quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

OS "PELADÕES" DO MANGUEIRA


Ainda pegando a rapinha do tacho nas comemorações do centenário de fundação e glória do Mangueira FC,  nos veio à memória aquelas famosas “PELADAS” de vôlei que aconteciam quase todas as noites em sua quadra, tendo como protagonistas Adil Pimenta, Quirino e companhia.

Era somente perceber que os holofotes da quadra estariam acesos para que uma pequena plateia, já posicionada na sinuca do Cida, descesse em direção à galeria do clube e assim pudesse se divertir com as confusões armadas por eles. Raríssimas vezes em que uma partida terminava em paz! Bola, então, duvidosa próxima a linha era um deus no acuda. Já vi partida terminar sem que soubéssemos até hoje se a bola havia caído dentro ou fora.

Quase sempre as brincadeiras terminavam pela metade e em meio a um tumulto generalizado, que muitas vezes se estendia até a Coronel Jose Dutra. Na verdade, uma grade FESTA entre amigos, que com certeza ali estariam no outro dia pra recomeçar tudo de novo.
Assim tão bem descreveu Silvio Almeida:

                                                             "PELADAS”

Os melhores momentos do vôlei eram nas chamadas "peladas", que aconteciam principalmente nas férias de verão e sempre depois das 4h da tarde. Adil encerrava seu turno no consultório e ia direto para a quadra, onde os outros já o esperavam.

Eram momentos de amizade, de pura diversão e descontração, mais ainda pela presença do Sô Osmar, com quem a turma gostava de implicar.
Aí está ele, M
auro Girardi, Adil Pimenta, Silvio Almeida, Paulinho Barbosa, Heloisio Rodrigues, Toniquinho Marcelos, Téo Atherino Jr. (do Rio), Helinho Cunha e Ricardo Medina.

Isso já foi por volta de 1974, pouco antes da partida do Paulinho.

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : foto do arquivo Silvio Almeida

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


O QUE VOCÊ FARIA SE MORASSE NESSA RUA AÍ???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Tânia Bezerra Rua da Exposição (José Zeferino Barbosa).

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM É CAPAZ DE CONTAR UM CASO DESSE CASARIO AÍ???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Angelica Girardi Rua Ludovina Maria,subida para o bairro São Sebastião

CASOS CASAS & mistério???


QUEM EXPLICA ESSA PAISAGEM???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Maninho Sanábio Fundos da Igreja Matriz, e ao fundo os Núcleos

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

MANDA QUEM TODDY


Corria  o ano de 1964 em São João Nepomuceno, e, como não podia deixar de ser, a maior novidade pra mim naquele ano foi... um FANTÁSTICO Forte Apache, com aquela paliçada de troncos, um bando de soldados, um monte de índios e até uma diligência.

Essa maravilha de brinquedo estava na vitrine da Casa Leite, e eu ficava absolutamente vidrado com a possibilidade de fazer milhares de aventuras e matar aquela indiarada toda (na época, matar índio era chique).

Minhas mãe, que até então era uma pessoa que só falava a verdade, foi obrigada, face ao meu encantamento, a dizer que aquele forte não era para brincar, mas sim para enfeitar a casa, e que ela não iria levar porque tinha muito bibelô lá em casa. A verdade é que, depois desse episódio, andei quebrando uns três ou quatro, quem sabe para dar espaço para o forte-enfeite.

Frustrado com a tentativa de conseguir aquele brinquedo que mudaria a minha vida, voltei a ter esperanças na humanidade quando, na casa de um vizinho, assisti a um comercial de TV dizendo que, em cada embalagem de Toddy, viria grátis um indiozinho de brinquedo.

Mas havia um problema: eu DETESTAVA chocolate! Mas, a minha mãe, assim como todas as mães que adoram quando um filho pede pra comer uma coisa que odeia, ficou superfeliz quando eu pedi pra ela comprar um vidro de Toddy. Gente, foi uma decepção! O índio até que era mais ou menos: tinha uns traços parecidos com os “daquele” forte; só que era todo azul, de plástico bem vagabundo.

Mas o sofrimento mesmo era TER que tomar aquele Toddy. Eu pedia pra tomar gelado pra fazer de conta que era sorvete, mas, adivinhem, a minha mãe vetou a ideia (porque eu podia ter dor de garganta) e só me dava aquela porcaria quente. Eu ficava esperando esfriar e, quando ela não estava olhando, jogava tudo pelo ralo da pia.

Quando, finalmente, acabou o pote, pedi a minha mãe pra comprar mais Toddy e fomos correndo ao Saps, que era o primeiro supermercado de São João, e lá tive uma imensa surpresa: o Toddy tinha lançado uma embalagem supereconômica, um potão que devia ter um meio-quilo de produto, porém com um único índio. E eu ia pra casa rezando pra não ser o mesmo índio.

Eu já estava com uns sete ou oito índios, quando aconteceu a tragédia: a Toddy parou de colocar índios nos potes, um pouco antes da morte misteriosa do ex-presidente Castelo Branco. Lembro bem porque fui obrigado a ir à igreja rezar pelo tal marechal.

Depois disso, e até hoje, me transformei num revoltado: nunca mais tomei Toddy e, se encontro uma pilha do produto num supermercado, sou capaz de dar uma “esbarradinha” pra jogar tudo no chão. E, depois da missa daquele militar, JAMAIS aceitei ter um prazerzinho mixuruca em troca de ser OBRIGADO a engolir doses cavalares daquela coisa AMARGA.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

NOS TEMPOS DO RUBRO BAR


Fazendo uma singela homenagem ao Mangueira F.C. pelo seu CENTENÁRIO, iremos reeditar esta postagem de 2016.

                              NOS TEMPOS DO RUBRO BAR

Na década de setenta, o RUBRO BAR, juntamente com o Botachopp, era o point principal da juventude sanjoanense. Aquele varandão, com suas mesinhas ladeando a piscina, simultaneamente com o charme de sua GALERIA recém-inaugurada, tendo como carro-chefe o barzinho ZOOM FRUTAS (e seus inesquecíveis drinks e batidas), transformavam-se num ponto de encontro sem igual. Além de formar um complexo perfeito, eram muitíssimo bem localizados, sendo que para nós, rapazes, da sinuca do Cida até o Rubro Bar era um pulo só.

Naquela ocasião, sob os encantos visuais da então novíssima LUZ NEGRA, o conjunto de nossa madrinha Nely Gonçalves de nome “OS COBRINHAS’ era, nos finais de semana, a sensação dos bailes e das brincadeiras dançantes que ali se desenrolavam. Quando isso não acontecia, as noites eram embaladas pelo som ambiente de suas caixas acústicas, onde canções como Mamy Blue, Sugar Sugar, Everybody’s Talkin’, Midnight Cowboy, I Started A Joke, Raindrops Keep Falling On My Head eram apenas algumas que acalentavam nossos ouvidos, enquanto iam eternizando uma época. Sinceramente, chego a acreditar que talvez tenha sido ali, naquele espaço musical, que se formou o embrião do Pitomba.  

Casa sempre cheia, ambiente agradabilíssimo, gente bonita, onde o bom papo e as brincadeiras rolavam até altas horas.

E como era difícil conseguir chegar num daqueles sábados à noite lá em cima!  Uma aventura da qual muitos até desistiam, e outros, pela dificuldade, nem mesmo se arriscavam. Era gente que não acabava mais, e muitos ficavam até mesmo travados no meio daquela escadinha de acesso que, na época, deveria ter pouco mais de meio metro de largura. Mas tudo fazia parte da festa, e subir então espremido entre paqueras transpirando VITESSE, era ainda melhor.

Um fato um tanto hilário que muito marcou uma de minhas primeiras idas ao RUBRO BAR foi quando, após conseguir com muito sacrifício vencer aqueles degraus, ficar impressionado ao ver a Nely cantando várias músicas internacionais. Digo impressionado porque, dias atrás, ela havia confidenciado que não sabia dizer uma santa palavra em inglês. Mas como? De que maneira teria aprendido tão rápido? E era um repertório inteiro. Uma resposta que ficaríamos sabendo somente no outro dia.

Imaginem vocês que, momentos antes de iniciar o baile, ela sentou-se em uma daquelas mesinhas e, simplesmente, começou a catalogar todos os nomes de músicas internacionais que conhecia. Conseguiu compor várias letras juntando todas elas e invertendo apenas a ordem das palavras. Verdade seja dita, até que enganava bem!

Época de pouca grana nos bolsos, que nos fazia, ante aquela rodinha de sete a oito amigos, dividir não somente o espaço de uma mesma mesa como também as despesas daquela que seria talvez a única dose de Gim Tônica ou Campari da noite. Tudo regado de muita alegria, descontração e, por que não, também de muito romantismo.

Pra terminar, aproveitamos a oportunidade para parabenizar ao jovem e dinâmico presidente Fernando de Lelis (Kibil) pelo belo e incansável trabalho frente ao clube.

Crônica: Serjão Missiaggia

Foto     : Acervo do Mangueira

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

BELEZAS DA TERRINHA


ENTARDECER...

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Zezé Do Couto Ciscoto Que maravilha! 
Nossa terrinha vista do adro da Matriz.

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SE LEMBRA DE ALGUM CASO DESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Dulcinea Ferreira Casa da d. Riza Lamah minha professora de matemática, e Rizete quem fazia minha sobrancelhas.

CASOS CASAS & mistério???


QUE LUGAR É ESSE???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Antônio José Capanga Jardim logo após o Center Modas, na Avenida!!!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

SAUDADE DE OUTROS CARNAVAIS


Do que é que você tem saudade no Carnaval? Será da juventude perdida? Da loucura remediada? Ou da noite não dormida?

Será saudade de algum corpo jovem, sem nome, sem roupa, sem-vergonha? Ou somente saudade estética, da evolução atlética, da fantasia dramática ou do protesto político?

Pode ser que seja uma saudade do hino do Trombeteiros, do Democráticos, ou da bateria do Esplendor ou da Esaca ou Caxangá. Sei lá... saudade pode ser de tanta coisa.

Dizem que saudade é falta de algo que se teve e hoje não se tem. Será que é a falta do nosso antigo corpo, da nossa alma barulhenta ou do nosso espírito irrequieto?

Será que é saudade da inocência de outros tempos? Ou da perda da inocência há tempos? Saudade do que se viveu ou saudade do que poderia ter vivido se quisesse?

O certo é que saudade é sempre... falta. E se é falta é desejo. De beijo? De seguir dançando o cortejo? De uma assembleia de paetês?

Se não sabes do que é essa saudade, então vou dizer. Não se arrepie! Saudade é saudade de nada. Saudade é esse não-dormir na madrugada, e poder, com toda a força do coração, desejar. Não é desejar o bem que já se teve ou o ótimo que não se obteve. Nem tampouco voltar no tempo ou fugir dos contratempos.

Saudade é puro desejo. Agora. No seu peito.

Poesia: Jorge Marin

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O VELHO CARNAVAL DA TERRINHA


Como já disse por diversas vezes aqui mesmo no blog, mesmo não sendo um folião inveterado, sempre gostei desta época de carnaval, principalmente em função da alegria e dos muitos amigos e familiares que encontramos, e que sempre aparecem na cidade neste período.  

Boas prosas rolam e os momentos sempre se tornam agradáveis e descontraídos. Coisa que, infelizmente, não vinha acontecendo nos últimos anos em função de muitos fatores.
                                        
A partir do momento em que algumas MEDIDAS OPORTUNAS vindas do poder público começaram a se tornar realidade, dentre as quais o alento aos nossos ouvidos, no que tange aos excessos sonoros que nada lembravam o carnaval, tudo começou a voltar como antes. Com pouquíssimas exceções, desfrutamos de músicas genuinamente carnavalescas, onde em alguns lugares pontuais, as marchinhas e sambas-enredos foram uma constante. Nada contra as demais tendências, mas acho que cada coisa tem sua hora e lugar.

E, claro, associando a tudo isso, a feliz iniciativa de se tentar resgatar o VERDADEIRO CARNAVAL, sendo que o retorno e a chegada de NOVOS BLOCOS, a meu ver, foi o ponto alto da festa.

Tivemos pouquíssimas ou nenhuma ocorrência nos CIRCUITOS, e isso foi uma grande vitória. Folião ou não, redescobriu-se o prazer de estar novamente pelas ruas da cidade curtindo cada momento. Vislumbramos um carnaval LEVE, ALEGRE, ORGANIZADO e que deixou boa impressão, principalmente para aqueles GENUÍNOS turistas.

Chamou-nos à atenção o retorno de FANTASIAS NOS BLOCOS, onde pudemos contemplar a volta de muitas FAMÍLIAS passeando com suas CRIANÇAS pelas calçadas e praças.

Como gran finale, o BLOCO DO BARRIL mais uma vez chegou arrastando multidões e, de maneira bem mais TRANQUILA e SEGURA, trouxe muita IRREVERÊNCIA e ALEGRIA.

As INTENÇÕES foram DIGNAS DE APLAUSOS.  A semente está sendo plantada e, com certeza, poderá trazer ainda mais frutos no futuro, sendo o principal deles o retorno maciço de nossos CONTERRÂNEOS à terrinha neste período.

Aos organizadores envolvidos, MIL!


Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM JÁ VIVEU GRANDES CARNAVAIS NESSA RUA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Ana Emília Silva Vilela É a Rua "Sarmento". Sou do tempo dos bons carnavais nesta rua. Antes do calçadão. Tenho alguma recordação dos desfiles caricatos dos clubes, quando Trombeteiros X Democráticos desfilavam com críticas. Águia X Galo.

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE ALGUM CASO SOBRE ESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin


Marcia Nerval Gente ninguém sabe de quem é esta casa? Esta casa foi da dona Minalda o João Cruz da Lucy Rosana da Leila Magalhães tudo gente muito querida

CASOS CASAS & mistério???


QUE QUE É ISSO AÍ, GENTE???

Foto de hoje: Serjão Missiagia
Trat.imagem: Jorge Marin

Márcio Velasco Fachada da Igreja do Rosário alí do outro lado da rua.
Na verdade é um abertura na torre do campanário.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

O BLOCO DO EU SOZINHO


Na manhã em que Buda atingiu a iluminação, ele olhou demoradamente para a estrela da manhã e disse: “Eu, a grande Terra e todos os seres simultaneamente nos tornamos o Caminho”.

Você é budista? — me perguntam toda vez que cito essa passagem belíssima. E, nessa pergunta, eu percebo a grande necessidade que as pessoas têm de ME explicar.

Se denuncio uma injustiça social, dizem que sou comunista. Se critico a violência contra uma mulher, é porque sou feminista. Se, além de criticar, cito Jesus e a pecadora do evangelho de Lucas, é porque sou cristão.

Ou seja, você fez isso? Ah, então é porque você é aquilo!

Prestem muita atenção nesse tipo de comportamento, porque ele é extremamente reducionista. Por exemplo: um sujeito estaciona um carro em frente à sua casa às duas da manhã e começa a escutar um funk. Você acorda assustado, vai à janela, reclama. E a pessoa diz: “você é um velho careta!”. Percebem? A pessoa comete um ato de incivilidade, uma violência, uma transgressão. E, no final, diz que o problema É você ser um velho careta.

É por isso que não caio na armadilha de me dizer comunista, humanista, nazista, machista, católico, umbandista ou qualquer outro adjetivo de pertencimento a uma “turma”. Há uma frase de Groucho Marx, citada por Woody Allen no filme Noivo Neurótico Noiva Nervosa que resume o meu sentimento: “Eu nunca entraria de sócio num clube que me aceitasse”.

Ih, agora dancei! Vão dizer que eu sou marxista ou então simpatizante de abusador de crianças, o que, quero deixar claro, não acredito que o diretor americano seja.

Enquanto as grandes escolas desfilam os seus ódios na sapucaí mundial, eu sou só eu no bloco do eu sozinho. Meu samba-enredo é fácil: “quero me perder de mão em mão; quero ser NINGUÉM na multidão”. Será que Klécius Caldas e Rutinaldo, os autores, eram budistas?

Que ninguém nos ouça, mas Klécius era militar. E, antes que a patrulha venha, “quem quiser que sofra em meu lugar”. Bom carnaval a todos!

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

PRÉ-FOLIA NA TERRINHA



Neste belo pré-carnaval da Garbosa, pudemos respirar, tanto nos dois dias de SASSARICANDO, como nos tradicionais ensaios de BLOCOS na RUA NOVA, o verdadeiro carnaval.

Músicas originais e da mais alta qualidade que, além de resgatar os bons tempos, nos remeteu de fato, ao autêntico espírito carnavalesco. Nada contra as demais tendências, mas cada coisa no seu momento e devido lugar.

Que assim seja e como tão bem conclamou nosso amigo Everson Resende em sua rede social “QUE VENHAM OS FOLIÕES DO BEM”

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : Marcio Sabones

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

BELEZAS DA TERRINHA


A MESMA PRAÇA (LINDA!!)

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SE LEMBRA DE CASOS VIVIDOS AQUI???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Juliana Lanini Casa dos Fragoso

CASOS CASAS & mistério???


QUE LUGAR É ESSE??? QUEM SABE???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Maninho Sanábio Subida pra Igreja Matriz e ao fundo o pasto atras do parque da exposição..

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

CONSELHOS DE UM VELHO GAGÁ PARA O CARNAVAL


Colegas de time (Botafogo) e adversários políticos, detesto dar razão ao meu amigo Mazola, mas sou obrigado a concordar com uma coisa que ele falou: a gente sabe que está ficando velho quando não consegue mais entender o que está acontecendo.

Meu filho traz uma importante questão: passar o carnaval em São João com a turma, ou viajar com a namorada e a família dela para a praia. Se fosse no NOSSO tempo, a coisa seria fácil: pai e mãe escolheriam sempre a coisa que daria MENOS prazer. Tipo assim: se a namorada fosse feia, eles iriam sugerir a namorada. Se não fosse, eles iriam sugerir uma terceira opção: fazer um retiro espiritual, “não é por nada não, filho” — diriam — “mas é para você começar o ano letivo com a cabecinha descansada”. Sei!

Carnaval sempre estaria fora de questão. O que era um grande equívoco, pois bebíamos tanto naqueles anos dourados que, se a namorada não esperasse a gente na porta do banheiro do Trombeteiros, nem lembraríamos mais com quem estávamos, e sairíamos direto pra folia.

Essa questão do namoro então, é que era uma coisa muito engraçada: se arrumávamos uma namorada bocó, nossos pais davam a maior força e afirmavam que “essa, sim, é pra casar”, e nós com quinze anos de idade. Porém, se chegássemos em casa com aquele “filezin” ou aquele “pãozin” (no caso das meninas), aí a casa caía. Geralmente, a mãe da gente ia levar café com bolo onde estávamos umas trinta vezes na noite. Em compensação, aqueles que curtiam uma ficada com uma pessoa do mesmo sexo podiam ficar tranquilos: os pais até saíam pra novena e deixavam os dois, ou as duas, sozinhos.

É que, naquele tempo, a coisa era muito fácil. E MUITO previsível: homem ficava com mulher, mulher ficava com homem. Se o casal ficasse muito tempo juntos, tinham que noivar. Se noivasse, casavam. Se casassem, não separavam. Hoje é difícil saber se homem fica com mulher e vice-versa. Primeiramente, porque a diversidade de orientações sexuais é imensa. Eu, que sou idoso, respeito todas, mas confesso que tenho uma certa dificuldade em entender alguns conceitos, como trans, bi, pan, a, demi, lith. Todos estes prefixos significam algum tipo de comportamento sexual diferenciado. É igual comprar café em supermercado.

Por isso, penso que é perfeitamente aceitável que um pansexual, por exemplo, possa ficar com um demisexual, embora eu não tenha a MENOR ideia do que os dois vão fazer na intimidade. Aliás, acho que essa é a grande MUDANÇA à qual me referia no início da crônica. Penso que, atualmente, as pessoas se encontram, resolvem ir a um local romântico, que tanto pode ser um motel cafona quanto num provador de roupas da C&A, ou numa plantação de maconha, ou no Parque da Saudade na madrugada de 2 de novembro. Chegando lá, eles decidem o que fazer. Talvez até no cara ou coroa.

Ah, já ia me esquecendo: o meu filho vai passar o carnaval jogando Call of Duty: WWII. Seja lá o que for isso.

Crônica: Jorge Marin
Foto     : still do filme A Gaiola das Loucas

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL