sexta-feira, 17 de julho de 2009

HISTÓRIAS INACREDITÁVEIS NAS QUAIS NÓS MESMOS CUSTAMOS A ACREDITAR


A F Á B R I C A - R E V O L U T I O N - SEASON FINALE
Roteiro Original - Sérgio Missiaggia / Adaptação - Jorge Marin
NO CAPÍTULO ANTERIOR DE “A FÁBRICA”, encontramos mais uma vez, na porta da malfadada fábrica, os amigos Serjão, Renê, Sílvio Heleno, Dalminho e Fernando, desta vez TODOS muito assustados, cabelos arrepiados, cheirando a queimado e sem realmente entender o que havia acontecido naquela noite.
Mas, antes, vamos fazer algumas considerações sobre ele, o principal personagem desta história, o medo. Segundo o Dicionário de Psicologia, esta emoção é desencadeada por uma estimulação que tem o valor de perigo para o organismo. Manifesta-se, no animal e no homem, por diversas reações observáveis, dependendo das espécies e de acordo com a intensidade da emoção: eriçamento dos pelos, abaixamento dos supercílios e das pálpebras, tremor, etc., cuja função pode ser buscada num retraimento em relação ao estímulo perigoso e/ou na redução dos estímulos que assinalam o sujeito em perigo para o seu predador. Ou seja, o medo faz o sujeito fugir ou imobiliza.
Nesta história, assim como em várias ocasiões da vida dos componentes do Pytomba, o que se viu é que o medo estava presente. No entanto, mesmo com medo, todos foram em frente; é o que se chama de coragem, ou agir conforme o coração. Assim ocorreu antes dos shows e até mesmo na concepção deste blog: quando o Serjão expressou a ideia de contar a história do Pytomba na rede, pintou aquele medão, mas fomos em frente. E como tem valido a pena!
Num comentário dos episódios anteriores, um participante da aventura – o Sílvio Heleno – afirmou que, se ele sequer pensasse que poderia existir realmente um fantasma dentro da fábrica, jamais teria entrado lá. Ou seja, o medo às vezes move. E, quem pensa que não, vai mudar de ideia quando ler “A Bomba”!
Ah, e voltando à história, existe ainda aquele medo inteligente. Uma pessoa escondida num telhado de uma casa, a ponto de assustar um grupo de pessoas, entre as quais existe um cara armado, exerce aquela outra opção do medo: a fuga. Marcelo, sabendo que poderia ser um dos precursores de vítima da bala perdida, fez o que hoje chamamos de “rapou fora”, desapareceu feito gato no escuro. Deixando para trás o Serjão e o Renê, sem nada entender o que teria de fato acontecido.
Renê e Serjão se entreolhavam assustados sem nada entender. Se fosse possível um ler a mente do outro, ainda assim nada encontrariam, pois nenhum dos dois entendia o que havia ocorrido.
Teria aquilo tudo sido programado? Mas, por quem? E quando?
Pior de tudo foi a dúvida: será que saiu tudo errado? Ou tudo teria dado certo demais?
E, mergulhados em dúvidas, e ainda meio apavorados, todos foram para casa tentar dormir.
No dia seguinte, ficaram sabendo, realmente, a verdadeira história.
O irmão do Serjão, Antônio Dárcio, que na ocasião passava alguns dias em São João, ao ver toda aquela movimentação e tomando conhecimento das más intenções, mandou alguém comprar um foguete.
No exato momento em que todos chegavam ao último salão, ele abriu a porta e simplesmente, num ato de extremo perigo, jogou o foguete lá dentro.
Imaginem o estampido de um foguete, em um espaço fechado, de alguns metros quadrados, com cinco pessoas dentro? (coisas de Antônio Dárcio)
Para felicidade de todos, o foguete não se direcionou para ninguém. Possivelmente, tenha até caído num daqueles buracos. Quem sabe até debaixo do Dalminho!
No outro dia, ficou também esclarecido o destino do Marcelo, que, após ouvir o estouro, pensou que o Fernando tivesse mandando bala na assombração, e, apavorado, despencou do telhado em direção à rua. Mas, para sua infelicidade e na ânsia de fugir, ao pular o portão, seu braço ficou agarrado numa das pontas, fazendo assim um corte que sangrava muito. Moradores do prédio que ficava ao lado, também assustados com aquele estouro, saíram depressa para a calçada. Foi neste exato momento que algumas pessoas, ao verem o Marcelo passar correndo,
machucado e com sangue escorrendo pelo corpo, resolveram telefonar imediatamente para o senhor Gabí, pai do Marcelo.
A notícia que chegou é que seu filho havia sido baleado!
Até então, ninguém sabia o que havia acontecido com Marcelo, e assim sendo, cada um foi para sua casa.
Horas depois, quando Serjão já estava em casa, no banheiro tentando retirar os resíduos de pólvora dos cabelos, eis que, de repente, chega o tio Gabi. Numa fúria sem fim, prestes a invadir privacidade do sobrinho, esmurrava a porta e queria porque queria saber o que tinha acontecido com o Marcelinho.
Para sorte do Sérgio, antes que ele arrombasse a porta, alguém teve a feliz iniciativa de começar a contar-lhe toda a verdade. Serjão observava ofegante, de dentro do banheiro, que o tio, aos poucos, foi se acalmando. Começou, até mesmo, a achar graça da história. Seu filho, orgulhosamente, teria sido um dos protagonistas de uma aventura.
Serjão viu que também seu pai, não menos assustado, começava também a dar algumas tímidas risadas.
Perguntou então, para si mesmo: E eu?... Quem diria!... Terminar esta historia, acuado, dentro de um simples banheiro.
Pensou então numa última cena, na qual faria uma fuga espetacular pela janela, mas nem isto pôde fazer, pois, afinal, só havia um pequeno basculante!
Que fique para próxima! – pensou...
Foi, mais tarde, divulgada na cidade a notícia de que teria sido realizada em Bicas, alguns dias depois dos fatos aqui narrados, uma sessão de descarrego, com a participação de algumas pessoas que haviam visitado A Fábrica. Mas nada disso foi oficialmente confirmado.
Hoje, mais tranquilo, e um sossegado pai de família, o outrora fazedor de sustos, e autor desta história curiosa, Serjão Missiaggia relata o destino d’A Fábrica:
- Enfim... a ironia do destino me reservou, neste mesmo lugar, um pequenino grande espaço que, longe de ser um cemitério do século passado, é o local no qual sobrevivo humildemente, na paz de Deus, ganhando meu pão de cada dia...

ESTA HISTÓRIA, COMO TODAS AS OUTRAS DO PYTOMBA, FORAM RETIRADAS DE FATOS VERDADEIROS, ACONTECIDOS TRINTA ANOS ATRÁS.

E, se você se assustou com o estampido do foguete dentro da Fábrica, saiba que isto não foi nada comparado ao estrondo d’A Bomba, próxima atração em nosso blog interativo. Aguardem!

6 comentários:

  1. Adorei e como sempre, dei boas risadas.
    E vc Jorge,mais uma vez arrasou!!!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Lamentavelmente chegamos ao final deste divertidíssimo causo da Fabrica Assombrada. Por sinal tão bem adaptado e conduzido por Jorge Marin.
    Assim num ato de agradecimento aos momentos agradáveis de leitura que me levaram novamente, a tantas e boas risadas, aproveito este instante, para dar uma idéia aos fantasmagóricos irmãos Pitombenses:
    Porque, enquanto, numa ainda distante possibilidade de uma apresentação que levaria os fãs a loucura, não “combinássemos” reativar a Fabrica? “Até que não seria uma má idéia!” “Ainda mais diante desta crise econômica.” Acredito que se tornaria um point de lazer pra garotada e até mesmo um novo ponto turístico da cidade.
    Imaginemos então:
    Jorge, com seu vasto conhecimento bancário iria para a bilheteria, tendo como seu auxiliar o Marcio que, ficaria, por sua vez, na portaria. Renê e eu continuaríamos na coordenação das investidas, pois experiências adquiridas nas aventuras passadas seriam fundamentais. Bellini ficaria nos efeitos especiais enquanto, o Zé, de olho vivo na retaguarda, daria suporte e total apoio logístico ao corajoso Renatinho, que com muita justiça, seria promovido a Fantasma Mor. Quem poderá nos garantir que o Fernando não voltaria?
    Dalminho, titular absoluto, continuaria apenas a cair no buraco, é claro, com o auxilio indispensável de seu eterno e fiel escudeiro Silvio Heleno.
    No mais, nada mais. Depois seria apenas contabilizar a sacolinha e faturar!

    Então até a próxima

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  3. "Mil passará e dois mil não chegará"
    E o Blogão passou e, para nossa felicidade, parece que muito mais virá!!!

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  4. E vir é preciso...
    e que venha...
    Estamos aguardando "A Bomba". Se o foguete foi bom, imaginem a bomba!...
    E o "Disco Voador" que o Grupo Pitomba viu de perto? Conte , conte, conte...
    Beijão para Serjão, parabéns , Jorge.
    Mika

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  5. São tantas emoções...

    Não é só o Roberto Carlos que está comemorando e revisando a carreira musical este ano.

    Pitombas do mundo, uni-vos!

    Sylvio.

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  6. Bah, tre legal chê! Ser pitombense era diversão garantida, e sem efeito colateral, a não ser uma cólica ou outra depois de uma pequena aventura. Um tempo onde não precisava de pós e pedras para curtir a vida. Parabéns, mais um capítulo de aaarrrreeeeppppiiiiaaaarrr... COME THE BOMBS!!!

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