sexta-feira, 24 de julho de 2009
HISTÓRIAS INACREDITÁVEIS NAS QUAIS NÓS MESMOS CUSTAMOS A ACREDITAR
A B O M B A - Capítulo 1
Roteiro Original - Serjão Missiaggia / Adaptação - Jorge Marin
É sabido que, desde os tempos imemoriais, pessoas se reúnem em torno de fogueiras, para as mais diversas finalidades: para conversar, contar casos de fantasmas, tocar viola e cantar, ou simplesmente para se aquecer do frio. As fogueiras foram utilizadas como forma de comunicação, como ocorreu no nascimento de São João Batista, fato que é celebrado nas festas juninas. Mas o que pouca gente sabe, é a realização da fogueira russa. Esta modalidade de fogueira foi criada justamente pelos elementos do Pytomba para desafiar o medo, provar a masculinidade, ou sei lá que outro motivo louco. Mas, o que é a fogueira russa? É nesta definição que começa a nossa nova aventura.
Trata-se, na verdade, de uma pequena e verdadeira história, que teve início no terreiro da casa de Silvio Heleno Picorone, na beirada do córrego, entre 1972 e 1974. Na época, Renatinho, Serjão, Sílvio Heleno e Dalminho, praticavam um tipo de brincadeira infantil (segundo eles): jogar balas de revólver na fogueira!
A loucura era feita, simplesmente, para escutar o estampido dos projetis e adivinhar para que lado eles iriam. Não é preciso nem dizer, pois basta contar o número de seguidores, que os rapazes sempre tiveram muito sorte, já que nenhuma daquelas balas foi em direção a eles.
Este ato de pura irresponsabilidade não teria a princípio nenhuma utilidade, mas acabou por engendrar, naqueles cérebros vazios, uma certeza e uma nova obsessão: A CONSTRUÇÃO DE UMA PEQUENA BOMBA.
Antes de prosseguir, vamos fazer algumas considerações técnicas para aqueles que não entendem de construção de bombas. Quem já sabe como fazê-las, pode passar diretamente para o parágrafo seguinte. A unidade de energia usada para avaliar o poder de uma bomba de hidrogênio é o megaton de TNT, que equivale à força de um milhão de toneladas de dinamite. E o que são tons? Como todo músico sabe, tons são intervalos entre duas notas que se sucedem diatonicamente. Ora, como as melodias são compostas de vários tons e notas, temos, de acordo com as pesquisas pytombenses efetuadas na época, aquilo que é uma das maiores contribuições do grupo para a Física moderna (ainda não escrutinada pelo comitê do Prêmio Nobel): a Bomba de Megamelodias, muito mais poderosa que a constituída apenas por Megatons, além de muito mais harmônica.
Após algumas reuniões secretas, ficou decidido que o projeto em questão iria se chamar “XB3/4”. Outra decisão, também crucial, foi que a experiência sísmica seria realizada em três diferentes versões, em dias, locais e horas ainda a definir.
A primeira versão seria uma bomba de médio efeito caseiro, na característica solo. A potência escolhida foi a de três Melodias que, na escala pytombense, correspondia a três Megatons.
A segunda bomba, também de médio efeito caseiro e potência de três Melodias, apenas se diferenciaria da primeira por ter características subaquáticas.
Finalmente, a terceira bomba seria um pouco mais violenta e consistiria numa bomba de efeito quarteirão, também com característica solo, porém com 36 Melodias.
Para que os leigos possam entender, na prática, a relação bélico-musical, basta informar que cada melodia correspondia a 1 tom, e 1 tom a uma trouxinha de foguete.
Após uma longa deliberação, ficou também decidido que, por questões de segurança, estaria descartada a possibilidade de se fazer alguma detonação tipo pavio. Foi, portanto, aclamado por unanimidade, o sistema elétrico de detonação “APF 220”, também conhecido como: Ativação por Filamentos em 220 Volts.
Finalmente, foram fixados o local do teste, a data e o horário da detonação: para a primeira versão, o local do teste seria a entrada da oficina do Sílvio Heleno, em frente à antiga Estação Rodoviária, o dia marcado seria o próximo domingo, e o horário, 18 horas e 30 minutos.
E agora? O que poderá ocorrer? Qual será o efeito da explosão na paisagem sanjoanense? Qual será o reflexo de uma explosão de tal magnitude na vida da, até então, pacata cidade? E o movimento da rodoviária? E a reação das autoridades?
As respostas explosivas para estas perguntas, envolvidas em fumaça, pólvora e clarões, estarão no próximo capítulo de A Bomba, aqui no blog, que, com ajuda de todos, continua bombando!
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Aguardo ansiosa as respostas explosivas, envolvidas em fumaças, pólvoras e clarões.
ResponderExcluirabraço para os Pitombas
Nesta nova foto do churrasco gostaria urgentemente que me tirassem uma duvida:
ResponderExcluirPor acaso, o Marcio, foi atingido por estilhaços da BOMBA?????
Coitado!!!!
Tem coisa que fica marcado na memória da gente. Uma foi quando estava no banheiro do ginásio e escutei um estrondo que mais parecia o estouro de varios foguetes juntos. Quando saí do banheiro um monte de gente estava nas janelas do ginásio comentando que tinha dado uma explosão no posto de gasolina. Mais tarde é que ficamos sabendo que tinha vindo da casa do Silvio Heleno Patetão.
ResponderExcluirAcho que agora vou finalmente ficar sabendo os detalhes como que aconteceu esta historia.
Paulo Sampa