domingo, 24 de maio de 2009

PRIMEIRO BAILE (OU O INFERNO DE DANTINHO)


Também em 1972, para comemorar o aniversário de três componentes do grupo, nos apresentamos no terraço da casa do Dantinho. Novamente, para variar, alguns fatos hilários aconteceriam.
Uma corda, que separava o palco da pista de dança, na realidade dificultava e prendia alguns componentes que, já semialcoolizados, por ela não conseguiam passar, principalmente este baterista que vos fala.
Uma pessoa, naquela noite, vomitou na tumbadora... Isto é: num surdo que fazia papel de tumbadora. Nosso amigo e componente simbólico do grupo Nilson Magno Baptista, já num terrível pileque, fingindo estar fazendo percussão, ficava batendo no surdo, espirrando aquela nojeira para tudo quanto é lado.
O César Esquisitinho, já mais pra lá do que pra cá, foi contratado para gravar o baile, só que, enquanto passeava como peru tonto pela pista de dança, ficava a rodar o fio do gravador. Imaginem então como ficou a gravação...
Nesta apresentação, os componentes passaram o dia inteiro fazendo batida de limão para distribuir para a galera. A cada minuto, era feita a prova da dita cuja, fato este que, depois, veio causar aquele desastre na hora do baile. (Tio Dante e Tia Adail que o digam). O baterista, quase em coma, bateu somente à primeira música, por sinal, a única que todos conseguiram tocar juntos.
Nesta música, o baterista ainda conseguiu dar um chute no tarol, que após passar pelo conjunto, saiu rolando no meio da pista de dança.
Silvio Heleno, meio assustado, sem saber o que estava acontecendo, olhou para trás e perguntou:
- O que é isso... Serjão??? De imediato, recebeu a resposta:
- Escorreguei numa casca de banana!!!
Silvio Heleno, ao invés de observar que, um baterista, por estar sentado, jamais escorregaria numa casca de banana, simplesmente, balançou a cabeça e diz:
- Ainda bem!!!
A casa, naquela noite, ficou parecendo um hospital, sendo que, o baile terminou, apenas
com dois componentes - Márcio e Dalminho - e um casal solitário, que ainda dançava.

Em 1973, houve um baile no Ginásio, sendo que, um dos fatos interessantes que ocorreu.
foi o desaparecimento do Silvio Heleno. E o que é pior: em pleno baile... E ainda
pior ainda... Após deixar a pobre guitarra, estendida e solitária no chão.
Também, outro fato hilário veio ocorrer: Estávamos tocando uma música num determinado tom e Silvio Heleno entrou solando em outro. Quando questionado pelo erro tão elementar, simplesmente respondeu que era daquela maneira que havia aprendido com o Bastião Cri-Cri.
Neste dia, fizemos o baile em troca do lanche: (Um pão com salame e uma coca-cola quente).

Tocamos em 1974 na boate Bate Papo em Roça Grande, primeiro show interdistrital.
Nesta noite, por um motivo qualquer, que agora não me recordo, tivemos que sair pela janela dos fundos. Na volta, se não bastasse, ainda fomos parar, por engano, na porta do cemitério.
Num desses bailes em Roça Grande, todos os sapos, digo, os não integrantes do conjunto, passaram pela portaria, sendo que, nosso contrabaixista Márcio, foi o único a ser barrado.
(Texto-depoimento de Serjão)

11 comentários:

  1. Jorge Marin.Este é o cara!
    Inteligencia rara de senso de humor aguçadissimo que veio abraçar com muito carinho a ideia dessa brincadeira de tentar jogar na NET um pouco da historia do Pitomba.
    Numa releitura,vai redesenhando e enriquecendo os textos fazendo deles algo muito gostoso de se ler.
    Serjão

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  2. Parabéns Serjão, memória elefantástica. Muito bom, á propósito, quem é êsse gordinho barbudo da foto. Um abraço....

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  3. Em Serjão, quem disse que vc. não é um escritor e dos BÃO...Seus escritos são cômicos e nos divertem muito.Parabéns mano!!!

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  4. Coisa mais gozada foi o ClarÊ que ainda estava bão e tentava ajudar alguem descer a escada.
    No final ele que rolou escada abaixo enquanto o cara ficou olhando lá de cima.
    Paulo ( Sampa)

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  5. Patetão como guitarrista até que dava conta do recado.As cordas é que atrapalhavam um pouco.
    Agora verdade seja dita:Esse cara hoje um respeitado tecnico em eletronica veio se tornar um tecladista de muito bom nivel e peça fundametal no conjunto.
    (Fui um daqueles musicos que estava sentado na frente do palco na estreia do conjunto)

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  6. Pô cara! Seis tinham é que fazer um filme.
    Neste mundo de hoje essas hitorias fazem um bem danado pra gente!
    Manda mais!!!!!!!

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  7. O negocio na fazenda Vitoria foi que alguem me proibiu de ir la como Pitomba.Ai,pensei em um nome subversivo,como era moda,e depois de grave meditaçao,cheguei a Mercado Negro.Acho que infuenciado por Black Magic Woman do Santana...
    So me lembro que dias antes do evento em Argirita fui parado na rua por um menino que correu atras de mim e so faltou pedir autografo por causa do nome da banda.Mas no coraçao era menmo Pitomba.
    So pra lembrar que muitas reunioes eram feitas na minha casa e para as quais eu era formalmente convocado.Eh claro que muitas vezes na hora de começar!!!
    A gente ate podia tocar juntos mais uma vez!!!
    Achoque saria muito bom!!!
    Um abraço galera!!!

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  8. Olá e Parabéns por esta matéria...aproveitando....E O SHOW....QUANDO? DIA? HORA? LOCAL?
    PYTOMBA na galera....
    abraços....valew serjão e pateta. a foto junto com a neli ficou massa....rsrs e a costeleta do renezinho...show...
    Carlos Caçador

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  9. Oi Serjão.... adorei a história....dei pálas por aqui... cheguei a imaginar a situação narrada...rsrsrsrsrsrsr....
    abração

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  10. Que bom relembrar momentos lindos que vivemos.Ainda bem que tem alguem que guardou a históra do Grupo.Um abração para todos.Beto Bellini

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  11. Em conversa com Silvio Heleno lembramos de um fato pitoresco que aconteceu quando do nosso show em Roça grande:
    Ao tentarmos ligar nossa “sofisticada” aparelhagem um grande curto circuito aconteceu e apagou quase metade da cidade. Ficamos todos no escuro por um bom tempo.
    Quem sabe, não teria sido este um dos motivos, pelo qual, teríamos saído misteriosamente pela janela dos fundos logo após a apresentação?

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