Hoje é
aniversário do meu parceiro Serjão. Companheiro, cumpadre, comparsa, já nem sei
mais o que somos.
Normalmente,
nesse dia, que ele chama de “versário”, a gente costuma jogar uns confetes um
no outro, tipo de participação nos lucros afetuosos do Blog.
Hoje, no
entanto, aproveitando a data, quero deixar registrado aqui o tanto de coisas
que aprendi com o Serjão.
Para
isso, preciso fazer um pequeno retrospecto: lá nos idos de 1975/76, éramos
amigos de encontrar todo dia, ir na casa um do outro, jogar sinuca, futebol e
fazer nossas caminhadas semanais.
O que nos
separou foi a tal da “carreira”. Acreditávamos, naquela época, e hoje muita
gente ainda acredita, numa tal de carreira. Isto é, para “vencer na vida”
(outro conceito esotérico e ultrapassado), precisávamos sair de São João.
Afinal, era uma cidade pequena que nada poderia nos oferecer.
Enquanto
fui vencer na vida (hoje, acho que nem empatei), o Serjão ficou aqui em São
João, vivendo a vida.
Quando
aposentei, eu pensava que, pelo fato de ter viajado e morado em muitas cidades,
feito inúmeros cursos e liderado inúmeras equipes, eu tinha me tornado uma
pessoa assim mais evoluída, preparada e “vencedora”, seja lá o que fosse isso.
Com uma semana em casa, no entanto, confesso que fiquei meio deprimido.
Dormindo
o dia inteiro, desanimado e sem saber bem o que fazer em seguida, recebi o
primeiro contato do meu antigo companheiro, dizendo que queria divulgar os
causos do nosso querido Grupo Pitomba. Com meus (pequenos) conhecimentos de
informática, fundamos o Blog. Ou seja, dei a volta ao mundo, li e aprendi não
sei quantas coisas para, depois de aposentado, trabalhar pra quem?
Justamente... para o Serjão.
Quando
falo trabalhar pra ele, não exagero: ele conseguiu me apresentar, ou melhor, REapresentar
a alegria de viver numa cidade do interior, a doçura de viver numa bela casa
com a família, de trabalhar ao lado de casa, de poder cultivar plantas, um
fantástico pé de caqui, de continuar conhecendo cada tipo de passarinho e de
ter, inclusive, criado uma ratazana por um tempo, só por pena de ter que matá-la.
Esse é o
Serjão, homem simples, do interior, mas um músico fantástico, poeta, faz-tudo,
coração maior que a Montanha dos Núcleos e, como administrador do Blog, um
perfeccionista implacável, capaz de localizar, e cobrar, qualquer deslize nas
publicações.
Que Deus
continue te iluminando, meu amigo! Você me ensinou o que tive que dar muita
volta pra aprender: vencer é ter paz. Abração.
Crônica :
Jorge Marin
Foto : acervo do Serjão
Parabéns Serjão e obrigada por vc ser esse homem maravilhoso , um pai carinhoso , um marido dedicado , um genro afetuoso e um cunhado fantástico . Obrigada por vc ter se dedicado tanto aos meus pais quando eles precisaram de vc , eu queria te dizer isso faz tempo . Muitas felicidades e Deus te abençoe . Beijo grande no seu coração !!! Cléa
ResponderExcluirBrigadu, Cléa!!!
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