segunda-feira, 30 de abril de 2018

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


QUEM SE LEMBRA DE EMOÇÕES VIVIDAS AQUI???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Márcio Velasco Rua Governador Valadares, a esquerda a Prefeitura, a direita a Padaria do Popó e mais adiante o Centro Cultural. Ao fundo, a Rodoviária.

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SE LEMBRA DE ALGUM CASO VIVIDO NESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Dorinha Barroso Missiaggia Missiaggia Está casa fica na rua Comendador João Medina, 334, mais conhecida como Rua do Buraco, onde vivi momentos mais felizes da minha infância e pedaço da adolescência.
Ela sofreu algumas modificações, mas as janelas são as mesmas , onde nosso cachorro Lobo adorava ficar recepcionando quem ali passava.

CASOS CASAS & mistério???


ONDE FICA ESSA FACHADA??? QUEM SABE???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Maninho Sanábio Acho q essa casa fica perto da loja do Didi da Valdan

sábado, 28 de abril de 2018

#PITOMBA BLOG 9 ANOS - NÓS ACREDITAMOS EM DISCOS VOADORES!!!


Hoje o Blog está completando 9 ANOS.

Trouxemos de volta, na quarta e quinta passadas, uma de nossas crônicas mais épicas, o Disco Voador, em que o Serjão conta o caso – verídico – de como estávamos completamente convencidos de que um veículo estacionado no pasto, com luzes acesas, tratava-se de disco voador.

—Mas vocês acreditavam MESMO em discos voadores? — perguntam.

Nesta semana, por coincidência, o texto havia sido levado pelo meu filho para uma interpretação numa aula de Português, e o professor brincou que, para ter essa crença, teríamos “tomado todas”.

O pior é que... NÃO tomamos. A história é 100% verdadeira e a CRENÇA igualmente verdadeira.

E é aqui, nesse ponto, que vou revelar um dos SEGREDOS mais bem guardados do Blog: nós ACREDITAMOS.

Por exemplo, nos anos 70s, todos os jornais traziam notícias de discos voadores, todos os programas de TV falavam de discos voadores, muitos filmes apresentavam histórias de discos voadores. Então, era mais do que natural que acreditássemos naquelas notícias todas. Porque, pensem bem no que vou dizer, os discos voadores EXISTIAM naquele tempo! Pelo menos, no discurso das pessoas.

E aí vem aquela questão: nós acreditamos nas coisas porque elas existem ou elas existem porque acreditamos?

Acreditávamos em coisas hoje risíveis, além de discos voadores, como: viagens interplanetárias até o ano 2000, virgindade antes do casamento, imprensa imparcial, amor para sempre, almas gêmeas e até na bondade dos Estados Unidos.

Com o passar do tempo, e muitas decepções, e estudos, e racionalizações, alguns de nós começamos a descrer de TUDO. Quando voltei aqui para a região, eu estava nessa situação, de duvidar de tudo e de todos.

Foi quando tive a alegria, verdadeira bênção, de receber correspondência do amigo Serjão convidando para escrevermos juntos as histórias nas quais sempre ACREDITAMOS. Nascia o Pitomba Blog.

Hoje, passados 9 anos, só tenho a agradecer. Ao Serjão. Aos nossos 4.000 amigos no Face e 870 curtidores, que acreditam em nosso trabalho. Obrigado pelas mais de QUATROCENTAS E DEZESSEIS MIL VISITAS. Obrigado por me fazerem acreditar. Na amizade. E na vida!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : disponível em http://www.sementesdasestrelas.com.br/2014/01/federacao-galactica-mestres-ascensos_15.html

quinta-feira, 26 de abril de 2018

O DISCO VOADOR - CAPÍTULO FINAL



Para o campo de aviação seguimos novamente, decididos a bater de frente com os hominhos verdes. Era tudo ou NASA, digo nada! 

Tivemos que fazer três ou mais tentativas para subir com todo aquele peso o morro da antiga zona. A Vemaguet, gemendo a cada tentativa, deixava para trás um imenso rastro de fumaça e um insuportável cheiro de óleo queimado. Mesmo assim, no intuito de aliviar o peso, ninguém no meio daquela parafernália se aventurava a descer, receando, talvez, ser DEIXADO PARA TRÁS.

Após algumas tentativas, conseguimos enfim, e mais uma vez, chegar ao campo de aviação. Enquanto aquela coisa permanecia ainda no mesmo lugar, parecendo sempre a nos desafiar, após uma primeira observação com o auxilio de uma pequena luneta, começamos a traçar o plano de abordagem. Foi naquela hora que o mestre astrônomo, bastante surpreso e assustado com aquela visão, começara a encarar a coisa com mais seriedade. 

De imediato, pedindo a palavra, foi logo dando algumas recomendações táticas. Coisas do tipo “se acaso OVNI se mexer, procurar manter a calma e, se possível, ninguém correr”. A seguir, ordenou para que os mais jovens fossem caminhando fora do carro, ou melhor, andando silenciosamente atrás dele. Na Vemaguet, seguiriam somente ele e o motorista que, por sinal, para a infelicidade sua, era o mais desconfiado de todos. E lá fomos nós, caminhando lentamente, passo a passo, AO ENCONTRO DO DESCONHECIDO. 

Naquela escuridão, entre medos e arrepios, só ficávamos a escutar o clicar da máquina fotográfica que, a cada segundo, era disparada pelo amigo astrônomo. Enquanto uma suave brisa batia em nossos rostos, a cada metro que avançávamos, o medo aumentava, sempre mais e mais. Chegou ao ponto de nossa adrenalina estar tão alta, que qualquer movimento ou barulho em falso, por mais simples que fosse, seria o suficiente para detonar uma reação em cadeia, que nem mesmo os irmãos alienígenas saberiam contornar. Seria, uma reação tão desastrosa e imprevisível, que possivelmente, em questão de segundos, despencaria gente para tudo enquanto é lado. O mestre astrônomo, coitado, teria que se virar sozinho, pois, certamente, ficaria abandonado dentro do carro, a mercê dos possíveis ET’s ou mesmo de quem fosse. 

Foi naquele exato momento que nosso motorista, articulando intimamente a possibilidade de outra retirada de emergência, foi logo pedindo que todos entrassem novamente dentro da Vemaguet. O Velho Mestre, não gostando em nada da ideia, ficava a resmungar insatisfeito, dizendo que estava muito abafado, e que não caberia tanta gente dentro do carro. Enquanto resmungava, simplesmente era espremido e sufocado num canto do banco dianteiro da Vemaguet.

Após todos entrarem, nosso motorista, como era de se esperar, afundou novamente o pé no acelerador e, para nossa surpresa e desespero, nos lançou a toda velocidade, AO ENCONTRO DO OVNI!!! Talvez quisesse, de uma vez por todas, acabar com aquela angustiante e interminável tortura e ansiedade. A GRITARIA era geral, e nossos olhos, cada vez mais fixos e arregalados à frente, viam aquele objeto cada vez mais se aproximar. A Vemaguet, de tanto peso e velocidade, começou a cheirar queimado e a tremer sem parar, dando inveja a muito ônibus espacial reentrando na atmosfera. Ela, a Vemaguet, tremendo por fora, e nós tremendo de medo por dentro.

Enquanto isso, a coisa foi se revelando aos poucos. Faltando uns 20 metros para o final da pista, nosso comandante e motorista acelerou ainda mais.  Era tudo ou nada! Uns gritavam, outros tampavam os olhos, alguns até cantavam... Teve gente até se abraçando pra não chorar.

Faltando ainda uns 10 metros, fizemos uma curva superperigosa à direita e, passando igual a um foguete pelo local, tivemos apenas alguns segundos para visualizar. A velocidade era tanta, que, enquanto íamos, já estávamos voltando. O tempo de observação foi mínimo, mas suficiente para começar a nos revelar o tão esperado MISTÉRIO...
Foi quando alguém sentado no banco de trás manifestou-se naquela confusão, fazendo a mais inesperada das observações:
-       Hiiiiiii!!!!!! Tem placa... E acaba com nove!
-       Tem o quê??? - gritou o velho astrônomo.
-       Sei lá! Acho que foi ilusão de ótica! - retrucou um de nós!
-       Com placa ou sem placa, não sou eu quem vai voltar pra ver! – bradou o nosso motorista, batendo em retirada a uns cem por hora. 

Daí pra frente, creio que vocês já imaginam. Diante de uma decepcionante, mas aliviada surpresa, o que aconteceu, realmente, é que nos deparamos, frente a frente, com uma KOMBI, isto mesmo!!! UMA KOMBI!!! Estava ela há mais de duas horas estacionada naquele lugar, de luz acesa. Provavelmente, um casal de namorados que, certamente alheios e indiferentes a tudo e a todos, tranquilamente se amavam. Do lado de fora, ao relento, é que a coisa realmente pegava fogo, pois alguns lunáticos malucos corriam desenfreadamente, atrás do nada, para chegar a lugar nenhum. 

Vendo de que realmente se tratava, nossa decepção foi tanta, que um profundo silêncio tomou conta de todos naquele momento. Ninguém falava nada e muito menos olhava para o outro. Enquanto a Vemaguet ia, aos poucos, perdendo velocidade, já se podiam escutar algumas tímidas risadas. 

O velho astrônomo, ainda mais decepcionado e pulverizado de poeira, tossindo sem parar, não mexia um único fio de cabelo. Estático, olhando duro para frente, com a cabeça branca de sujeira, resmungava baixinho, algumas palavras, que mais pareciam:
- ME DEIXEM EM CASA POR FAVOR!  

Imagino que, provavelmente, seus pensamentos, naquele instante, eram de absoluta e profunda preocupação. Acaso uma notícia dessas vazasse, seria para ele um verdadeiro escândalo, principalmente perante seus colegas e antigos alunos da comunidade científica brasileira. Imaginem... PROFESSOR, CIENTISTA E ASTRÔNOMO SAIU DE SUA CASA À NOITE PARA FAZER CONTATOS IMEDIATOS COM UMA KOMBI. E o subtítulo: NA RETAGUARDA, SEGUIU COM ELE UM BANDO DE RAPAZES MALUCOS QUE NÃO TINHAM O QUE FAZER”. Coitado!!! 

Quando o levamos para casa, era de dar pena, pois, assim como nós, estava de poeira da cabeça aos pés. Quando tirou os óculos para limpá-lo, havia até um círculo branco em volta de seus olhos. Sem dar uma única palavra, e sem mesmo olhar para trás, foi rapidinho entrando pelo portão, amparado pelo filho. Mais tarde é que ficaríamos sabendo que ele, na verdade, achou tudo o maior barato e que tinha se divertido bastante. 

Na realidade, éramos nós que, para ele, NÃO FAZÍAMOS PARTE DESTE MUNDO (palavra de astrônomo).

Para finalizar, ainda teríamos uma última surpresa, pois nosso amigo astrônomo, após revelar os negativos, observou que não saiu absolutamente nada. Interessante que ele era extremamente hábil e experiente em fotos de altíssima dificuldade e precisão. Entre os mais místicos, o MEGAEFEITO MAGNÉTICO da nave teria levado as fotos a se queimarem, e o que houve mesmo, naquela noite, foi a MATERIALIZAÇÃO do objeto voador não identificado em uma KOMBI. 

Crônica             : Serjão Missiaggia
Foto-montagem: Jorge Marin

quarta-feira, 25 de abril de 2018

O DISCO VOADOR



NESTA SEMANA EM QUE O BLOG ESTARÁ COMPLETANDO NOVE ANOS, IREMOS RELEMBRAR EM DOIS CAPITULOS, AQUELA QUE FOI A AVENTURA MAIS FASCINANTE QUE VIVEMOS, OU SEJA, NOSSO CONTATO (QUASE)

                                   O DISCO VOADOR

Interessante como o tempo foi passando assim tão rápido para, num piscar de olhos, percebermos que já se foram quase QUARENTA E CINCO ANOS da aventura mais famosa e mística do Grupo Pitomba. Uma história já contada aqui no Blog, que iremos relembrar agora em função dessa data tão significativa, e também pelo aumento considerável de amigos que fomos adquirindo desde sua última postagem. Devido ao tamanho do texto original, tentarei ser o mais sucinto possível, mas, devido aos inúmeros detalhes, terei mesmo que fazê-lo pelo menos em dois capítulos.

Mas, ainda antes de começar a narração desse nosso misterioso contato sobrenatural, abrirei um pequeno espaço para uma reverência especial a cada um dos componentes do Pitomba. Isso porque o grande diferencial do grupo sempre foi a sincera amizade que nos unia. Fosse onde fosse: no colégio, nos esportes, em viagens, por detrás de alguma experiência maluca, ou, simplesmente, pra testar alguma nova invenção. Era dia, era noite, no palco ou fora dele, lá estávamos nós, com aquela alegria e muito humor que, por sinal, era nossa principal característica.
      
Pois bem... Foi numa dessas noites do passado que começou nossa história, aonde fatos abracadabrantes, e até de certa forma cômicos, vieram a acontecer. Tudo começou por volta de 21 horas de uma noite fria de meio de semana, quando alguns componentes do grupo combinaram sair a passeio, com a velha Vemaguet de nosso guitarrista e também comandante da tropa. Após percorrermos, por várias vezes, os mesmos lugares da cidade, e, já cansados da rotina, resolvemos então voltar para casa. Foi quando, naquele instante, alguém teve a infeliz ideia de irmos até o trevo para curtirmos um pouco mais aquela noite. E para lá seguimos...
     
Logo que chegamos, de imediato fomos estacionando a Super-Vemaguet debaixo de uma árvore, e, num canto privilegiado do lugar, enquanto íamos ligando o toca-fitas também, procurávamos ir abrindo as portas, para que saísse do interior do veículo aquele cheiro de óleo queimado que seu motor sempre exalava. A noite estava linda, porém um pouco escura, já que não havia lua naquele momento. Vagalumes passeavam ao nosso lado sem cessar, enquanto admirávamos o céu infinitamente estrelado e acolhedor.
      
De repente, quando ninguém estava esperando, eis que nosso vocalista, sentado no banco traseiro, solta um tremendo pulo e começa a entrar em desespero. Olhando justamente para o lado do campo de aviação, extremamente confuso e assustado, ficava, aos gritos, apontando o dedo para o referido local, tentando nos dizer alguma coisa:
- HAHAHALÁ!!!HAHAHALÀ,
- QUE É AQUILO LÁ EM CIMA!!!?
- HÉHÉHÉ!!! UM DISCO VOA...!!!

No susto, nosso motorista-guitarrista e também chefe da delegação, ainda mais apavorado, mesmo sem saber o que estaria acontecendo, foi tentando, de qualquer maneira, ligar a bendita Vemaguet que, para variar, não dava partida e muito menos ia para frente e nem para trás. Alguns de nós tentávamos em vão empurrá-la, enquanto a maioria procurava mesmo era esconder atrás do que encontrava pele frente.

Pensei seriamente, naquele momento, em sair correndo para a fazenda Santa Fé, mas, naquela escuridão, provavelmente os cachorros é que iriam correr atrás de mim. Nosso saudoso baterista ficou estático na poltrona de trás e mal se mexia. Tremendo, e de olhos arregalados, dizia que não gostava dessas coisas e que nem iria olhar. Na realidade, ele ficava mesmo era analisando a reação de cada um de nós, para ver em qual situação de fuga se enquadraria melhor.



Naquela hora, o que nos restou foi respirar fundo, unir nossos medos e encarar a situação de frente. Procuramos, num breve pacto de lealdade, nos conscientizar que poderia ter o destino nos reservado aquele momento, que, com certeza, seria único em nossas vidas. Chegamos até a viajar com a imaginação, vislumbrando as possíveis notícias que circulariam em todos os jornais, ou seja, nossos retratos, estampados em primeira página, destacando a mais espetacular manchete: "Primeiro contato imediato documentado e fotografado do Brasil”.
     
Mas, enquanto nos consolávamos nesse pensamento, procurávamos imaginar alguma coisa que pudéssemos fazer de momento. Tendo em vista que o objeto permanecia imóvel, passivo, parecendo sempre nos observar, resolvemos, numa breve reunião (sem unanimidade), dar uma ida até lá em cima e checar, do outro lado do campo, do que realmente se tratava. 

Subindo pelo morro dos Marimbondos, procurávamos ter o cuidado de não perder de vista aquelas janelinhas iluminadas e misteriosas que ficavam a brilhar lá no alto. Na época, era tudo bem mais deserto, pois carros somente passavam vez ou outra. Não havia uma única casa no meio do caminho, e muito menos uma santa alma que pudesse descontrair e compartilhar conosco o momento. A Vemaguet mais parecia uma peneira furada, pois, enquanto subia engasgando morro acima, a poeira nos sufocava e nos pintava de amarelo.

Quando lá chegamos, vimos que pouca coisa havia mudado, e que a nossa visão do objeto continuava a mesma. Dessa forma, só na tocaia e observando ao longe, ficamos por um bom tempo. Nós de uma extremidade do campo e aquela coisa do outro. Foi aí, exatamente naquele instante, que começamos a sentir que somente com uma arriscada aproximação poderíamos ver melhor. Na realidade, nem sei se alguém era mesmo a favor de alguma coisa, pois o que sentíamos, com certeza, é que uma força sobrenatural e impulsiva nos levava sempre a seguir adiante. Foi o que fizemos!

Nosso comandante e motorista achou por bem fazer a aproximação de traseira, ou seja, de marcha à ré, pois, segundo ele, diante de uma possível retaliação dos ET’s, teríamos mais agilidade para, numa possível fuga de emergência, já estarmos apontados para frente. E assim foi.
    
À medida que, passo a passo, fazíamos a aproximação, nossa adrenalina ficava a mil e o coração batia cada vez mais forte. Após percorremos mais ou menos uns 50 metros, nosso comandante, ameaçando um pequeno descontrole emocional, soltou um grito de pavor e afundou com toda força o pé no acelerador. Como já estávamos avançando de traseira, ao invés de batermos em retirada saímos mesmo foi enfoguetados de marcha-ré ao encontro do desconhecido. Foi aí que, fazendo uma incrível curva de traseira, num ângulo de quase 180 graus, por muito pouco não fomos jogados montanha abaixo, bem em cima da antiga sede do Tiro de Guerra. Saímos numa velocidade que só Deus sabe e somente obtida porque a Vemaguet estava morro a baixo. Foi quando alguém ainda teve a petulância de gritar pela janela: PEGA NÓIS SE FOR CAPAZ!

Uma nuvem sufocante de poeira foi tomando todo o interior da Vemaguet, enquanto a cabeleira black power de nosso baterista ia se destacando ainda mais no escuro, parecendo um turbante amarelo. Descendo de lá igual a um foguete, passamos pelo centro da cidade, ante os olhares curiosos de algumas pessoas que ainda se encontravam na praça. A partir daquele momento, já começávamos a deixar a população com a pulga atrás da “oreia”, pois já deveriam ser umas onze da noite. Naquela época, as coisas eram bem diferentes, sendo que qualquer zum-zum-zum naquele horário era motivo pra despertar uma baita atenção.

Foi naquele exato momento que resolvemos então seguir para o Observatório Astronômico local e chamar nosso saudoso amigo, profundo conhecedor desses assuntos. Para lá nos dirigimos...  Ao chegar à sua casa, enquanto ficávamos, de dentro do carro, a chamar pelo seu nome, procurávamos, por precaução, manter o motor da velha Vemaguet ligado. Ele, de imediato, apareceu na janela com o rosto todo pintado com uma pomada para espinhas, pulou mais que depressa o murinho da varanda e, sem mesmo limpar a cara, entrou rapidamente na Vemaguet. Saímos velozmente passando mais uma vez na praça, aos olhares curiosos de pessoas que nada entendiam o que estava acontecendo.


Seguindo primeiramente para o trevo, fomos tentando refazer todo o trajeto novamente. Logo que lá chegamos, observamos que a situação continuava a mesma. Nosso astrólogo, muito impressionado com aquela visão, começou a comandar uma verdadeira operação de guerra. Imediatamente, pediu ao nosso comandante e motorista que subisse com o carro no canteiro e, com a frente virada para cima, apontasse os faróis em direção ao morro. Enquanto ficava a nos dar uma pequena aula de boas maneiras e de como ser bons anfitriões, pedia, insistentemente, que os faróis fossem sendo piscados ininterruptamente em ritmos alternados. (Provavelmente, seria um código, que somente, ele e os irmãos alienígenas conheciam!).
    
Num clima sinistro e de dar arrepios, sentimos que aquela aventura começava mesmo é a ficar cada vez mais séria. Vendo que a coisa parecia não estar nem aí pra gente, e sentindo que uma aproximação mais delicada seria inevitável, resolvemos chamar então o pai do nosso amigo astrônomo, que, com seus 80 anos, ouvindo mal e andando com dificuldades, iria, com sua imensa experiência e sabedoria, nos ajudar bastante no front. Isto pra não falar também que se tratava de uma pessoa respeitadíssima na comunidade cientifica brasileira, principalmente depois de ter sido o primeiro astrônomo do Brasil, ou do mundo, a fotografar um cometa.

E lá, fomos chamá-lo, subindo novamente, a toda velocidade, o morro da Matriz. Algumas pessoas que ainda estavam na praça só faltavam se jogar na frente do carro, tamanha a curiosidade. Já haviam se passado umas duas horas e, num intenso sobe e desce de morro, chegamos novamente à casa do mestre astrônomo. Para nossa surpresa, eis que surge ele na varanda e, de pijamas e touquinha na cabeça, foi logo nos dizendo de imediato:
- EU VOU, MAS SE NÃO FOR NADA, VOCÊS ME PAGAM! NÃO GOSTO DE PERDER MEUS FILMES!     

Enquanto isso, a velha Vemaguet ia sendo entupida com lunetas, pedestais, câmeras, bússola, biscoitos, facão, cantis com água, mais facão, uma barraca do exército e aparelhos estranhos que nós mesmos nem conhecíamos. Já não cabia um fio de cabelo dentro do carro e alguns tiveram até que ir sentados no colo dos outros. A movimentação era tão intensa, que não havia uma única casa no largo da matriz que não estava com pessoas na janela. Espantados e curiosos, pareciam premeditar que coisa não muito boa estaria para acontecer.

Como se não bastasse, além da cabeleira de nosso baterista que ficava a pinicar minha orelha, e uma enorme luneta que espremia a ponta do meu nariz, ainda tive que ir sentado em cima de uma coisa estranha, possivelmente um daqueles facões. E lá fomos nós novamente ao campo de aviação, desta vez decididos a ficar frente a frente com os irmãos alienígenas. Era tudo ou nada, ou seja, “nóis” ou eles!

AMANHÃ CONTAMOS O RESTO

Crônica             : Serjão Missiaggia 
Foto-montagem: Jorge Marin   

segunda-feira, 23 de abril de 2018

BELEZAS DA TERRINHA


FORÇA E LUZ E FLORES

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE ALGUM CASO SOBRE ESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin


Andrea Itaborahy Fica na Avenida Carlos Alves depois do antigo mercado do Sr João Magalhães.


Fabiano Di Castro É onde eu moro serjao! Só agora vi essa foto...hahaha

CASOS CASAS & detalhes???


QUE LUGAR É ESSE???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Maninho Sanábio Fachada da Santa Marta

sexta-feira, 20 de abril de 2018

A MUNICIPALIZAÇÃO DO TRÂNSITO



Assistindo, pela Rádio Difusora, à entrevista dos responsáveis pela implantação da municipalização do trânsito em São João, algumas questões
me vêm à mente: será que nossa cidade dará conta de ser integrada ao Sistema Nacional de Trânsito, face às nossas peculiaridades, à nossa cultura e até mesmo pela falta de demanda da comunidade ou pela carência de condições técnicas e financeiras?

Ao mesmo tempo, perguntamo-nos igualmente por que uma determinação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) de 1998, ou seja, de 20 ANOS, até hoje não foi cumprida?

Como se trata de um modelo padronizado, que é adotado indistintamente tanto por São João quanto por São Paulo, é de se esperar alguns traumas e a necessidade de algumas adaptações para acomodar nossas características.

Para isso, entendo seja fundamental a participação de TODOS: não vejo a municipalização do trânsito como uma COISA que vai ser construída pelo capitão Felipe e equipe, e entregue como uma pizza. É preciso que os condutores, os pedestres, os transportadores possam dar o seu pitaco, caso contrário, os trabalhos se transformarão num chororô, num mar de conflitos e num desgaste político sem fim.

De qualquer maneira, vejo a integração ao SNT como uma excelente oportunidade para adotar uma série de atribuições, como, por exemplo, a FISCALIZAÇÃO. Esta é fundamental, a princípio, para contribuir para o RESPEITO às regras de trânsito pelos usuários, com a consequente penalização aos infratores e, o que é mais importante para a cidade, ARRECADAÇÃO de multas.

Neste aspecto, não posso deixar de comentar uma passagem da entrevista que me preocupou: indagado sobre a POLUIÇÃO SONORA, o responsável, talvez focado mais no gigantesco trabalho a seguir, afirmou ser atribuição da PM pois tratava-se de decibelagem etc. É importante dizer que este assunto é, sim, também da competência dos agentes de trânsito e que independe de qualquer tipo de medição conforme a resolução Contran 624/2016, bastando que o som seja audível do lado de fora do veículo. A multa é R$195,23 e 5 pontos na carteira.

Tão ou mais importante do que fiscalizar e punir, a integração ao SNT prevê a educação no trânsito, que tem a possibilidade de causar mudanças positivas no comportamento dos condutores, além de prepará-los para lidar com situações e correções de atitude frente ao tráfego.

Finalmente, uma constatação assustadora: segundo informações da Administração Fazendária Estadual, São João possui 11.734 veículos emplacados, o que dá quase um carro para cada duas pessoas. Se não organizarmos essa massa de veículos, não educarmos as pessoas e não corrigirmos, a cidade para. Então, que venha a municipalização!

Crônica: Jorge Marin

quarta-feira, 18 de abril de 2018

O MURIM DO ADIL


Um point interessante da rapaziada na década de setenta era o famoso MURIM DO ADIL. 

Juntamente com a Sinuca do Cida, era local predileto e estratégico, não somente para uma boa prosa como também para observação. Uma verdadeira guarita que nos proporcionava uma visão privilegiada de tudo que acontecia na Pracinha do Coronel ou daqueles ou daquelas que estariam fazendo o quarteirão.

Como algo instintivo, sem que percebêssemos, quando víamos já estávamos parados ali. E por ali ficávamos sentados por horas.

Muito comum alguém marcar um encontro dizendo: vamos nos encontrar frente ao murinho do Adil. Por sinal, pouquíssimas meninas se aventuravam a permanecer ali, sendo que, para os rapazes, o local se transformava numa verdadeira arquibancada. Dali, tudo se via, principalmente quando elas passavam.

Futebol, música, cinema e, claro, as mulheres, eram os assuntos preferidos, onde, num ambiente agradável, leve e descontraído, víamos o tempo passar num “piscar de olhos”.

O local tem passado por varias transformações e, como podemos observar a imagem que vem ilustrando esta postagem, sentar no murinho neste período, ficaria meio desconfortável. E como!!!

Crônica e foto: Serjão Missiaggia

segunda-feira, 16 de abril de 2018

SE ESSA RUA FOSSE A MINHA


AQUI ROLOU MUITA EMOÇÃO. QUEM VAI CONTAR A PRIMEIRA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Jose Maria Campos Sim , praça dr. Augusto Gloria , em frente ao Botafogo . Havia ali uma ou duas arvores frondosas . Joguei muita bola de gude sob suas copas

TODA CASA TEM UM CASO


QUEM SABE ALGUM CASO DESSA CASA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Rená Noronha É a casa da d.Zizinha,do sr. Deco,na avenida Carlos Alves???????

CASOS CASAS & mistério???


QUEM EXPLICA ESSA GERINGONÇA???

Foto de hoje: Serjão Missiaggia
Trat.imagem: Jorge Marin

Maninho Sanábio isso ai é uma maquina de gráfica kkkkkk

sexta-feira, 13 de abril de 2018

POLÍTICOS E IDIOTAS



Depois de um longo e tenebroso inverno, venho eu passeando pelas ruas do bairro com a camisa gloriosa do meu Botafogo, quando sou cercado por um “arrastão” de aposentados que, assim como eu, adoram jogar conversar fora e falar mal dos outros.

A princípio, pensei que iriam me congratular pela conquista do campeonato carioca ou fazer aquela piadinha ridícula sobre o cheiro de naftalina, mas aqui o assunto foi outro. Mais sério. Eles vieram me zoar, e me cobrar, porque o “meu candidato” foi preso.

Antes de continuar, quero esclarecer que, embora sejam termos fora de moda, ainda me apego muito nos conceitos de “conservador” e “progressista”, no qual me defino sempre como progressista (que, normalmente, é associado à esquerda). E isso por quê? Porque considero que a situação aviltante em que se encontram os cidadãos, principalmente os idosos e aposentados, não é algo que se queira CONSERVAR. Daí que jamais me considero conservador, como os meus (muy) amigos se definem.

Hoje, aos sessenta anos, sou uma pessoa bem mais prática. Assim, ao invés de explicar que, pelo fato de defender ideias ditas esquerdistas, não tenho que seguir nenhum tipo de cartilha, resolvo, simplesmente, olhar para todos eles e, com ternura, dizer:
- Meus companheiros, por que vocês não vão para a pqp? - E aí saem todos assustados com a minha reação. E ainda me chamam de antidemocrático, pois, como se afirmam apolíticos, dizem não entender como uma pessoa como eu pode ter posições políticas.

E é sobre isso que eu quero falar. Sobre a política. Hoje achamos que a política é uma forma de criticar o outro. Se me identificam como “petralha”, recebo (recebi de verdade) dezenas de gozações e xingamentos quando o Lula foi preso. Se, por outro lado, sou conservador, que hoje chamam de “liberal”, me chamam de “coxinha”, “zumbi da Rede Globo” ou coisas do tipo.

Na Grécia Antiga, o suposto berço da democracia, esta se referia à vida boa na cidade (polis), e os cidadãos que se preocupavam e trabalhavam pelo bem-estar de suas comunidades eram chamados de politikos, ao passo que aqueles que se diziam apolíticos e estavam preocupados apenas com as suas vidas eram chamados de idiotes, porque focados no eu (id).

Dessa forma, sou, sim, um político, pois a única preocupação que tenho na vida é o bem-estar, meu, da minha família, dos meus vizinhos, da comunidade em que vivo. E não é só da boca pra fora, ou do mimimi, ou do cochicho atrás da porta. Se tiram o ônibus do bairro, imediatamente vou até o Secretário de Trânsito e questiono. Se querem barrar uma lei que é boa para os cidadãos, vou lá na Câmara dos Vereadores e a defendo.

Porque, enquanto ficarmos aqui pelas ruas, botecos e facebooks, nos acusando de ser comunistas ou nazistas, uma quadrilha faz o que quer da nação e, se continuarmos nessa lengalenga odiosa, uns contra os outros, isso também vai acontecer em nossas cidades. Daqui a pouco, chega a eleição e, distraídos com nossas guerrinhas de ego, acabamos engolindo os mesmos sapos de sempre.

Vamos acordar, gente. Porque idiota não tinha só na Grécia não!

Crônica: Jorge Marin
Foto     : Humberto Nicoline/Câmara Municipal JF

BRIGADU, GENTE!

BRIGADU, GENTE!
VOLTEM SEMPRE, ESTAMOS ESPERANDO... NO MURINHO DO ADIL