sexta-feira, 31 de agosto de 2018

SERÁ QUE SOMOS TODOS BURROS???


Em tempos de campanha eleitoral, muita gente se “estranha” e se xinga, e parece que o xingamento mais comum é BURRO.

Dentro de casa, com a porta fechada, ou no cantinho de algum boteco, costumamos chamar nossos “parças” e, invariavelmente, o papo é assim:
─ Como é que o Fulano, tão estudado e preparado, pode votar naquele candidato? ─ e a própria pessoa que pergunta dá a resposta:
─ Pode ser estudado, mas é burro!

E, pensando bem, principalmente quando gastamos tempo analisando pessoas que não vão votar no “nosso” candidato que, teoricamente, é o CERTO, é que tenho absoluta certeza: nós também SOMOS BURROS!

Vamos pensar juntos: o que é a inteligência? Não seria a capacidade de ligar dois ou mais arquivos de memória para formar outros? Porque, na verdade, de nada adianta eu saber, por exemplo, a capital da Malásia (eu decorei no meu curso de Admissão!), se eu não vou fazer nada com isso.

Por ter passado muito bem colocado num concurso nacional, as pessoas vivem dizendo que eu sou muito inteligente, mas, analisando a minha trajetória profissional de onde estou hoje, não tenho tanta certeza.

E o que me consola é que não estou sozinho: acho que a maioria da humanidade é formada por imbecis. Vamos ser honestos: quem nunca tomou uma decisão na vida da qual se arrependa, e se questione “mas como é que eu pude ter sido tão burro?”

A boa notícia é que a burrice não é um processo irreversível. Um grande número de pessoas é, naturalmente, inteligente, mas, a partir de uma certa idade, a imbecilidade vai nos sendo imposta. Ora por uma religiosidade meio fanática, outras vezes são os exageros do politicamente correto e, o que é fatal para qualquer forma de inteligência, a adolescência (ou diria aburrescência), época em que nos esforçamos para nos tornar exatamente iguais aos nossos colegas mais idiotas. E, na maioria das vezes, conseguimos.

É claro que, inevitavelmente, crescemos. E, de cabeçada em cabeçada, podemos escolher expulsar um pouco da imbecilidade e recuperar aquele brilho infantil, e insolente, da inteligência. Mas aviso que não é fácil. Há um bando de pesos nos puxando para baixo: certezas religiosas, certezas políticas, paradigmas de autoajuda, sem contar uma coleção de sintomas que se grudam às nossa personalidades já desde a infância, propensos a um certo coitadismo.

Um bom início para espantar a imbecilidade pode ser escolher candidatos que não ofendam as nossas inteligências.

Ah, só pra constar, a capital da Malásia é Kuala Lumpur.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

LOS CASOS DEL PITOMBA - Nosso Cavern Club



Ao me posicionar em frente à casa de nosso irmão pitombense Suveleno pra tentar captar uma imagem da Pracinha do Chafariz, resolvi mesmo foi fazer uma visita ao velho e mitológico BARRACÃO do Sr. Anjinho.

E como tem história aquele lugar!  Entre umas e outras coisas, coincidentemente, na época em que havia começado a febre PITOMBA, o local chegou a ser até um depósito de mangas. Hoje, fico pensando se não teria sido um recurso meio que desesperado do Sr. Anjinho, que, com sua conhecida sapiência, já não estaria profetizando um possível acampamento sonoro de nossa parte no referido lugar. Fundamentado ou não, sei apenas que não adiantou!

No local aconteceram nossos primeiros encontros, ou seja, os famosos ensaios descompromissados pra não tocar em lugar nenhum. Nosso negócio era fazer BARUIADA pra nós mesmos, e o que viesse depois seria mero detalhe. O imóvel era bem deserto naquela época, sendo assim, o máximo que nosso som alcançava era o Esplendor do Morro e entorno.

Um desses ensaios foi realizado por cima de mangas, sendo que algumas delas já estariam exalando um forte odor em decorrência de adiantado estado de maturidade.  E nós não estávamos nem aí pra isso, e muito menos com o telhado, que, certa vez, chegou a ir pelos ares em decorrência de uma forte chuva que caiu sobre a cidade. Pior que esse quase tornado, além de acabar com a energia elétrica, deixou a PAREAJE, que pra variar, era toda ela emprestada, ao relento. Foi aquele corre-corre no escuro, enquanto algumas gotículas ficavam passeando em cima da bateria e de um aparelho de guitarra que a Nely havia levado pro Suveleno consertar.

Num outro ensaio, um de nossos fãs (tínhamos fãs!) saiu pela cidade convocando todos que encontrava pela frente, para um baile que estaria acontecendo no BARRACÃO. Por sinal, éramos a única banda do planeta que ensaiava em ritmo de baile com jogo de luz e tudo. Quando demos por nós, o barracão estava repleto, sendo que o arrasta-pé veio a terminar lá pelas tantas da madrugada.

Bem, irei parando por aqui, pois, além de ser algo repetitivo, não haveria postagem que abrigasse tantos causos hilariantes que ali aconteceram.

O Pitomba posteriormente teve nova formação, vindo a se enriquecer sobremaneira, tanto no quesito musical, textos, composições e visual, mas confesso que a primeira formação e como tudo começou, a gente nunca esquece.

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


TODO MUNDO JÁ PASSOU POR AQUI. LEMBRAM DA EMOÇÃO???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin


Ana Emília Silva Vilela Não sei o nome da rua. Acho que é Prefeito Nagib Camilo Ayupe. A antiga saída para o asfalto.

ESSE LARGO QUE EU NÃO LARGO


Paisagens que não cansamos de rever.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Pitomba BLOG Casa do sr. Pimpa com o Largo da Matriz ao fundo.

CASOS CASAS & mistério???


ONDE FICA ESSA FACHADA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Rita Knop Messias Será que é na cadeia?


sexta-feira, 24 de agosto de 2018

ARMEMO-NOS UNS AOS OUTROS



Assistindo aos debates na televisão, percebemos que pelo menos dois candidatos à presidência da república defendem a liberação do porte de armas para os “cidadãos de bem”.

A princípio, soa como uma boa solução para a violência urbana. Diz um candidato: “para evitar o estupro, toda mulher deveria levar uma arma na bolsa”. Ou seja, se a mulher percebe que alguém quer sacaneá-la, é só sacar a arma e mandar bala. Imaginando essa mulherada toda armada, três coisas me preocupam: marido sonso, TPM e greve de professoras.

Brincadeiras à parte, a liberação de armas de fogo para a população já é quase uma realidade: um projeto de lei, o PL 3722, já aprovado por uma comissão especial da Câmara dos Deputados propõe exatamente a REVOGAÇÃO do Estatuto do Desarmamento, aquele aprovado por plebiscito, lembram?

Alguns detalhes me preocupam quanto a essa questão de liberação geral de armas. Se o argumento para liberar armas para todos é a questão do estupro, como fazer para armar as principais vítimas, as crianças com menos de 13 anos? E, o que é pior, se estes menores tiverem que atirar, vão fazê-lo contra pessoas da própria família e vizinhos, que são responsáveis por mais de 30% deste tipo de crime.

Outra questão que me ocorre é o feminicídio. É raro o dia em que um jornal não traz uma notícia de marido assassinando esposa, matando namorada, e homens em geral que não suportam a ideia de serem “abandonados” como se fossem bebês. Ora, se as esposas, companheiras e namoradas estivessem armadas seria diferente? Ou, mais uma vez, estaríamos transferindo a culpa da morte para as mulheres, desta vez por não sacar o revólver a tempo?

Finalmente, quanto ao argumento de que os bandidos estão armados e nós, “pessoas de bem” não, fico seriamente me perguntando o que seriam essas pessoas de bem. Quem garante que eu, que não possuo processos nem condenações por crime doloso e consigo facilmente um atestado de um psicólogo para portar uma arma de fogo, não irei usá-la, por exemplo, num momento de tensão, quando um motorista para um veículo em frente à minha garagem? Pois isso já aconteceu comigo, e, face à ameaça que ele me fez, me limitei a chamar a fiscalização de trânsito. Mas, e se eu estivesse armado? Sei lá. Quem nunca teve vontade de dar um tiro num sujeito que, às três da manhã, passa com um som automotivo a todo volume debaixo de sua janela?

É por essas e por outras que peço para refletirmos bem, de forma desarmada, porque, se for armada, vai ser um tiroteio, pois o grande erro dos que defendem o armamento é pensar que quem não defende, não é capaz de puxar o gatilho.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

LOS CASOS DEL PITOMBA - Fugaré à Vista


Hoje, em causos do Pitomba, iremos relembrar um “pequeno infortúnio” que aconteceu lá no comecinho da oficina de nosso amigo pitombense. Na época aquele local era uma extensão do Cavern Clube do Pitomba, onde tudo era arquitetado e colocado em prática pela turma.

Mas, voltando o referido percalço, a coisa teria acontecido quando, numa ocasião em que trabalhava na referida oficina juntamente com um sobrinho, que por sinal era primeiro imediato, e a televisão de minha tia apresentou um defeito, rapidamente lá fui eu tentar vender nosso peixe, procurando fazer aquele super merchandising da oficina.

Na época, minha tia estava acostumada com outro técnico, mas, devido à minha insistência, consegui enfim convencê-la, ou seja, conserto rápido, técnicas novas, bons preços, etc. Foram apenas algumas das muitas justificativas que apresentei para mostrar que, se ela optasse por nós, seria o melhor negócio. E assim foi!

Até então, e como de costume, tudo havia ocorrido na mais perfeita harmonia, pois já havíamos pegado a televisão, feito o conserto e entregado em tempo recorde. A TV ficou um espetáculo e tudinho além da expectativa e combinado

Já no outro dia, quando estava em casa tirando meu cochilo após o almoço, comecei a escutar uma movimentação estranha vinda da rua. Levantei imediatamente do sofá e, chegando até a varanda, o que mais se via era gente correndo em direção à casa de minha tia. Até aí nada de mais, se não fosse pelo simples fato de estar uma fumaceira danada saindo da janela e já com imensas labaredas de fogo quase alcançando o forro de madeira do quarto. Aí pensei: Danou tudo! E é na sala da televisão. Agora que o trem lascou de vez! Será? Não deu outra.

Com apenas um pulo, saltei o murinho da varanda e, chegando imediatamente ao local, só deu tempo mesmo de retirar a vovó de dentro do quarto. Isso sem antes, ao olhar pra trás,  ver a chegada de um visinho detonando seu extintor de incêndio naquele fogaréu. E que explosão! Quem poderia imaginar, naquela altura do campeonato, que o jato gelado do extintor, em contato com o tubo de imagem já aquecido, causaria tanto estrago. Perda total! Não sobrou um transistor sequer pra contar a historia. Pior, foi a fuligem de borracha que se espalhou pela casa e por muito pouco não intoxicando todos nós. Saímos tão chamuscados que parecia que estávamos trabalhando numa mina de carvão. Pra terem uma idéia, quase todos os cômodos tiveram que ser pintados novamente.

Mas tudo não teria passado de uma grande fatalidade e acúmulo de fatores, sobretudo ao se constatar posteriormente que um transformador de alta tensão havia entrado em curto, vindo a passar imediatamente centelhas para a caixa de madeira. Defeito este que não teria nenhuma relação com o anterior.

Já em casa, e bem mais calmo, pensei novamente: Deus escreve certo por linhas tortas, ou seja: e se eu tivesse passado Palum naquela caixa? Era um procedimento muito comum que fazíamos sempre nas caixas de madeiras das antigas TVS para combater os cupins, mas que também, por outro lado, era uma solução um tanto inflamável. E se assim fosse, meus amigos, não teria sobrado pedra sobre pedra, ou melhor, transistores sobre transistores.

Mas enfim, há mais de quarenta anos e sempre um passo a frente, lá está hoje a Grande Transtec, fruto de um trabalho confiável, mesclado a conhecimento, tecnologia, competência e acima de tudo inteligência de seu criador.

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

BELEZAS DA TERRINHA


BUNITA DIMAIS, SÔ.

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM CONTA UM CASO???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin


Fabiano Di Castro Cap Basílio...casa do meu amigo Davi Moreira?




CASOS CASAS & mistério???


ONDE FICA ESSA PAISAGEM???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Pitomba BLOG Essa NINGUÉM acertou: é um detalhe da fachada daquela linda casa em frente à Fábrica Santa Martha, do lado da Capelinha de Nossa Senhora Aparecida.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

VELHO É LIXO???



Eu sou um descrente da bondade humana. Diferente do filósofo Rousseau, que dizia que o homem nascia naturalmente bom, acho justamente o contrário. Quanto mais em contato com a natureza, mais dura, e áspera, a pessoa tem que ser.

Invoco como minhas testemunhas, ainda que só na memória, a figura dos nossos avós: eram homens e mulheres altivos, com a pele queimada pelo sol, rugas e veias pelo corpo, muitos deles gentis e de bom coração, MAS... quando eles diziam NÃO, era NÃO. E, o mais importante, TODOS escutavam. E respeitavam.

Não estou falando isso por saudosismo, do tipo “ah, no meu tempo é que era bom”. Não era! Eram tempos difíceis, preconceituosos, autoritários e até meio fanáticos.

Peraí, dirão, mas você reclama do autoritarismo e elogiou aquele “não é não”. E eu reitero mesmo o que eu falei, porque o “não é não” dos nossos avós tinha pouco a ver com autoritarismo, e mais relação com o RESPEITO que dedicávamos aos nossos velhos. Um respeito natural, que praticávamos porque acreditávamos que, por se tratar de pessoas mais vividas, tinham mais coisas a nos ensinar, mesmo que erradas. E respeitávamos também porque, como tinham uma mobilidade um pouco mais reduzida (nem todos), cedíamos o lugar, deixávamos que falassem primeiro e reconhecíamos as coisas que fizeram por nós e nossos pais.

Mas, com a nossa mania de querermos ser muito bonzinhos, os tais, os liberais, os bacaninhas, acabamos nos tornando péssimos avós. Primeiro, ninguém nos respeita, nem dentro nem fora de casa. Nos ofendem no trânsito (“sai da frente, coroa”), não cedem lugar no ônibus, desqualificam a nossa fala (“isso é coisa de velho rabugento”) e parece que somos os preferidos apenas dos assaltantes e das prostitutas no quinto dia útil.

Percebo, em conversas com meus colegas aposentados, que ocorre uma desqualificação cada vez maior com os velhos dentro de casa. Normalmente escolhidos para fazer pequenos serviços, são geralmente criticados, muitas vezes pelo cônjuge que fica em casa, pelos filhos e pelos netos. “Seu avô ainda não chegou com a carne?” “Deve estar jogando no bicho.” “Ele esquece a metade do que pedi”.

Mas nem tudo são críticas e reclamações. Há o momento em que todos se aproximam: “Vovô, você paga meu colégio este mês porque a mamãe está sem dinheiro?” “Papai, você poderia abastecer o carro porque eu vou viajar?” “Mamãe, você dá almoço pros meninos nesta semana?” E aquele inevitável: “Vó, deixa o cartão comigo no sábado à noite?”

Por isso, meu colegas e minhas colegas de idosidade, fiquem espertos!!! A vida do ponto em que estamos já não está tão longa assim. E há muito para se fazer: cantar, dançar, ler, sorrir, viajar e curtir. Ah, e ficar à toa. Tudo isso é tão natural, como as nossas rugas.

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

LOS CASOS DEL PITOMBA - A Lendária Urso Polar



Pasmem, mas, depois de quase sessenta e duas luas, estou ensaiando e me organizando financeiramente pra adquirir minha própria BATERIA!

Longe de aventuras mirabolantes, penso ser um excelente momento pra, depois de trinta e cinco anos, voltar a exercitar a coordenação motora, me reaproximar um pouco mais da música, e quem sabe até atrair alguns pares. Por sinal, nosso amigo Pitombense Márcio já foi logo se antecipando, e saindo na pole position, já adquiriu seu belo contrabaixo.

Interessante que, coincidentemente, o Pitomba acabou de completar no ano passado, quarenta e cinco anos de seus primeiros acordes.

Em função disso, não tive como deixar de lembrar nossos folclóricos ensaios ali no fantástico barracão do sr. Anginho e da inesquecível BATERIA URSO POLAR, nossa versão excêntrica da tradicional bateria PINGUIM.

Foi naquele barracão que fiquei, pela primeira vez, frente a uma bateria, se é que poderíamos chamar nossa nervosa URSO POLAR de bateria (bumbo, caixa, um surdo arqueado e um prato com arrebites). Pra ser sincero, acho até que eu ficava muito bem na fita, pois, não menos heróis, teriam sido também nossos guitarristas, que, além de cantarem num microfone de gravador e num aparelho de voz SEM caixa acústica, onde seus alto-falantes ficavam a passear nus pelo chão, tinham como guitarras, dois velhos violões com captadores elétricos. Se bem que aquele estranho chifre de boi, servindo de instrumento pra nosso ritmista, era algo também bastante inusitado.

Mas, voltando aos alto-falantes que ficavam passeando pelo chão, era hilariante quando, em função disso, tínhamos que, de tempos em tempos e devido às trepidações, puxá-los de volta pelo próprio fio.  Por sinal, nosso aparelho de voz valvulado de nome A 100 NADA e os pedestais ZEBRAS eram também nossas versões tupiniquins dos famosos amplificadores A100 da Giannini e dos pedestais GIRAFAS.

Ah! Já ia me esquecendo que ainda existia um contrabaixo e um pequeno amplificador que pegávamos emprestado às escondidas do conjunto da Nely.
Pra finalizar, não poderia deixar de citar que algumas lâmpadas coloridas de natal e uma estroboscópica caseira feita de lâmpada fluorescente completavam nossa mega e possante aparelhagem.

Mas, voltando à lendária URSO POLAR ratifico que A PRIMEIRA BATERIA A GENTE NUNCA ESQUECE.

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


LEITORES DO FACE PEDIRAM: VAMOS CONTAR EMOÇÕES DESSA RUA!

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Dulcinea Ferreira Rua do buraco e no final a igreja Santo Antonio,dificilmente passava nesta Rua,acho que só nas festas de Santo Antônio.

ESSE LARGO QUE EU NÃO LARGO


ESTREIA!!! NOVA SEÇÃO DO BLOG!!!

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

CASOS CASAS & mistério???


QUE LUGAR É ESSE???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Afonso Arvellos Entrada da igreja Matriz

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

QUAL PÁSSARO É A NELY GONÇALVES???



Conheço Nely Gonçalves                                                    
de antigos carnavais:                                                     
estrela de São João                                                                                                        
sucesso em Minas Gerais.                                             
A marchinha é o seu hino                                            
bolero o seu destino,                                                      
mas toque lá o que for                                                  
a morena abre o peito                                                  
e com seu canto perfeito                                             
é um passarin cantador.

Mas qual ave exatamente
seria a nossa artista?
Pedimos aos companheiros
que fizessem uma lista,
nos bares e nos batuques
instagrams, facebooks
e mídias que há por aí:
vamos ter um papo sério
e esclarecer o mistério
que pássaro é a Nely?

Seria um trinca-ferro
como o que ela tem em casa
Um sabiá laranjeira
ou saracura sem asa?
Um pardal pé-de-chinelo
um pica-pau amarelo
curió ou beija-flor?
Melro, bicudo, inhambu
ararinha, tuiuiú
Ou um martim-pescador?

Mas ao ouvir a cantora                                               
numa música à capela                                                      
vemos: nada se compara                                                         
não existe outra mais bela.                                                      
Podem levar o alpiste!
                                                           sebo, bem-te-vi,
Mas, se a ave não existe                                                 maria-preta-bate-rabo
vamos criar uma então:                                                             
colocar no dicionário                                                        
que a Nely é um CANÁRIO
DA TERRA DE SÃO JOÃO.

Cordel: Jorge Marin
Foto   : Facebook da Nely

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

LOS CASOS DEL PITOMBA - A Reunião da Junta



Certa vez, mais precisamente em 1972, estávamos precisando ensaiar para tocar no Ginásio do Sôbi, e não havia disponível na cidade uma mísera bateria para ser emprestada! Aí alguma pessoa brilhante, que a modéstia nos impede de revelar, teve a feliz ideia de ir à casa de um senhor pastor evangélico pedir a ele o referido instrumento, por um ou dois dias. Sabíamos de antemão, claro, depois de uma minuciosa pesquisa de campo, que em sua igreja haveria um desses instrumentos, encostado.

Dois membros do conjunto foram escalados para fazer o pedido oficial nessa difícil missão, sendo um deles o pobre baterista que aqui vos fala, e o outro o Suveleno, que na oportunidade teria sido designado também como chefe da delegação. Ainda antes, ficaríamos horas na oficina, somente para ensaiar como iríamos nos proceder.

Chegou o esperado momento e fomos recebidos pelo pastor em pessoa que, educadamente, convidou-os para entrar. 

Ao sentarmos na sala, já tomados pela ansiedade, fomos fazendo, de cara, o nosso pedido. E o pastor, sem demonstrar nenhuma surpresa, mas também sem fazer nenhuma referência àquela bizarra solicitação, iniciou uma pregação que parecia não ter mais fim. Ouvimos do Gênesis ao Apocalipse, passando pelos Provérbios e Evangelhos, numa mistura que parecia uma novela da TV Record atual. Aonde é que o pastor queria chegar? Parece que ele mesmo não sabia! 

Enquanto isso, sorríamos e lançávamos olhares angustiados porém atenciosos, enquanto, no íntimo, perguntávamos a nós mesmos: e a bateria, sai ou não sai? Já havíamos tomado umas dez xícaras de café, o que dava pra assistir umas três sessões-coruja seguidas. 

Já haviam se passado quase duas horas, e o desespero e o arrependimento já começavam a nos abater. Estávamos até começando a escorregar pelo sofá, quando, finalmente, nosso pregador afirma que, para nos dar a resposta, teria que REUNIR A JUNTA. 

─ Reunir o quê? ─ perguntamos, mas, naquela altura do campeonato, qualquer sacrifício era válido enquanto o sermão continuava.

Após uma homilia que beirou ao exorcismo, saímos, fatigados em completo estado de graça, mas... sem a danada da bateria.

Inconsolados, desesperançosos, mas pelo menos purificados, dali mesmo, e já colocando em prática o plano B, seguimos em direção ao Beco das Flores rumo a casa de nosso amigo e grande baterista Carlos Mauro, que gentilmente, e diga-se de passagem, com muita coragem, veio a nos ceder, pelo menos para o baile, sua bateria.

Quase cinquenta anos se passaram, e até hoje esperamos por uma resposta, que seria dada no mesmo dia, ou seja, logo após a realização a tal REUNIÃO DA JUNTA. Aleluia!

Crônica: Serjão Missiaggia
Foto     : acervo do autor

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

BELEZAS DA TERRINHA


MUITO GARBOSA!

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM CONTA UM CASO DESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Dulcinea Ferreira Fica na subida da Matriz,Pertenceu a família Verardo, hoje funciona o escritório do Demerval.
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Beth Itaborahy Onde morou Dona Pina Verardo.

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL