasse alguns anos no tempo.
O exato lugar, se não me falha a memória, ocorreu em julho de 1975, e tornou-se palco de uma cena não comum a moradores e transeuntes daquela redondeza.
Naquele inesquecível dia, tornei-me personagem principal de um cômico e dramático episódio, que teve como coadjuvantes dezenas de pessoas que por ali passavam: moradores, curiosos, fofoqueiros, palpiteiros etc.etc.etc.
Além de incomum, ninguém poderia imaginar que aquela cena ficaria gravada, anos e anos, na história da já famosa Rua Nova.
Vamos ao fato: havia naquele local... Ou melhor, ainda há... um poste de ferro, que servia á sinalização de trânsito cuja característica era possuir pequenos orifícios espalhados em sua base.
Passar por ali era rotina obrigatória das idas e vindas do namoro, tornando-se local predileto das brincadeiras que eu, religiosamente, fazia toda vez que ali passava.
Uma das brincadeiras exigia de mim uma precisão invejável que, por sinal, era muitíssimo bem ensaiada. Consistia em enfiar o dedo rapidamente num desses buracos e, ante o perigo de ficar preso, deixar assustadas as pessoas que me acompanhavam.
Um belo dia... Não sei se por azar, erro de cálculo ou mesmo se engordei de um dia para o outro, ao enfiar, mais uma vez, o dedo num desses buracos, um calafrio no corpo me fez compreender que havia entrado verdadeiramente pelo cano, ou melhor, pelo poste. Senti uma sensação diferente, era como se escutasse ao pé do meu ouvido...
-DESSA VEZ EU TE PEGUEI!!!
Provavelmente teria sido um erro de cálculo, pois, após estudar minuciosamente o ocorrido, descobri que, ao introduzir o dedo com um pouco mais de pressão no buraco, deixei que as juntas penetrassem além do costume.
E ali estava eu. Por um erro de cálculo, tornei-me um indefeso prisioneiro de um poste e, o que é pior: exatamente na Rua Nova, que era das mais movimentadas da cidade.
Em vão, fiz as primeiras tentativas de escapulir dali. Procurei disfarçar, mas era impossível. Já alguns curiosos começaram a circular ao meu redor e aglomerar ao meu lado, enchendo-me de palpites, piadinhas e gozações. E eu ali indefeso, preso e já começando a ficar preocupado.
Um infeliz, já meio alcoolizado, passou pelo local e, com aquele bafo de pinga e aquele olhar pesado de todo pinguço, olhou para mim, olhou para placa, novamente olhou para mim e, colocando a mão em meu ombro, sussurrou baixinho em meu ouvido:
- Gente boa, fica frio, a placa é contramão, só o dedinho pode! (Depois dizem que bebum não pensa!...)
Fui levando tudo na brincadeira, pois, até então, acreditava que sair dali era questão de momentos, ou uma certa perícia, e isto eu acreditava que tinha.
O número de curiosos aumentava a cada instante e, entre uma piadinha e outra, chega o Sr. Saul que, com sua já conhecida educação, vai pedindo licença a todos, fazendo chegar até a mim uma cadeira, ou melhor, um banquinho amarelo ouro, sem encosto, duro e bem desconfortável. Mas valeu, pois já um suor frio principiava a dar sinal em meu corpo. Foi nesta hora, que comecei a pressentir que a coisa era bem mais séria que pensava.
Mas, o que fazer?
Será que teríamos que chamar o Corpo de Bombeiros em Juiz de Fora? E os meus pais, como reagiriam à notícia? Daria manchete na Voz de São João?
A resposta para estas inquietantes questões serão um presente de Natal: no próximo dia 25, quando faremos este esperado post... do poste. Aguardem!
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Acho que, este agora famoso poste, é que estava no lugar errado! Quero uma foto dele! hahahahah
ResponderExcluirSerginho.
ResponderExcluirDesde que você me disse que ia contar uma história de "um poste no meu (seu) caminho" que eu venho imaginando o que teria acontecido.
Só não imaginava que você ficaria "entalado" no buraco do mesmo.
Se você não se lembra devo lhe dizer que você não infrigiu nenhuma regra de trânsito pois a placa que se encontra no dito é de :
PROÍBIDO ESTACIONAR DESTE LADO.
Mas, coincidência ou não semana passada eu pedi ao Luís Henrique, secretátio de obras que o retirasse do local pois o mesmo está causando alguns transtornos para nossos vizinhos mais idosos.
Só que pensando bem vou pedir para ele esperar mais um pouco par que nosso amigo acima tire uma foto do bendito.
Fico aguardando o desfecho dessa história.
Aproveito para desejar-lhe e à sua família um Natal de muita paz.Que 2010 lhe traga ainda mais recoradações para nossa alegria.
Abraço com carinho.
Sônia.
E que ninguém ousa colocar “um dedo” neste poste até que eu possa conhecê-lo
ResponderExcluirIsso é que dá , METER O DEDO ONDE NÃO É CHAMADO, não é Serjão?
ResponderExcluirBom Natal prá todos os Pytombenses e que 2010 venha cheio de recordações e causos prá podermos rir e interagir um pouco mais .
Abraço,
Mazola.
Outro tema para um grande seriado. Coisas de Pitombas!!!Rsrsrsrsr
ResponderExcluirEste poste tem historia! Só sai daí se for pra um Museu!Haaaaa
ResponderExcluirEsta do poste é demais...
ResponderExcluirEle agora vai virar história. Poste importante...
Tudo porque o doido do Serjão quis enfiar o dedo onde não devia.
Só mesmo o Serjão!
Aguardo ansiosa o desfecho desta história que promete conter muitas facetas e fazer muita gente rir. Eu já comecei.