sexta-feira, 22 de junho de 2012

(DES)APERTEM OS CINTOS QUE O VASO SUMIU! - Capítulo 1


Foto publicada no site www.naturalremedies.org

Tudo começou numa noite de dezembro de 1978, quando, após sair da casa de minha namorada, fui mais do que depressa dar umas voltinhas na rua pra tentar encontrar alguns amigos.  Pra variar segui direto para o Bar do Tchan, que, na época, funcionava bem ali em frente à casa do Dr. Nagib.  Com certeza, neste lugar estaria a galera.  E não deu outra, ou seja, por lá fiquei pra tomar aquele Gim Tônica geladinho, saborear aquele tira gosto e jogar uma partidinha de sinuca.  Confesso que, ao contrário de meu parceiro Jorge, minhas idas ao Tchan não eram assim tão assíduas.  Talvez o fato de estar namorando nos fins de semana tenha sido o motivo de ter me afastado algumas vezes desses divertidos encontros.  Mas bons momentos ficariam guardados para sempre juntamente com a lembrança dos amigos: Nilson Magno, Marquinho e Luiz Augusto Dadalti, Geraldo e Júlio Lima, Heleno Porquinho, Jorge Marin, Veroaldo, Té e nossos saudosos Tony Cabral e Júlio Dadalti.  Naquela noite, pra variar, a turma estava comemorando: uns disseram que bebiam pela morte da Golda Meir, e estavam bem alegres.  Outros diziam que estavam celebrando um ano da morte da Clarice Lispector, e estavam tristes.  Como se vê, o pessoal era bem politizado, e tudo era motivo para uma comemoração.
Mas hoje a história é outra e, numa breve oportunidade, vamos, com certeza, fazer uma postagem toda especial, contando somente as histórias desta inesquecível galera.
Voltando então ao CAUSO, minha intenção era aproveitar o máximo possível aquela noite, pois, no outro dia, teria que ir a Belo Horizonte e ficar por lá quase um mês. Imaginem vocês o que é estar no auge da juventude, namoro, turma, Pitomba e ficar praticamente três a quatro semanas dentro de um apartamento?
Coincidentemente, antes desta minha parada no Tchan, já havia saboreado na casa de minha sogra uma incrível feijoada completa, por sinal bastante apimentada e com tudo de direito.  E como comi naquela tarde! Começamos a feijoada na hora da Sucessora (novela 6) e só terminamos bem depois da Dancin’ Days!  Também não estava muito acostumado com cerveja, mas, para não dar uma de genro mal educado, bebi algumas.  Aí veio a sobremesa, mais um pouco de feijoada e coisa e tal.  Depois, gim-tônica e torresmo no Bar do Tchan... A BOMBA RELÓGIO estava armada, esperando apenas o melhor momento pra detonar, ou melhor, me “arrebentar”.
Alguns flatos e eructações começam a me avisar que coisa não muito boa poderia, EM BREVE, acontecer, mas, como todo bom recém-saído da adolescência que se preze, fui para casa e dormi como um anjinho.  Se bem que achei muito estranho, quando acordei de madrugada e vi que o Tio Zeca, que dormia em meu quarto naquela noite, havia DEBANDADO da cama e nem o travesseiro havia levado. Coisa tipo assim, abandono de incapaz, ou seja: incapaz de suportar o inevitável.  Confesso que, realmente, algo MUITO estranho ficou PAIRANDO (gasosamente) no ar aquela noite. Fui reencontrar o Tio Zeca, somente no outro dia, pouco antes de ir pra BH, e com um pregador de roupas no nariz. Fiquei sabendo depois que ele fôra dormir na sala. Enfim...
A coisa já começava a FEDER...  Mas você, felizmente, ainda não sentiram nada do que vem por aí.  AGUARDEM!

(Crônica: Serjão Missiaggia / Adaptação: Jorge Marin)

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